O PAIGC venceu as eleições legislativas de domingo passado na Guiné-Bissau, ao eleger 67 dos 100 deputados à Assembleia Nacional Popular (ANP), segundo os resultados finais provisórios divulgados hoje pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), em Bissau.
Segundo os mesmos dados, atrás do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), de Carlos Gomes Júnior, ficou o Partido da Renovação Social (PRS), de Kumba Ialá, que elegeu 28 parlamentares.
Trata-se da primeira vez que um partido alcança uma maioria de dois terços no Parlamento guineense, com o PAIGC a ultrapassar os resultados obtidos por esta mesma força política nas primeiras eleições multipartidárias da história do país, realizadas em 1994, quando elegeu 66 deputados, embora só com cerca de 39% dos votos, tendo então ficado a um lugar do objectivo agora alcançado.
Além destas duas forças políticas, outras três elegeram deputados: o Partido Republicano para a Independência e o Desenvolvimento (PRID), do ex-primeiro-ministro Aristides Gomes, que elegeu três parlamentares, e a Aliança Democrática (AD), e o Partido da Nova Democracia (PND), de Iaia Djaló, ambos com um cada.
Segundo os dados provisórios das eleições a que se apresentaram 19 partidos e duas coligações, a taxa de participação atingiu os 82%, a mais alta de sempre - a abstenção rondou os 18%-, tendo votado 484.546 dos 593.739 eleitores inscritos.
Segundo a CNE, registaram-se também 16.038 votos brancos e 11.000 nulos, havendo também 1.196 votos protestados.
Os resultados finais definitivos da votação, acrescentou a CNE, serão conhecidos a 26 deste mês.
O PRS, cujo líder, antes mesmo de os resultados oficiais serem divulgados, já disse suspeitar de manipulação na votação, tem programada uma conferência de imprensa para hoje às 16:00 locais (a mesma em Lisboa).
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