O bispo de Cabinda, D. Filomeno Vieira Dias, disse hoje acompanhar "com preocupação" o caso do padre Raul Tati, detido sábado no enclave, acusado de crimes contra a segurança do Estado angolano.
"Já estive com o padre. Esperamos que as coisas se esclareçam o quanto antes e que ele possa sair ilibado da acusação que lhe é posta. Estamos a acompanhar o caso, vemos isto com certa preocupação e esperamos que tudo se resolva da melhor forma e o padre possa estar no convívio do dia a dia", disse D. Filomeno Vieira Dias, numa curta declaração telefónica a partir de Cabinda.
[O exército angolano continua os desmandos, ameaças e violações dos direitos humanos (civis e jurídicos) na região de Cabinda. Braço do poder angolano, o exército actua com o beneplácito externo (leia-se embaixadas americana, francesa e inglesa), bem como das companhias petrolíferas internacionais que perfuram Cabinda.
Os actos "fora-da-lei" multiplicaram-se nos últimos dias, valendo tudo, e o povo e os seus legítimos porta-vozes (a Igreja Católica) continuam a sofrer pressões.
Das duas uma, ou a FLEC e os seus grupúsculos se entendem e unem, acabando com vaidades pessoais de uns e outros ou as coisas nunca passarão da "cepa torta". Mais: não legitimo aqui os ataques néscios desses pseudo-combatentes que assassinaram elementos da comitiva do Togo. Há muitas maneiras de alcançar um objectivo e a mais fácil não é, por vezes, a melhor...]
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