O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, manifestou hoje em Bruxelas o seu "orgulho" por estar a "surgir um consenso" nas principais famílias políticas europeias para realizar um segundo mandato como presidente da Comissão Europeia.
"Obviamente que estou orgulhoso de verificar que, nas diferentes famílias políticas [europeias], surge um consenso em relação ao meu nome", disse Durão Barroso em Bruxelas. O antigo primeiro-ministro português inicia em 22 de Novembro próximo o seu quinto ano à frente da Comissão Europeia, devendo completar o actual mandato a 31 de Outubro de 2009.
A actual Comissão Europeia deveria ter entrado em funções a 1 de Novembro de 2004, mas a falta de apoio do Parlamento Europeu a um membro da sua equipa inicial levou ao adiamento em três semanas da data inicial. Durão Barroso considera que o apoio que está a receber para se manter no lugar é uma prova de "grande reconhecimento" e constitui um "desafio" e um "estímulo". "Mas, francamente, neste momento vamo-nos concentrar no trabalho. Haverá depois tempo para discutir eventuais segundos mandatos", disse Barroso. O presidente da Comissão Europeia elegeu "a resposta à crise financeira" como a "questão essencial" que vai concentrar a sua atenção na recta final do seu mandato. "Vai ser a questão que vai dominar não apenas as prioridades políticas, mas também as prioridades dos cidadãos", afirmou Barroso.
O líder do executivo comunitário terá de enfrentar outros grandes desafios no seu último ano do mandato, como os problemas ligados às alterações climáticas ou à segurança energética. Durão Barroso irá ainda "trabalhar para um novo multilateralismo" com a nova administração norte-americana. "Há desafios globais imensos e ainda por cima a juntar a uma situação económica que é reconhecidamente muito mais difícil", resumiu Barroso, acrescentando para finalizar que "vai ser um ano cheio de trabalho". Os líderes de "grandes" Estados-membros como a França, Itália e Alemanha já indicaram que em Dezembro próximo deverão chegar a acordo para que Durão Barroso seja o candidato do PPE. Também os governos socialistas português e espanhol e liberal finlandês já manifestaram a sua intenção de apoiar Durão Barroso.
E era importante para Portugal? Na minha modesta opinião, sim. Mesmo que por causa disso percamos um Comissário europeu.
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