O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Gomes Cravinho, disse ontem que Portugal não interfere nos assuntos de Cabinda e que estes pertencem ao domínio da soberania angolana.
"Portugal não tem nada a ver com a questão de Cabinda. É um assunto de soberania angolana", afirmou Gomes Cravinho.
No domingo, após o ataque, reivindicado por duas facções do movimento separatista FLEC, que atingiu o autocarro da selecção de futebol do Togo em Cabinda, o Presidente português, Cavaco Silva divulgou uma carta dirigida ao homólogo angolano em que afirma a sua convicção de que os angolanos "de Cabinda ao Cunene" saberão "dar provas ao mundo da sua capacidade para superar momentos difíceis".
[Temos um medinho das autoridades angolanas... Se levantarmos a voz a afirmar que o Tratado de Simulambuco diz que Cabinda é um protectorado português e que o território tem direito à autodeterminação, os investimentos angolanos em Portugal acabam e o país cai na ruína... O Estado português não perde a face porque não a tem. Caso diferente foi o de Timor Leste.
Quando se pôs o problema vimos personalidades como Dom Duarte Pio, Duque de Bragança, a defender a causa e a apresentar propostas, a maioria a defender a autodeterminação, algo que parecia impossível, tendo em conta a importância e a dimensão da Indonésia e dos seus aliados. Mas a independência aconteceu e este pequeno país viu (depois da "independência" de 1975) a luz do dia. Casos parecidos, políticas completamente diferentes.]
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