A vitória de Obama nas presidenciais americanas trouxe um dos sentimentos colectivos mais difíceis de explicar: esperança.
Ao contrário da saudade, sentimento português que não tem tradução ou que não é traduzível numa só palavra noutras línguas, a esperança (hope, esperanza, etc.) permite criar a comoção, a alegria, a pele de galinha.
Ao ser eleito, Obama representa todos os negros americanos e também um pouco dos negros do resto do mundo. Não sendo um afro-americano típico, não podendo representar os negros que sofreram a escravatura das plantações, representa a esperança de, pela primeira vez na história, alguém diferente ganhar um cargo tão importante. E digo diferente não devido à cor da sua pele, mas diferente pelo seu percurso político, completamente incaracterístico, muito à margem do comum carreirismo político.
Vamos ter esperança.
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