quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Chefe do clã MacLeod morre aos 71 anos

Afinal não era imortal!

John MacLeod, líder do famoso clã escocês cuja história ganhou contornos mitológicos, faleceu na passada segunda-feira, sem conseguir reunir o dinheiro necessário para recuperar o castelo da família

O 29º chefe do clã MacLeod morreu segunda-feira em Londres, vítima de leucemia, segundo informou a sua família. John MacLeod tinha 71 anos e, em vida, lutou pela manutenção do castelo de Dunvegan, o mais importante elemento do património do histórico clã escocês.

Há sete anos, John tentou vender as montanhas de Black Cuillin para financiar a recuperação do castelo, mas nenhum comprador quis dar os 15 milhões de euros que o chefe dos MacLeod pedia.

John MacLeod sucedeu à avô Flora MacLeod em 1976. Agora, será a vez Hugh Magnus MacLeod assumir o chefia do clã cuja longa história familiar já deu origem a livros, séries e filmes.

BES prepara missão empresarial a Angola e fala em triângulo com a "Ibéria"

«O objectivo para 2007 é que este departamento para empresas atinja um movimento financeiro de 200 milhões de dólares», ou seja quase duplicar, sendo que no ano passado já representou 11 por cento do total gerado pelo BES Angola.

Das 300 empresas clientes do BES em Angola «100 são portuguesas, o que equivale a cerca de 50 por cento das empresas portuguesas instaladas naquele mercado», sublinhou António Souto, salientando a importância da promoção do investimento e dinamização comercial «no triângulo virtuoso Ibéria (!!)-Angola-Brasil».

No mínimo, podia ter dito "Península Ibérica". Que descaramento...

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Portugal tem 60% das exportações mundiais de cortiça

Portugal é responsável por mais de metade das exportações mundiais de cortiça e tem vindo a ganhar quota de mercado, segundo uma análise ao sector da cortiça publicada pelo Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia.

Em 2005, Portugal tinha 60% das vendas internacionais de cortiça (1,04 mil milhões de dólares), uma quota que aumentou apesar das vendas em valor terem caído (a procura mundial contraiu-se, mas Portugal aumentou a taxa de penetração).

A Espanha aparece com uma quota de 18,21%, bem à frente dos 3,35% da França e de 3,12% de Itália.

Os dados de Janeiro a Outubro de 2006 mostram que os principais mercados destino dessas exportações eram a França, os EUA, a Espanha e a Alemanha, embora os maiores crescimentos se tenham registado na China, Rússia, Itália, EUA e Espanha.

Mais de metade da cortiça vendida ao exterior encontra-se sob a forma de rolhas e só 18% é cortiça natural.

A cortiça aglomerada representa 15% da cortiça exportada.

O mesmo estudo mostra que o emprego na indústria da cortiça tem vindo a cair em Portugal, representando no final de 2006 cerca de 0,3% do total, um sector que representa apenas 0,27% do valor da produção do país.

Em termos de empresas do sector da cortiça, a análise refere que se tem assistido a uma concentração no distrito de Aveiro, em detrimento da perda de importância do distrito de Setúbal.

Jornal de Conacri denuncia três locais onde estarão tropas enviadas por Nino Vieira

Do Diário de Notícias

Há ou não militares de Bissau a apoiar o regime do Presidente Lansana Conté, que desde o início do ano tem sido alvo de forte contestação na vizinha Guiné-Conacri?

A denúncia, que já foi rejeitada anteriormente, quer pelo Presidente Nino Vieira, quer por Tagma Na Wai, que lidera as forças armadas guineenses, foi há dias retomada pelo jornal online da Guiné-Conacri aminata.com, num artigo assinado pelo director daquela publicação, Paul Moussa Diawara.
Citando fontes dos serviços de segurança da Guiné-Conacri (DST), o aminata.com garante que, ao contrário do que dizem Nino Vieira e Tagma Na Wai, existem mesmo soldados enviados por Bissau que se encontram escondidos em território guineense, avançando com os locais onde essas forças se encontrariam.

Segundo as mesmas fontes, os militares da Guiné-Bissau estariam espalhados por três locais distintos em torno de Conacri: a residência oficial da primeira segunda dama guineenses, Hadja Kadiotou Seth Conté, em Donka; a representação diplomática guineense que ocupa as antigas instalações do PAIGC; e o bairro da cimenteira, em Matoto.

O contingente de Bissau, que alegadamente seria formado por tropas especiais, faria parte de um corpo expedicionário enviado por Nino Vieira para apoiar Lansana Conté, em retribuição pelo apoio que lhe foi concedido em 1998. Quando o Presidente da Guiné-Bissau se encontrava debaixo de fogo da Junta Militar liderada pelo general Ansumane Mané.

Amigos há quase 40 anos, os presidentes guineenses mantêm laços de grande proximidade entre si desde o período em que Conté comandava a região de Boké, onde Nino tinha as suas bases de apoio à guerrilha que o PAIGC desenvolvia contra Portugal.
Apoio fundamental durante o exílio que Nino Vieira viveu em Portugal, Lansana Conté terá voltado a ser imprescindível em 2005, intermediando o acordo que o recém- -eleito Presidente da Guiné-Bissau estabeleceu com Tagma Na Wai, que o regime de Nino tinha mandado torturar em 1986, na sequência das movimentações desencadeadas contra Paulo Correia, que acumulava a vice-presidência do Conselho de Estado com a pasta da Defesa.

Só que este envolvimento na crise interna da Guiné-Conacri arrisca-se a arrastar Bissau para um barril de pólvora, tendo em conta a situação que se verifica em três países limítrofes: Costa do Marfim, Libéria e Serra Leoa.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Nova reforma da Câmara dos Lordes

Da The Economist.

When pondering what a representative democracy should look like, one option the authors of America's Federalist Papers never entertained was to give eminent crime-writers a say in shaping the nation's laws. Yet that is what Britain's constitution currently allows: Ruth Rendell, creator of Chief Inspector Wexford, and P.D. James, who dreamt up Commander Adam Dalgliesh, are both members of the House of Lords.

The place is not short of such quirks. Since there is no formal way of calling speakers, the chamber decides collectively who should take precedence, by hollering. And whereas in most bicameral systems the upper house has fewer members than the lower, the Lords outnumber the Commons by 746 members to 639. Many seldom show up.

Yet for all that, the House of Lords is currently working better than it has for a long time. On February 5th it inflicted another defeat on the government, over a bill to hold managers responsible for deaths at work. The Home Office wanted an exemption for those who die in police custody or in prison; the Lords said no. Since a newish Labour government reformed the house in 1999, removing most of the (mainly Conservative) tweed-clad hereditary peers and leaving the appointed life peers in command, the assorted businessmen, scientists, party hacks and lawyers in the Lords have defeated the government more than 350 times.
They do a better job of scrutinising laws than MPs, debate more interesting subjects (on inheritance tax last week, on Chinese investment in Africa this week) and often produce better reports.

Ver mais em: http://www.economist.com/world/britain/displaystory.cfm?story_id=8675277

Brasil: Família portuguesa domina produção de preservativos

Com uma produção mensal de 30 milhões de unidades, a família Araújo é actualmente a maior produtora de preservativos da América Latina, quase meio século depois de deixar Fafe em direcção ao Brasil.

Proprietária de uma moderna fábrica na cidade de São Roque, a 70 quilómetros a noroeste de São Paulo, a família portuguesa investiu recentemente cerca de cinco milhões de reais (1,9 milhões de euros) para duplicar a produção.

O número de linhas de produção aumentou de cinco para oito, com a ampliação física da fábrica, que possui agora 15 mil metros quadrados de área construída e um total de 350 funcionários.

Com as novas instalações, a empresa tem a capacidade de aumentar a produção dos actuais 30 milhões de unidades/mês para até 50 milhões de unidades, caso haja procura suficiente.

Ver mais em:
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=22484

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Gibraltar leva Espanha a não aplicar sanções a Pyongyang!

Um tratado de 1713, envolvendo Gibraltar, é o responsável por Madrid se recusar a aplicar as sanções sobre produtos de luxo aprovadas pela União Europeia contra a Coreia do Norte, refere dia 2 de Fevereiro o diário britânico Financial Times.
O problema surgiu quando Madrid detectou que a regulamentação da UE necessária para aplicar as sanções, aprovadas em Novembro devido aos ensaios nucleares norte-coreanos, continha uma referência às «autoridades competentes» responsáveis por as impor, entre as quais, em letra miúda, se conta Gibraltar.

O Governo espanhol pretende que seja eliminada a referência ao «rochedo» para que a regulamentação possa ser aplicada, argumentando que não reconhece a autoridade de Gibraltar em matéria de política internacional, refere o jornal.

Para Madrid, «o Reino Unido é a única autoridade competente a este respeito».

Em Londres, diplomatas britânicos comentam que se criaria um buraco legal se Gibraltar não fosse incluído.

Os problemas vêm desde a Guerra da Sucessão espanhola e do Tratado de Utrecht de 1713, que lhe pôs fim, que entrega Gibraltar ao Reino Unido.

O estatuto preciso do «rochedo» que marca a fronteira do Atlântico com o Mediterrâneo, «famoso pelos seus macacos e contrabandistas de tabaco», é fonte de disputa entre Londres e Madrid há quase 300 anos, mas esta nova disputa ganhou novas dimensões, ao afectar a imposição de sanções internacionais, refere o Financial Times.

As duas partes afirmam contudo que, de um modo geral, as relações quanto à colónia estão a melhorar e que a questão das sanções representa apenas um engulho momentâneo.

O jornal recorda que os dois países, juntamente com Gibraltar, assinaram em Setembro de 2006 um acordo abrangente sobre acesso aeroportuário, telecomunicações e controlos fronteiriços, tido como o início de uma nova era de cooperação.

«Kim Jong-il, o idiossincrático líder da Coreia do Norte, pode continuar a presentear os seus amigalhaços com conhaque Hennessy ou relógios Cartier por mais algum tempo, graças a uma disputa territorial de 300 anos entre o Reino Unido e Espanha», nota jocosamente o Financial Times.

Portugueses recorrem muito ao pequeno tráfico de influência

Portugal é um dos países da Europa que mais recorre ao pequeno tráfico de influência ou ao chamado "puxar os cordelinhos" e à "cunha", revela hoje um estudo da European Social Survey 2004.

"Quando perguntado aos portugueses se têm à disposição contactos de familiares ou amigos para obter um serviço que não lhes é de direito, que depois desencadeia um acto ilícito, nomeadamente tráfico de influências, respondem que têm bastantes", afirmou o investigador Luís de Sousa do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e das Empresas (ISCTE).

"De facto, Portugal é o país que apresenta esse nível mais alto", sublinhou.

O responsável pela vertente do "Capital Social e Corrupção" revelou também que existe "uma imagem de desconfiança generalizada da função pública com excepção dos países escandinavos".

Portugal insere-se "no grupo que diz que desconfia ou não expressa confiança, o que dá uma desconfiança tácita", explicou Luís de Sousa, justificando esta tendência com "algum nepotismo, favoritismo ou cunha que caracteriza a relação do funcionário público com o cidadão".

O estudo da European Social Survey 2004 foi realizado em 24 países dentro e fora da União Europeia e pretendeu avaliar quais as tendências dos hábitos e dos comportamentos dos seus cidadãos.

Este segundo inquérito, depois do de 2002, foi realizado na Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Islândia, no Reino Unido, França, Alemanha, Áustria, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Suíça, Irlanda, Hungria, República Checa, Polónia, Eslovénia, Eslováquia, Estónia, Espanha, Grécia, Ucrânia e Portugal.

Instituições financeiras reforçam controlo aos políticos

As instituições financeiras vão reforçar o controlo aos políticos que queiram abrir contas de depósito bancário, refere o jornal Correio da Manhã.

Passado mais de um ano sobre o aviso n.º 11/2005 de 13 de Julho do Banco de Portugal, o qual obrigou os políticos no activo a revelarem os seus cargos no momento da abertura de contas bancárias, o BdP vem reiterar a obrigatoriedade de identificação de todos os titulares de cargos públicos.

Segundo o publicado, quinta-feira, em Diário da República (aviso n.º 2/2007), os políticos, sejam eles membros de órgãos de soberania, membros de órgãos de natureza executiva da Administração Central, Regional e Local ou membros de entidades integradas na administração indirecta do Estado (gestores, presidentes de institutos públicos), estão sujeitos ao procedimento.

Introduzindo alguma clarificação e flexibilização nas normas que regulam a abertura de contas bancárias, a autoridade de supervisão vem ao encontro das recomendações do GAFI – Grupo de Acção Financeira sobre Lavagem de Dinheiro.

Al Gore apoia políticas de energias renováveis de Sócrates, mas não sabe com quem falou!


O ex-vice-presidente norte-americano Al Gore saiu hoje apressado do encontro com o primeiro-ministro português, mas ainda teve tempo para dizer que concordava com «muitas das iniciativas» do Governo de José Sócrates para as energias renováveis.

Pouco antes de entrar no carro, após o encontro, Al Gore afirmou que gostou «muito de visitar Portugal» e da «conversa com o presidente», referindo-se ao primeiro-ministro português.

Uma gaffe típica de Al Gore.
Por estas e por outras é que não passou de candidato a presidente dos EUA...

Espanha quer evitar investimento da Pescanova em Aveiro

O governo espanhol pretende desviar o projecto Pescanova em Mira, Aveiro, para a Galiza, mas a empresa garante que a fábrica em Portugal é prioritária

Segundo o Diário Económico, o projecto, no valor de 140 milhões de euros, inicialmente previsto para a Galiza, está a «incomodar Madrid», que está a «pressionar o governo da Junta da Galiza para convencer a Pescanova a devolver o investimento à região de origem».

No entanto, o presidente da multinacional espanhola, Manuel Fernandez Sousa já garantiu que a nova fábrica de Mira é «prioritária e irreversível».

O DE adianta que o Ministério da Agricultura português «desvaloriza as reticências e estranha as dúvidas».

Esperar para ver...

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Viagra é nome proíbido na China

As autoridades chinesas proibiram a multinacional farmacêutica
norte-americana Pfizer de usar o nome em mandarim do fármaco contra a impotência Viagra, porque um laboratório local já registou o nome, refere hoje a imprensa estatal chinesa.

A Pfizer está a aceitar sugestões para um novo nome...

UE: Portugal é 5º em produtividade nas telecomunicações

Portugal apresentava, em 2003, o décimo custo mais elevado por empregado dos correios e telecomunicações da União Europeia, sendo 5º na produtividade por trabalhador, indicam estatísticas divulgadas esta quinta-feira pelo Eurostat.

Alqueva: alentejanos desencantados, espanhóis entusiasmados e confiantes

O sonho maior dos alentejanos está a transformar-se numa incontida frustração. Nos 19 concelhos do Alentejo que a informação oficial diz poderem vir a beneficiar das mais-valias do megaempreendimento do Alqueva, tarda o cumprimento das promessas feitas por sucessivos governos.

Cinco anos depois, "continua tudo no papel" insurge-se Rui Almeida, presidente da Junta de Freguesia da Póvoa de São Miguel, no concelho de Moura, agastado pelo esquecimento a que foi votada a população que o elegeu. "Neste momento gostava de estar mais satisfeito", diz.

Vêr mais em http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1285061&idCanal=96

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Batasuna pede que Navarra e País Basco tenham a mesma autonomia 'no Estado espanhol'







O porta-voz do Batasuna, Arnaldo Otegi, apresentou uma nova proposta para "resolver o conflito", que consiste numa autonomía "dentro do Estado espanhol" integrada pela Comunidade Autónoma Basca e Navarra, desde que este aprovado pelos cidadãos de ambas as comunidades.


Otegi detalhou esta oferta política da "izquierda abertzale" numa conferência de imprensa em San Sebastián, juntamente com os membros da denominada comissão negociadora do Batasuna Rufi Etxeberria, Arantza Santesteban e Xabier Larralde.

O porta-voz do ilegalizado Batasuna afirmou que este novo marco autonómico deverá depositar nos cidadãos "a capacidade de decidir livremente o seu futuro político e institucional", de maneira que todos os projectos políticos, incluindo o independentista, "possam ser defendidos ou materializados".

Otegi assegurou também que não renunciam ao País Basco francês, afirmando que apresentaram uma prposta ao Governo francês, de forma a criar "uma autonomia" que comprenda os territórios bascos franceses.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Cônsul admite que passaporte de Kim Jong-nam seja «falso»

O cônsul-geral de Portugal em Macau negou hoje que Kim Jong-nam, filho mais velho do líder norte-coreano, seja detentor de um passaporte português emitido em Macau tal como foi avançado pelo diário de Hong Kong South China Morning Post.
Em manchete, o jornal de língua inglesa noticia que Kim Jong-nam vive em Macau há cerca de três anos e que viaja habitualmente com passaportes da República Dominicana e de Portugal.

Kim Jong-nam foi detido em Maio de 2001, em Tóquio, e recambiado para o continente chinês depois das autoridades japonesas terem detectado que o passaporte da República Dominicana com que tentava entrar no Japão era falso.

quarta-feira, janeiro 31, 2007

China Daily dá destaque especial à visita de José Sócrates



A visita de José Sócrates à China tem hoje impacto na edição de Hong Kong do China Daily com uma grande fotografia do chefe do Governo Português a ilustrar um texto intitulado "PM quer mostrar um Portugal moderno".

Numa rara referência a temas portugueses ou a Portugal, o China Daily dá um grande destaque à visita de José Sócrates, cita declarações do líder do Governo à chegada a Pequim, revela as suas perspectivas sobre a viagem e dá conta do programa oficial até ao final do dia de sexta-feira, quando a comitiva governamental sair de Xangai rumo a Macau.
Na imprensa de língua inglesa e portuguesa de Macau, a visita do chefe do governo português à China é um tema abordado por todos os títulos embora apenas no Jornal Tribuna de Macau e no Hoje Macau mereça honras de primeira página.

No Jornal Tribuna de Macau, uma foto de José Sócrates a ser recebido em Pequim ocupa grande parte da primeira página, para dar destaque à segunda principal notícia da edição. No Hoje Macau, apenas uma referência às declarações do primeiro-ministro sobre Macau surge na capa, que destaca como tema principal mais um episódio do alegado caso de corrupção que envolve um ex-membro do governo de Macau.

Ainda em português, e apesar de dedicar algum espaço ao tema, o Ponto Final não chama à primeira página a visita de Sócrates à China enquanto que o Macau Post Daily, de língua inglesa, refere no interior o início da visita do primeiro-ministro português.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Embaixada na China sem conselheiro económico

A ausência de um conselheiro económico é uma lacuna grave num dos mercados mundiais mais apetecíveis, aponta o novo embaixador.

Quando José Sócrates desembarcar amanhã do avião em Pequim vai encontrar uma embaixada desfalcada. A representação diplomática de Portugal num dos mais importantes mercados do mundo está sem conselheiro económico e comercial. Mas dadas as limitações financeiras em que o país se encontra e a reestruturação de que o Icep está a ser alvo na sequência da fusão com a Agência Portuguesa de Investimento (API) não haverá por agora qualquer reforço, apurou o Diário Económico junto de fonte governamental.

Relações da China com países lusófonos despertam interesse pelo português

Mais de duas centenas de alunos estudam a língua e cultura portuguesas no continente chinês numa altura em que o país quer continuar a aprofundar as relações com o mundo da lusofonia.

Criado em Setembro de 1989, o Instituto Português do Oriente é a entida de responsável pela divulgação da língua e cultura portuguesas no sudeste asiático e tem actualmente a seu cargo cerca dois mil alunos em toda a Ásia.

Na capital chinesa, onde o primeiro-ministro José Sócrates inicia terça -feira a sua primeira visita oficial à República Popular da China, 90 alunos frequentam a licenciatura em Língua e Cultura Portuguesas na Faculdade de Espanhol e Português da Universidade de Línguas Estrangeiras da cidade, num programa de formação cujo terceiro ano é cumprido em Macau.

Também em Pequim, na Universidade de Comunicações da China, visitada pelo ex-presidente português Jorge Sampaio em Janeiro de 2005, 62 alunos frequentam a licenciatura em Língua e Cultura Portuguesas num programa de quatro anos, cujos alunos do 2º se encontram no Brasil ao abrigo de um protocolo de intercâmbio com uma unidades daquele país.

Em Xangai, a segunda etapa de José Sócrates na China, a licenciatura em Língua e Cultura Portuguesa da Universidade de Estudos Estrangeiros de Xangai tem 58 alunos e foi recentemente criado um Centro de Língua numa parceria entre o Instituto Português do Oriente, a Universidade e o Instituto Camões, facilitando a actualização das técnicas e métodos de ensino e coordenação da equipa de doc entes que é feita, via Internet, pelo IPOR em Macau.

A secção cultural da Embaixada de Portugal em Pequim também organiza cursos livres de língua portuguesa que são ministrados pelos leitores das universidades da capital.

Bem mais perto do antigo território administrado por Portugal, na Universidade de Jinan, em Cantão, capital da província de Guangdong, 25 alunos, a maioria dos quais no primeiro nível, aprendem português num curso opcional com o leitor Vítor Silva num programa de formação que verá em breve a carga horária aume ntada para quatro horas semanais.

No continente chinês existem também 40 alunos a frequentar a licenciatura em Estudos Portugueses na Universidade de Tianjin, que já solicitou apoio ao IPOR para um professor.

Ainda este ano, começa a título experimental na Universidade de Estudos Estrangeiros de Cantão um curso livre de português, e a Universidade de Wuhan vai enviar técnicos de empresas chinesas com relações comerciais com os países africanos de expressão portuguesa para aprenderem a língua em Macau.

Ainda no continente chinês, na cidade Chengdu, capital da província de Sichuan, o Instituto Camões e o Instituto Português do Oriente assinaram um protocolo de cooperação com o Centro de Intercâmbio Internacional para apoio ao ensino da língua portuguesa a intérpretes, pessoal médico e paramédico para apoio em fornecimento de material de apoio e equipamento audio-visual para os cursos ali leccionados desde 1976.

O ensino da língua portuguesa na China não se fica apenas pelo continen te e nas duas Regiões Administrativas Especiais - Hong Kong e Macau - acaba por ter muito mais expressão já que na antiga colónia britânica estudam 30 alunos nos cursos livres e de opção da Universidade de Hong Kong que em Setembro deste an o irá contratar um professor de português ao mesmo tempo que o IPOR reforça os apoios e vai conceder bolsas para formação em Portugal de docentes locais.

Em Macau o papel do Instituto Português do Oriente tem uma face mais vi sível na formação em língua e cultura portuguesas com 1.502 alunos - 336 dos qua is funcionários da Administração local - formados por 16 professores, dos quais 10 a tempo inteiro.

Além da China, o Instituto Português do Oriente está também presente na Tailândia onde dá formação a 46 alunos nas Universidades de Chulalongkom e de Thammasat e no Centro Cultural Português.

Ao longo dos quatro dias que permanecerá na China, será difícil que José Sócrates e a sua comitiva se cruzem com muitos cidadãos locais que dominam o português mas o interesse pela língua de Camões e Pessoa não pára de aumentar pelo Oriente.

quinta-feira, janeiro 25, 2007

A Guiné-Bissau, a questão da Casamança e o Direito

Por Pedro Rosa Có
Jurista

Face ao conflito da Casamança impende sobre a Guiné-Bissau (GB) a obrigação de respeito do consagrado princípio do direito internacional e muito caro aos Estados africanos – o princípio da não ingerência nos assuntos internos de um Estado soberano.

O princípio anunciado tem duas vertentes: negativa e positiva. Pela vertente negativa, impõe-se ao governo guineense, em relação às forças do MFDC (Mouvement des Forces Democratiques de Casamance) ou suas facções, a abstenção de colaboração e de prestação de qualquer tipo de apoio, nomeadamente o fornecimento de armas, treino das suas forças ou cedência do seu território para o efeito.

Em relação ao governo senegalês, as regras do direito internacional dos conflitos armados internos são mais maleáveis, exigindo-se apenas a abstenção de o apoiar com militares, em virtude de o MFDC ser um movimento armado e ser protegido pelo direito internacional neste aspecto, mas não se veda o fornecimento de armas, treino de homens no quadro da cooperação militar.

Ou seja, o governo guineense pode, no quadro de cooperação militar com o governo senegalês, treinar o seu pessoal, fornecer-lhe material bélico e outros, mas nunca enviar homens armadas para combater as forças de MFDC ao lado das forças senegalesas.

Pela vertente positiva, a GB tem a obrigação de combater as forças do MFDC ou as suas facções quando utilizam o seu território para preparar as suas ofensivas contra o Governo do Senegal. Portanto, com a tomada de Barraca Mandioca e a expulsão do território nacional da facção do MFDC dirigida por Salif Sadjó, a GB cumpriu a sua obrigação e as nossas FARP demonstraram, mais uma vez, estarem à altura das suas responsabilidades no cumprimento das suas obrigações constitucionais de defesa da integridade territorial e do bom-nome da Guiné-Bissau no plano internacional.

A atitude de complacência com as forças do MFDC ou suas facções e o fazer de conta que a questão não era connosco, representam o mais elementar desconhecimento do direito internacional e das relações internacionais.

A Guiné-Bissau estava em falta para com o Senegal e para com a comunidade internacional, na medida em que ao permitir a permanência das forças do MFDC no seu território estava a ingerir, por omissão, nos assuntos internos do Senegal. Assim, a GB tinha uma margem de manobra muito estreita. Ou expulsava as forças do MFDC, ou declarava-se incapaz de o fazer.

A última opção não seria digna de um Estado soberano e nem seria verosímil, conhecida que é a bravura das nossas FARP, bravura essa que veio desde a luta de libertação nacional até o 07 de Junho, passando pelas Missões de Paz no estrangeiro.

Se, apesar de tudo, a GB tivesse o desplante de se declarar incapaz de expulsar as forças do MFDC, estaria a legitimar uma eventual intervenção das forças senegalesas no seu território para o fazer, sem que, no entanto, possa invocar a violação da sua integridade territorial. Se o Senegal violar as suas fronteiras nestas condições, estaria a agir a coberto de uma causa de justificação de ilicitude internacional – Estado de necessidade. As forças do MFDC constituiriam um perigo que, vindo da GB sem que esta o possa eliminar, deve poder ser eliminado legitimamente pela vítima – o Senegal. Esta é uma regra elementar de direito (natural) internacional e uma das excepções indiscutíveis ao princípio da proibição do uso da força nas relações internacionais.

Entretanto, a opção pelo combate e expulsão das forças do MFDC esteve envolto em outra querela jurídica. Trata-se da alegada violação da constituição, que supostamente atribui a competência a ANP para autorizar o Presidente da República a declarar a guerra ou assinar acordos de paz.

Com devido respeito pelos que defendem esta opinião, trata-se de uma falsa questão. A Constituição é clara. A ANP só intervém em caso de declaração de guerra, e a GB não estava em guerra com ninguém e nem poderia estar. Não se está em guerra com movimentos armados e muito menos com suas facções. O uso das FARP nestes casos é decidido pelo Governo em conjunto com o Presidente da República na qualidade de Comandante supremo das FARP.

No estado actual evolução do direito internacional marcado pelo fim do ius ad bello (direito de fazer a guerra), a intervenção da ANP em matéria do uso das FARP é juridicamente residual. Mesmo na participação em Operações Manutenção da Paz no quadro da ONU ou de outras organizações regionais, não é necessária a autorização da ANP. A haver alguma intervenção da ANP, seria apenas por motivos políticos e não de estrita legalidade.

Com efeito, independentemente dos interesses que estejam em causa, da cumplicidade com as forças do MFDC no conflito de 07 de Junho, bem como das consequências que a expulsão possa ter no desfecho do conflito de Casamança, a opção seguida pelo Governo Guineense tem a chancela do Direito e espera-se que seja encontrada uma solução pacífica para o conflito entre os nossos irmãos desavindos, de modo a por cobro ao sofrimento da população civil quer desta margem de cá quer da de lá.

Mudança da posição portuguesa sobre Saara Ocidental !?

Três jornais argelinos interpretam hoje a declaração final da primeira cimeira luso-argelina como uma mudança por parte de Portugal em relação ao conflito do Saara Ocidental, destacando o apoio de Lisboa à autodeterminação dos saarauis.

O diário Liberté consagra mesmo o seu editorial e titula que "Portugal demarca-se do eixo Paris-Madrid", citando o texto da declaração final da cimeira de domingo e segunda-feira, em Argel, segundo o qual "a Argélia e Portugal pronunciaram-se a favor da legalidade internacional e do direito à autodeterminação do Saara Ocidental".

O jornal recorda que no final do ano passado Portugal absteve- se na votação da resolução, adoptada por maioria, quando a questão do Saara Ocidental foi discutida no âmbito da Assembleia-Geral da ONU.

Licenciatura de Português em Cambridge termina por falta de verbas

A Universidade de Cambridge, em Inglaterra, decidiu cancelar a licenciatura em Português, a partir do final do próximo ano lectivo, devido à falta de verbas com que a universidade inglesa se depara.

A responsável pela licenciatura, Maria Manuel Lisboa, já pôs a circular na Internet um pedido para que a decisão seja revista, argumentando que o curso de Português é altamente produtivo e está em fase de expansão, quer no número de alunos inscritos quer nas áreas de investigação e publicação de trabalhos por parte do corpo docente.

O português foi também celebrado para especial louvor entre todas as disciplinas de licenciatura nas últimas avaliações externas da Faculdade de Línguas Modernas e Medievais de Cambridge, acrescentou a professora, na carta onde torna pública a decisão da Reitoria da Universidade.

A vice-reitora da universidade confirmou, em comunicado, o encerramento da licenciatura de Português em Outubro de 2008, adiantando que, devido aos constrangimentos financeiros com que a instituição de ensino se depara, não lhe restava outra alternativa. Acrescentou, no entanto, que o ensino de português vai manter-se vivo na Universidade de Cambridge, através de uma cadeira inserida no curso de Línguas Modernas e Medievais e de uma disciplina de ensaio optativa no último ano desse curso.

A responsável pela instituição universitária expressou também o desejo de que esta reestruturação do ensino de português não ponha em causa o apoio financeiro que o Instituto Camões tem dispensado à universidade para esse fim.

No comunicado, a vice-reitora ressalvou ainda que a licenciatura de Português será reactivada, logo que a universidade de Cambridge disponha de melhores condições financeiras.

Já a presidente do Instituto Camões revelou desconhecer esta decisão, por não lhe te sido comunicada nem pela universidade nem por parte da embaixada portuguesa em Londres.

«Ouvimos rumores» de que haveria «internamente algumas vozes discordantes relativamente à manutenção do português» e «pedimos ao embaixador de Portugal em Londres que fizesse um «diligência junto da Universidade», para apurar a veracidade desses comentários, disse.

Simonetta Luz Afonso, acrescentou, no entanto, que o instituto ainda não recebeu «nenhuma informação» nem formal nem informal por parte da universidade, sendo que o protocolo assinado estabelece que ambas as partes podem desistir do mesmo, sempre que o justifiquem.

A presidente do Instituto Camões ressalvou ainda que, se a Universidade de Cambridge está com falta de verbas, não é por causa da falta de pagamento por parte da instituição portuguesa, que «tem sido sempre cumprido» com os «30 mil euros» que paga lhe anualmente.

Simonetta Luz Afonso realçou que em Inglaterra o português está «bem representado», porque para além de «quatro importantíssimas cátedras», o instituto está presente «em 12 universidades», a caminhar para 13, com um acordo com a Universidade Belfast em vias de ser assinado. O investimento do Instituto Camões em Inglaterra é de 390 mil euros por ano.

Vergonha...

Portugal foi o segundo país que mais se globalizou nos últimos 30 anos

Portugal foi o segundo país do mundo, logo a seguir à China, que mais melhorias registou, durante os últimos 30 anos, no índice da globalização calculado pelo instituto suíço KOF.

Esta entidade, sedeada em Zurique, realiza, desde 1970 até agora, um cálculo do grau de globalização que se verifica em cada um dos países. Leva em conta para esse cálculo indicadores de ordem política, económica e social e colocou, na edição deste ano publicada na passada sexta-feira, Portugal no 13.º lugar entre 121 países, com um resultado de 83,06 pontos.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Encantadores de serpentes em concílio para salvar profissão

Mais de 150 encantadores de serpentes reuniram-se na cidade paquistanesa de Hyderabad para apelar ao Governo que os ajude no seu ofício, considerado por muitos como dom divino.

«Foi-nos ofertado o dom de viver com as cobras pelos homens sagrados Pirs, e os encantadores possuem a cura para todos os males. Agora já não respeito ou encorajamento para nós», afirmou à Reuters encantador Arjun Jogi.

Encantar serpentes é uma actividade legal no Paquistão que, ao contrário da Índia, não baniu a caça e o uso dos sinuosos répteis para viver. Indiferentes ao veneno, os encantadores deixam que víboras, cobras capelo e boas se enrosquem em redor dos seus pescoços e braços.

Os activistas dos direitos dos animais sustêm porições ambivalentes em relação à prática, reconhecendo o conhecimento milenar necessário para a profissão e, por outro lado, rejeitando os métodos pouco ortodoxos de tornar as serpentes inofensivas.

Deputado com apelido português intervém acerca do BB inglês

O primeiro deputado (MP - Member of Parliament) de origem indiana a ser eleito para o Parlamento inglês, Keith Vaz, interveio nessa Câmara, acerca do polémico Big Brother que terá permitido ofensas de carácter racista à comunidade indiana.

O MP Vaz nasceu em Aden, Iémen em 1956, e os seus pais, com origem em Goa, chegaram à Grã-Bretanha em 1965. Estudou na Latymer Upper School, no Gonville & Caius College, bem como na Cambridge University.

Exerceu advocacia durante os anos 80 e em 1987 torna-se MP por
Leicester East.
Teve vário cargos governamentais, como o de Ministro de Estado para a Europa (1999-2001) e Secretário Parlamentar (Ministro), entre outros.

Portugal vai ter imagem melhorada no Google Earth

Portugal vai ter imagens de satélite melhoradas na mais recente versão do Google Earth, graças a um acordo assinado entre o Google e a Spot Image.

A sociedade francesa especializada em imagens satélite, com sede em Toulouse, vai fornecer à empresa norte-americana imagens do satélite Spot 5 com 2,5 metros de resolução (1 pixel representa 2,5 metros no solo), melhorando a qualidade da imagem em certas zonas do mundo, como Portugal.

As imagens estão a partir desta quarta-feira disponíveis na última versão do programa, sendo também possível aceder às imagens através do Google Maps.

Uma espécie de lifting...

terça-feira, janeiro 23, 2007

António Damásio em destaque na Time Magazine

António Damásio é director do Brain and Creativity Institute da University of Southern California, em Los Angeles, e escreve na última Time Magazine o artigo "A Story We Tell Ourselves".

Citamos um excerto:
"Some philosophers maintain that solving the problem of consciousness is beyond the reach of human intelligence. This is very odd and, I believe, untrue. It fits a sensible intuition that the mind is something special and different, separable from the brain, but the fact that the intuition is sensible does not make it right."

Presidente chinês ausente durante visita de Sócrates

O presidente chinês inicia no final de Janeiro uma visita oficial a África, num périplo que incluirá oito países africanos, incluindo Moçambique, deixando Pequim no dia em que o primeiro-ministro português começa uma viagem oficial à China, anunciou hoje o governo chinês.

Fonte diplomática chinesa disse à Lusa em Pequim que o ministro do Comércio, Bo Xilai, deverá acompanhar o presidente chinês, o que deixará sem interlocutor Manuel Pinho, ministro da Economia.

José Sócrates viaja acompanhado por cerca de 60 empresários com interesses no mercado chinês e, segundo um comunicado do Ministério português dos Negócios Estrangeiros, a visita oficial tem como objectivo o "reforço das relações políticas e económicas" entre os dois países.

A diplomacia portuguesa no seu melhor...

Coluna humanitária de Ramos-Horta travada na fronteira indonésia

Uma coluna humanitária liderada pelo primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, foi hoje travada na fronteira de Timor-Leste com a Indonésia quando pretendia seguir para o enclave de Oécussi, por alegada falta de autorização de passagem das viaturas da ONU.

«É má vontade» das autoridades indonésias, reagiu o primeiro-ministro timorense ao final da tarde (hora local), quando já era tarde demais para a coluna atravessar território indonésio.

«Um telefonema devia poder resolver isto», acrescentou.

A coluna transportava 25 toneladas de arroz e 100 caixas de massa para o enclave timorense de Oécussi, na parte indonésia da ilha, situado a cerca de 75 quilómetros a oeste da fronteira de Batugadé.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Airbus contrata Corticeira Amorim para fornecimento de aplicações e cortiça

Airbus contratou a Corticeira Amorim para o fornecimento de aplicações e cortiça destinadas à construção de aviões, informou fonte da empresa com sede em Santa Maria da Feira, Aveiro.

Os aglomerados de cortiça destinam-se a substituir a maioria do plástico e da borracha que a Airbus integra na fuselagem aeronáutica.

Depois de uma investigação que envolveu cerca de dois anos, a Airbus começou a aplicar cortiça na construção dos seus aviões, visando aumentar as condições de segurança dos equipamentos e o conforto de passageiros e tripulantes.
A missão pretendia desenvolver um produto que melhorasse o isolamento dos aviões a nível da vibração, do som e da temperatura, tendo a cortiça demonstrado uma flexibilidade particularmente adequada para os efeitos desejados.

Se os testes de laboratório correrem bem, a aviação entrará numa nova fase em termos de segurança.

Subsídio de marcha

Foi manchete do Correio da Manhã e o Guardian pegou na notícia:
a história do "subsídio de marcha", 15 cêntimos por quilómetro que ainda existe para alguns funcionários em Portugal, mas que está em desuso.

O jornal britânico acha espanto que nem os ambientalistas nem os profissionais tenham defendido a sua manutenção...

quinta-feira, janeiro 18, 2007

PT não comenta críticas de Ramos-Horta sobre Timor Telecom

A Portugal Telecom (PT) afirmou hoje que "não comenta" as declarações do primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, que criticou terça-feira o monopólio da Timor Telecom, controlada pela PT, e as tarifas praticadas.
Ramos-Horta manifestou terça-feira a sua oposição ao actual monopólio da Timor Telecom, controlada pela Portugal Telecom (PT).

"Não aceito que uma empresa portuguesa monopolize a Timor Telecom", afirmou o primeiro-ministro à margem de uma sessão promovida por uma organização não-governamental num bairro de Díli. Afirmou também que: "A Internet e as telecomunicações devem ser também acessíveis aos pobres", explicou Ramos-Horta, citado pela agência EFE.

O primeiro-ministro considerou que "a presença da Timor Telecom em Timor-Leste é para ajudar e facilitar a todos neste país, tanto se são ricos como se são pobres".

"O acordo entre o Governo e os empresários portugueses da Timor Telecom há cinco anos realizou-se em circunstâncias diferentes", salientou Ramos-Horta.

Machadadas...

Sintra em bilhetes de metro japonês

Trezentos mil exemplares de um cartão/bilhete com uma imagem do Palácio Nacional de Sintra foram emitidos pelo Metro de Tóquio, numa iniciativa conjunta com o Centro Cultural da Embaixada portuguesa na capital japonesa

De acordo com a directora do Centro Cultural da Embaixada, Paula Ferreira dos Santos, a emissão do cartão/bilhete, alusivo ao Património Mundial da Humanidade em Portugal, insere-se no âmbito da promoção do património português no Japão.

Os bilhetes, precisou a mesma responsável, «são compatíveis com uma rede utilizada diariamente por mais de cinco milhões e meio de passageiros».

A rede em questão inclui, não apenas o Metropolitano de Tóquio, mas também linhas privadas, numa área metropolitana onde residem mais de 35 milhões de habitantes.

Um responsável do Metropolitano de Tóquio citado por Paula Ferreira dos Santos assinalou que a procura dos bilhetes tem sido elevada e é provável que a emissão esteja «esgotada ainda durante o presente mês».

A «ilusão» de pensar que a guerra acabou em Cabinda

Estanislau Miguel Boma, chefe do estado-maior da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), em entrevista ao Ibinda.com condena a acção de Bento Bembe, afirmando que é uma «ilusão» pensar que a guerra acabou em Cabinda e que a resistência «está disponível para negociar a paz» em Cabinda, desde que esta seja «franca e transparente».

«A guerra continua em Cabinda, e a guerra vai prosseguir porque é a nossa única forma de afirmação» afirmou Estanislau Miguel Boma.

Morreu «pai do nacionalismo» em Casamança

O «pai do nacionalismo» na Casamança, Augustin Diamacoune Senghor, fundador do Movimento das Forças Democráticas da Casamança (MFDC) morreu este domingo, 14 de Janeiro, no hospital Val-de-Grace em Paris.
A morte do «pai do nacionalismo» da Casamança pode pôr em risco processo de paz com o Senegal e abre caminho às lutas pela liderança do movimento.

Após prolongada doença o abade Augustin Diamacoune Senghor, de 78 anos, líder carismático do separatismo da Casamança, morreu deixando o MFDC numa situação caótica onde se multiplicam as rivalidades internas militares e políticas.

Augustin Diamacoune Senghor, assinara a 30 de Dezembro de 2004 um «acordo global de paz» que supostamente terminava com o conflito entre o MFDC e o Senegal que durava desde 1982 causando a morte de milhares de pessoas. Porém, as difíceis negociações de paz previstas no acordo foram consecutivamente adiadas para o finai de 2005 e início de 2006, no entanto nunca conseguiu congregar todas as facções armadas no interior do movimento independentista, especialmente a facção de Salif Sadio que prosseguiu com os ataques junto à fronteira gambiana.

A morte de Augustin Diamacoune Senghor reforça a crise da luta pela liderança já patente no seio do MFCD que se intensificou nos últimos anos com a degradação do estado de saúde o «abade rebelde», abrindo uma nova fase de incertezas no processo de paz na Casamança.

Confusão diplomática na visita de Sócrates à China

A visita oficial do primeiro-ministro à China, prevista para o final deste mês, está em risco.
Motivo invocado pelo gabinete do primeiro-ministro: desencontros de agenda, já que o Presidente chinês vai estar nesse período de visita à França, ao Egipto, ao Gabão e à Argélia e também não se encontra em Pequim o ministro da Economia.

As "dificuldades diplomáticas" terão que ver com as declarações do Presidente da República (PR) que, antes de partir para a Índia, disse a jornalistas indianos, por exemplo, que a Índia tem condições mais favoráveis que a China para ser um parceiro comercial com Portugal.

"Primeiro, é uma democracia - é muito mais fácil fazer negócios com uma democracia", afirmou o PR à imprensa indiana.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Líder de novo grupo do PE fala português

«Somos gente pacífica e não fazemos outra coisa que não seja defender legalmente as nossas opiniões e os desejos dos nossos eleitores», referiu ainda o eurodeputado num português aprendido na faculdade.

O interesse pela expansão marítima portuguesa, nos séculos XV e XVI, e pelo Oriente levou Gollnish a aprender português na faculdade, explicou o eurodeputado falando do seu gosto pelo fado.

O novo grupo do PE, criado na segunda-feira, é composto, por sete franceses da Frente Nacional, entre os quais o seu presidente, Jean-Marie Le Pen e a filha Marine Le Pen, cinco romenos do partido da Grande Roménia de Corneliu Vadim Tudor, três belgas do partido flamengo Vlaams Belang, incluindo o seu presidente, Franck Vanhecke, um austríaco do FPO, Andreas M¸lzer, um britânico, Ashley Mote, um búlgaro do partido Ataka, e dois italianos, entre os quais Alessandra Mussolini, neta do antigo ditador Benito Mussolini.

Inglaterra e França pensaram em unir-se em 1950

A BBC revelou ontem que "Inglaterra e França quase casaram".

Segundo documentos secretos revelados pelo National Archives, a Inglaterra e a França chegaram a considerar uma "união" nos anos 50 do século passado.

Do lado francês estava o Primeiro Ministro Guy Mollet, estando do lado inglês o seu homólogo Anthony Eden.

Em traços gerais, a França tinha acabado de vêr o Presidente egípcio Nasser nacionalizar o Canal do Suez, tendo ainda que lidar ao mesmo tempo com os separatistas argelinos. A estes factos junta-se a tensão crescente na fronteira entre Israel e a Jordânia. A França era um aliado de Israel e os ingleses da Jordânia.

Não resisto a citar uma parte do documento:
"That we should give immediate consideration to France joining the Commonwealth";
"That Monsieur Mollet had not thought there need be difficulty over France accepting the headship of her Majesty";
"That the French would welcome a common citizenship arrangement on the Irish basis".

Incrível, no mínimo...

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Escócia e Inglaterra de costas voltadas

O ministro das Finanças e número dois do Partido Trabalhista britânico, Gordon Brown, alertou ontem para os riscos de desaparecimento da união entre a Inglaterra e Escócia.
Brown, que se prepara para assumir o cargo de primeiro-ministro ainda este ano, levantou o debate num artigo publicado, ontem, pelo diário "Daily Telegraph", acusando os rivais conservadores de apoiarem o movimento nacionalista.

O alerta surge nas vésperas do terceiro centenário da união entre os parlamentos inglês e escocês - que se celebra na terça-feira - e a meses das próximas eleições na Escócia (marcadas para 1 de Maio), nas quais se prevê uma vitória do Partido Nacional Escocês (SNP) e um provável debate sobre a independência da Escócia. Brown, ele próprio escocês, afirmou que tal vitória poderá representar uma linha divisória entre "os britânicos que defendem os valores comuns da união e aqueles que oportunisticamente querem colocar em risco o futuro da união".

Mas, segundo o SNP, Brown "não tolera a ideia de a Escócia poder escapar ao poder dos trabalhistas nas vésperas da sua entrada em Downing Street". Segundo uma sondagem realizada pelo diário "Daily Mail", 51% dos escoceses aspiram a um futuro independente no seio da União Europeia, enquanto que 48% dos ingleses são favoráveis a tal independência porque, afirma a maioria, a Escócia tem demasiado poder político.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Papa não vem a Portugal como retaliação contra o Governo socialista

O jornal "Semanário" noticia que o Vaticano recusa "aproveitamento" de Sócrates depois das questões do Protocolo e do referendo ao aborto.

A confirmar-se esta versão, trata-se da primeira derrota política do primeiro-ministro em dois anos. O Papa recusar-se-à a vir a Portugal por não quer dar ao primeiro-ministro a possibilidade deste se aproveitar politicamente da visita, depois de ter humilhado a Igreja Católica com a questão do protocolo de Estado, de ter mandado retirar os crucifixos das Escolas e sobretudo de ter mandado fazer um referendo sobre o aborto.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Goeses preferiam visita de Pinto de Costa a Cavaco Silva

O principal responsável pela casa do FC Porto em Goa, a primeira de um clube português na Índia, disse esta terça-feira à Agência Lusa que os goeses preferiam ser visitados por Pinto da Costa do que pelo Presidente da República, Cavaco Silva.

De acordo com Jorge Fialho, portista convicto e principal impulsionador da criação de uma casa dos «dragões» na Índia, os habitantes da antiga colónia portuguesa «vibram e sofrem» com os jogos de Portugal e da Liga portuguesa, principalmente com o FC Porto, numa altura em que Cavaco Silva iniciou uma visita de Estado de oito dias ao país asiático.

«Lêem nos jornais que o Cavaco Silva vai lá e perguntam o que vem cá fazer, comprar, vender. Não querem palestras. O que eles querem mesmo e perguntam é pelo Pinto da Costa e querem fazer uma grande festa se isso vier a acontecer», disse o realizador e encenador de peças de teatro à Lusa.

A nova delegação do FC Porto, situada numa casa do século XVI pintada de azul e branco, foi inaugurada a 29 de Dezembro do ano passado e tem como núcleo responsável o antigo capitão da selecção de futebol da Índia, Bruno Coutinho, o empresário Paulo Mendes e Lavino Rebelo, presidente do clube goês FC de Anjuna, equipa que, curiosamente, alinha de azul e branco.

«Eles lá falam do Mourinho e do Cristiano Ronaldo como nós falamos aqui. Conversam diariamente sobre isso e assistem aos jogos pela Internet», revelou Jorge Fialho, adiantando que existe em Goa um «saudosismo pelos portugueses enorme e fora de vulgar».

O grande ídolo dos adeptos de futebol é mesmo Ricardo Quaresma, jogador que os goeses anseiam por ver ao vivo e até já prepararam um sítio próprio para ficar hospedado caso o número «7» decida um dia visitar a Índia.

«Querem também ter lá o Quaresma no melhor hotel que existe na Índia, onde já estiveram actores de Hollywood como Nicole Kidman e Richard Gere, mas o que eles falam mais é no Pinto da Costa e seria bonito o presidente visitar Goa no seu último mandato», referiu.

Segundo Jorge Fialho, o aumento do número de adeptos do FC Porto em Goa cresceu devido às vitórias recentes dos «dragões» no futebol europeu e ao período dos anos 90, em que o FC Porto ganhou cinco campeonatos consecutivos.

«Os indianos novos, que não se lembram do Benfica e do Sporting ganhar grandes competições. Têm memória do FC Porto ganhar aqueles campeonatos, a Taça UEFA e a Liga dos Campeões», disse.

Um olhar sobre a Índia

Com a devida vénia.

"Nós e a Índia, de Calecut a Nova Deli.

Calecut, 1502. Na sua segunda viagem à Índia, Vasco da Gama manda as suas naus bombardearem a cidade, durante dois dias e duas noites. Eram então os canhões portugueses a ditarem as regras do jogo naquela parte do mundo. Nova Deli, 2007. Ao aterrar, esta semana, no Aeroporto Internacional Indira Gandhi, a comitiva presidencial portuguesa, liderada por Cavaco Silva, já não terá canhões à sua disposição. Na competitiva hierarquia da diplomacia e da comunicação social indiana, a visita portuguesa irá, muito provavelmente, ficar abaixo da de um gestor de uma multinacional norte-americana, alemã ou japonesa.

É natural que algo tenha mudado desde Gama e Calecut. É agora uma Índia confiante e segura de si que emerge no sistema internacional. Desde 2004, mais de cinquenta chefes de Estado e líderes de Governo fizeram-lhe visita oficial, oferecendo atractivos acordos de cooperação política, económica, cultural e militar. Bangalore e Bollywood, Tata e Mittal, Agni e Bhagwati, Nooyi e Naipaul são alguns dos nomes que passaram a ser fundamentais no léxico dos que querem compreender e explorar as transformações vividas na Índia, neste chamado "século da Ásia".

Portugal parte com atraso. Enquanto que, em termos de trocas comerciais e investimentos na Índia, o nosso país tem vindo a ocupar os últimos lugares entre os 25 parceiros europeus, o ICEP prima pela ausência naquela que, daqui a menos de trinta anos, deverá ser a terceira maior economia do mundo. No plano político, nunca um primeiro-ministro português visitou a Índia e os ministros que o fizeram contam-se pelos dedos. Quanto à cultura, a falta de financiamento leva a que os postos para leitores do Instituto Camões se mantenham, muitas vezes, vagos, e isto perante milhares de jovens indianos que vêem a nossa língua como uma mais-valia profissional para explorarem os mercados lusófonos. O desinteresse com que temos olhado para um sexto da humanidade também se reflecte no facto de não haver um único correspondente profissional português em toda a Índia - só na capital os espanhóis da EFE têm sete.

É neste contexto sombrio que 2007 se apresenta como uma oportunidade.
Ao fazer-se acompanhar por três ministros e dois secretários de Estado, Cavaco Silva dá um sinal claro de que esta visita pretende voltar a colocar a Índia no nosso horizonte estratégico. A sua ida a Bangalore
(o chamado Silicon Valley indiano) para falar na abertura do prestigiado fórum económico "Leadership Summit", bem como a presença de dezenas de gestores e empresários lusos na delegação oficial, promete refrescar as desactualizadas imagens mútuas entre os dois países. Uma outra oportunidade para o reavivar do histórico eixo luso-indiano será a visita bilateral que José Sócrates irá fazer a Nova Deli, em Novembro, no contexto da presidência portuguesa da União Europeia e da respectiva cimeira com a Índia.

Para que as oportunidades de 2007 sejam devidamente exploradas é, no entanto, urgente assumirmos o custo da negligência a que temos votado a Índia e sabermos descontar as glórias da história que nos continuam a iludir. Este humilde processo de desilusão passa pelo reconhecimento de que Portugal é hoje recebido como um visitante de segunda categoria pela mesma Índia que, há cinco séculos, conquistou à canhonada."

Constantino Xavier
Investigador na Universidade Jawaharlal Nehru de Nova Deli

terça-feira, janeiro 09, 2007

Forças Armadas podem vir a combater fogos

Os deputados que fazem parte da Comissão Eventual para os Fogos Florestais (CEFF) querem que o Governo equacione "atempadamente" a participação das Forças Armadas na prevenção estrutural e no combate aos incêndios florestais. Esta é uma das sugestões que fazem no segundo relatório da CEFF, que deverá ser hoje aprovado na Assembleia da República.

Quantos mais anos demorará?

Heróis das Maldivas

Do sítio da Presidência da República das Maldivas:

"The Portuguese had a keen interest in the Maldives due to the availability of cowry shells, and ambergris, an important ingredient in perfumes, and had been approached by the formerly expelled Sultan, Hassan IX to help him regain his throne. Three attempts were repelled mainly due to Ali Rasgefaanu, who proved to be a brave and tough fighter. He became Sultan Ali VI but only for a few months as he was killed during another Portuguese attack, dying a martyr’s death. His tomb, built at the very spot where he died in the sea is now on dry land due to the reclamation of land in Malé. Martyr’s day, a public holiday, has been devoted to him. The next 15 years saw the darkest [!?] period in Maldivian history, when the Portuguese tried to enforce Christianity upon the islanders.
Mohamed Thakurufaanu and his two brothers from the island of Utheemu, used a form of guerilla warfare for eight long years, during which one of the brothers was caught and beheaded. Their strategy was to land on an island at night, kill the Portuguese in a surprise attack and sail off before dawn. Thakurufaanu sought the help of the Malabari, killed the Portuguese leader Andreas Andre, locally known as Andiri Andirin, and recaptured Malé. He was made Sultan and reigned for 12 years forming a trained standing army, introducing coins, improving trade and religious observance and founding a dynasty that lasted for 132 years."

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Guerra Astúrias-Múrcia. Acusação de plágio em tribunal

As palavras “paraíso natural”, ditas no final de um documentário, foram suficientes para que Astúrias e Múrcia ficassem em pé de guerra. É que ambas as comunidades espanholas reclamam como sua a expressão que tem por objectivo captar turistas.

Os asturianos, que na sua campanha turística usam o ‘slogan’ ‘Astúrias, Paraíso Natural’, dizem que se trata de uma marca registada e não gostaram de ver no documentário da Antena 3 a frase: ‘Múrcia, Paraíso Natural’. As Astúrias recorreram à Justiça, acusando Múrcia de plágio. Curiosamente, na internet há mais de um milhão de ‘sites’ com a designação paraíso natural.

Hermanos...

UNESCO ameaça incluir Torre de Londres na lista de lugares em perigo

A UNESCO ameaça incluir a Torre de Londres na lista de lugares do património histórico e cultural universal em perigo, por causa dos arranha-céus projectados para as suas imediações, noticia hoje "The independent".

Segundo o jornal londrino, a histórica fortaleza, que começou a ser construída no reinado de Guilherme, o Conquistador, em 1078, poderá converter-se assim no único edifício do mundo rico a constar da lista.

Entre os arranha-céus projectados nas imediações da fortaleza figuram um de 306 metros, que será, quando terminado, o mais alto do país, e o chamado edifício Minerva, que, de acordo com o projecto original, entretanto alterado, deveria ter uma altura de 200 metros.

A UNESCO tomará uma decisão definitiva sobre o caso em Junho.

Matan Ruak provável Presidente de Timor-Leste

O primeiro-ministro de Timor-Leste, José Ramos-Horta, declarou à imprensa que apoiaria uma candidatura do comandante das Forças de Defesa, brigadeiro Taur Matan Ruak, à Presidência da República, este ano, no caso de Xanana Gusmão não pretender ser reeleito, o que o próprio acaba de confirmar.

"De forma alguma tenciono candidatar-me. Já foi um erro tê-lo feito a primeira vez e só vou suportar este fardo até 19 de Maio", afirmou este fim-de-semana o líder timorense à edição asiática da revista norte-americana Time. Entretanto o jornal timorense Semanário, de 6 de Janeiro de 2007, escreveu sábado ser "vontade popular" que Matan Ruak se candidate à Presidência da República.

O oficial, 50 anos, tinha dito, em Novembro, ao jornal australiano The Southeast Asian Times, de Darwin, que poderia candidatar-se à chefia do Estado, nas eleições previstas para o próximo mês de Abril. "Dediquei 31 anos de vida ao meu país. Estou preparado para fazer tudo o que ele me pedir", respondeu quando lhe perguntaram se aspiraria a mais altos voos.

Para quando uma intervenção diplomática a sério?

Em Cabinda Bento Bembe ameaça «capturar e levar à justiça» resistência armada e na Guiné-Bissau foi demitido o presidente da Câmara de Bissau.

No quadro do Memorando de Entendimento assinado por António Bento Bembe com o Governo de Angola, a capital do enclave assistiu dia 5 e 6 de Janeiro à incorporação nas Forças Armadas Angolanas (FAA) e Polícia Nacional (PN) dos elementos da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) fiéis a Bento Bembe, enquanto este viu atribuída a patente de general na reforma das FAA e ameaçou de «capturar e levar à justiça» a resistência armada em Cabinda.

Enquanto isso, na Guiné-Bissau José Mário Vaz foi este domingo exonerado através de um despacho do governo, emitido pela rádio difusão Nacional (RDN), sem especificar os motivos da decisão.

A Câmara Municipal de Bissau é a única instituição de gestão urbana com estatuto de autarquia, apesar de o país nunca ter realizado eleições autárquicas em 16 anos de democracia pluralista.

E ainda no dia 6 houve tumultos em Bissau.
Agora resta saber quantos meses durará Nino na presidência. Não fossem os dólares da ajuda internacional, que vão mantendo o exército aquartelado, bem como o agora totalmente descarado tráfico de armas na fronteira norte com o Senegal (Casamansa), e a soldadesca andaria com demasiado tempo para pensar...
Em Luanda, já se comenta junto dos meios diplomáticos quanto mais tempo estará Nzita Tiago no mundo dos vivos. A sua existência, sendo assim, já não convém a ninguém...

O "mais pequeno Estado" do Mundo está à venda

Sealand, o mais pequeno Estado do Mundo, uma antiga plataforma militar com uma superfície habitável de 550 metros quadrados, está à venda 40 anos depois da sua fundação pelo excêntrico Roy Bates que a adquiriu em 1967.

O "principado" de Sealand, situado no mar do Norte, ao largo das costas inglesas, é de facto um Estado autoproclamado que não é reconhecido por nenhum outro, revelou hoje o "The Times".

Sealand é uma antiga plataforma militar, Roughs Tower, apoiada em duas torres de betão ao largo de Harwich (Este de Inglaterra) e foi construída em 1941 durante a segunda guerra mundial para abrigar uma bateria da DCA.
Tem uma superfície habitável de 550 metros quadrados e está à venda, 40 anos depois da sua fundação pelo excêntrico Roy Bates, que a adquiriu em 1967.

Esta plataforma, que apenas é acessível de helicóptero ou de barco, está à venda por 10 milhões de libras (15 milhões de euros) ou mais pelos seus proprietários, que elegeram como qualidades principais do seu produto a vista infinita do mar, a garantia de uma tranquilidade total e a ausência de impostos.

"Possuímos a ilha há 40 anos, mas agora, o meu pai tem 85 anos, talvez tenha chegado o tempo de um rejuvenescimento", afirmou o filho de Roy Bates, Michae l. "Somas astronómicas foram evocadas, mas vamos ver o que nos vão propor", acrescentou.

Apesar do seu estatuto jurídico ser contestado, Sealand elogia o seu passado militar referindo que como qualquer outro país tem direito de defender a sua soberania contra as ameaças do exterior.

Em 1967, Roy Bates, antigo major do exército britânico ocupou a plataforma com a sua família e declarou que situando-se em aguas internacionais podia ser elevado a Estado e autoproclamou-se "príncipe" do território.

No ano seguinte a Royal Navy tentou, sem sucesso, expulsar o "Rei de Sealand" da plataforma e recebeu mesmo tiros de aviso a partir do autoproclamado principado.

Posteriormente, um juiz deu razão a Roy Bates contra o governo britânico, considerando que Sealand se encontra para além do limite de três milhas das água s territoriais do Reino Unido.

Em 1974, o "Rei de Sealand" aprovou uma constituição à qual se seguiu uma bandeira, um hino nacional, uma moeda oficial (o dólar de Sealand), e passaporte s, todos símbolos de soberania.

Quatro anos mais tarde, Sealand foi palco de um caso rocambolesco.

Empresários alemães e holandeses em reuniões de negócios na plataforma sequestraram o filho de Roy Bates mas foram rapidamente neutralizados e feitos prisioneiros de guerra antes de serem libertados.

Uma plataforma de afirmação portuguesa

Irá começar a ser distribuída uma das mais notáveis obras de afirmação cultural nacional dos últimos anos: documentário "Lusofonia, A Revolução".

Nasce assim um projecto que nos dá a conhecer uma herança cultural que torna Portugal, em conjunto com outros países de língua portuguesa, num país mais cosmopolita e moderno dando voz a um movimento que toca já 220 milhões de pessoas do mundo e com um potencial de chegar a muitos mais.

Pegando justamente nessa herança cultural, a empresa produziu e financiou um dos mais notáveis projectos culturais de projecção de política externa jamais feito em Portugal, o documentário "Lusofonia, A Revolução". Curiosamente teve de ser através da iniciativa privada que este projecto nasceu, tirando proveito de uma verdadeira "Revolução" que está a decorrer nas ruas. A formação de músicos em todos os países de expressão portuguesa estão em destaque neste filme. De uma forma inteligente e dinâmica o documentário oferece uma panorâmica sucinta mas verdadeiramente esclarecedora de um movimento cultural que se desenvolve há séculos, optando por não excluir nenhum movimento, seja o fado, a música de intervenção, as mornas, o kuduro, a Pop, o Rock, etc. Todos estes estilos unidos numa só expressão: a Lusofonia.

O projecto terá nascido através da Red Bull Music Academy, uma iniciativa que nasceu em 1998, que reúne Djs, músicos e produtores, concretizando-se posteriomente este documentário.
O documentário está dividido em cinco capítulos onde a música serve de plataforma de entendimento e projecção da cultura portuguesa, onde se constata que Portugal é hoje um país cosmopolita, onde a mestiçagem serve de "melting pot" para uma série de vivências e experiências perfeitamente diluídas nos comportamentos dos jovens de hoje em dia, um segmento que encontra eco no Hip Hop português, com intervenientes como Chullage, Da Weasel, Sam The Kid, Valete, etc. No entanto a lusofonia musical não se esgota no Hip Hop, com a existência de muitos mais géneros, todos com uma matriz em comum: a língua e cultura portuguesa.
Mas existem mais expressões, através das quais a influência de nomes como Amália Rodrigues, Carlos do Carmo, todo o movimento MPB, o Duo Ouro Negro -sobre o qual se faz uma pequena homenagem a Raúl Indipwo recentemente falecido - poderam ter uma influência sobre uma nova geração que contribui actualmente para uma imagem mais rica e moderna de Portugal, não associada ao "Manuel e à Maria."

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Macau: Sócrates poderá desbloquear nova escola portuguesa

Ainda a estória da escola portuguesa de Macau.

Será desta?
A visita de José Sócrates a Macau a 3 e 4 de Fevereiro, no âmbito da deslocação oficial à China, poderá contribuir para desbloquear o processo da nova escola portuguesa parado há cerca de dois anos.

Desde 2004, aquando da visita da então ministra da Educação Maria do Carmo Seabra - que anunciou a nova localização da escola para a ilha da Taipa - já foram conhecidos ou indicados mais dois locais - um na ilha da Taipa e outro em Macau - mas o que é certo é que o processo, apesar do projecto já ter sido entregue, está parado e sem solução à vista.

Entretanto, os valores compensatórios que Stanley Ho se dispunha a pagar para construir uma nova escola e poder negociar com o Governo a aquisição do terreno ocupado pelas suas actuais instalações estão muito desactualizados, fruto não só do evoluir do mercado imobiliário como também do aumento dos custos da construção.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Ana Gomes contactou com pessoas que viram «coisas estranhas» nas Lajes

Segundo noticia o semanário SOL no seu sítio na internet, a eurodeputada Ana Gomes anunciou hoje que manteve contactos com pessoas da ilha Terceira que garantem ter assistido a «coisas estranhas» na Base das Lajes, que confirmam a passagem nos Açores de voos da CIA.

Só podem ter sido OVNIs, ou então não...

Medição dá mais área ao Lichtenstein

O minúsculo principado do Lichtenstein, apertado entre a Suíça e a Áustria, viu a sua superfície oficial aumentar meio quilómetro quadrado com as medições efectuadas nos últimos dias de 2006.

Independente desde 1806, o território nunca havia sido medido com rigor, até por ser muito montanhoso.

Agora sabe-se que tem uma linha de fronteira de 77,9 km (mais 2% do que se pensava) e 160,475 km2 de superfície. Os habitantes rondam os 35 mil.

Sérvia vai a eleições

A pouco mais de duas semanas das eleições parlamentares na Sérvia, a 21 de Janeiro, as últimas sondagens dão vantagem ao Partido Radical Sérvio (SRS), ultra-nacionalista.

Para a chanceler alemã Angela Merkel “Serbia is the most important country in the region. Without a stable Serbia there will be no peace there.”

CNN confunde o senador Obama com Osama Bin Laden

«Onde está Obama?».
Esta foi a legenda da CNN para uma imagem de Osama Bin Laden.
O erro enfureceu Barack Obama, potencial candidato às presidenciais de 2008 e o único senador negro dos Estados Unidos.

Gralhas...

Manifestação contra fecho de Consulado em Nova Iorque

No seguimento de várias movimentações políticas e sociais, a comunidade portuguesa do Estado de Nova Iorque vai manifestar-se publicamente domingo na cidade de Mineola contra o eventual encerramento do Consulado de Portugal neste estado, previsto na proposta de reestruturação consular do Governo.

O Consulado tem cerca de 45 mil cidadãos inscritos no Estado de Nova Iorque e 20 mil no estado de Connecticut, servindo uma população de origem portuguesa estimada em quase 200 mil pessoas.

A sua jurisdição estende-se aos Estados de Connecticut (80 mil portugueses), Michigan, Ilhas Virgens Americanas, Ilhas Caimão, Bahamas, Belize, Jamaica, Porto Rico e República Dominicana.

A proposta de reestruturação consular do Governo para os Estados Unidos prevê o encerramento dos consulados de Nova Iorque, Providence (Estado de Rhode Island), Nova Bedford (Estado de Massachusetts) e a despromoção do Consulado de Hamilton, na Bermuda, para Consulado honorário.

Prioridades...

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Fidel Castro pediu 10 dólares a Roosevelt

No dia 6 de Novembro de 1940, o menino Fidel Castro enviou uma simpática carta ao presidente norte-americano, onde pedia “uma nota verde de 10 dólares americanos”.

Seria o mundo um lugar diferente se ele a tivesse recebido?

Igreja onde está enterrado Shakespeare corre risco de ruir

A igreja onde estão enterrados os restos mortais de William Shakespeare, na cidade de Stratford-upon-Avon (centro-oeste da Inglaterra), está a ruir e necessita de ser rapidamente restaurada, advertiu hoje a associação encarregada de angariar fundos para as obras de restauro.

O que não se diria se fosse em Portugal...

Efemérides

No dia 3 de Janeiro:
1925: Benito Mussolini assume poder ditatorial em Itália.
1955 - morre o General Norton de Matos.
1960 - fuga de Álvaro Cunhal do Forte de Peniche.
1980 - Francisco Sá Carneiro toma posse como primeiro-ministro.
2006: Morre o jornalista português Cáceres Monteiro.

500 anos da chegada dos portugueses ao Irão

Faz este ano 500 anos da chegada dos portugueses ao actual Irão, mais precisamente ao estreito de Ormuz.
Haverá comemorações ou iniciativas culturais que marquem tal momento?
E iniciativas diplomáticas que façam de Portugal um parceiro negocial nas mais variadas questões geopolíticas daquela região?
E exposições acerca da nossa presença em Ormuz?

Universidade de Coimbra vai ter mais importante mestrado do mundo

A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) vai receber o mais importante mestrado do mundo em Engenharia de Software. O ‘master’ chega a Coimbra no âmbito dos acordos entre o Governo português e a Carnegie Mellon University.

Segundo um comunicado da universidade, este plano de estudos é inovador e vai ser integralmente ensinado em inglês, apesar de ter também professores nacionais. Os alunos serão de várias nacionalidades e serão escolhidos através de exames rigorosos.

«Os estudantes do MSE [Master of Software Engineering] serão os futuros líderes da indústria de software» , garante o presidente dos Conselhos Directivo e Científico da FCTUC, João Gabriel Silva, que assume a coordenação do novo curso.

«A disponibilidade de pessoas com uma formação extremamente avançada, acreditada por este curso é vital para Portugal, se quisermos que a nossa indústria de software venha a ter uma papel relevante a nível mundial», conclui João Gabriel Silva.

O curso tem a duração de quatro semestres intensivos, sem férias, iniciando-se a primeira edição no final de Agosto e terminando em Dezembro de 2008. Os estudantes passarão três trimestres em Portugal e um nos Estados Unidos. As candidaturas estão abertas até 26 de Março.

terça-feira, janeiro 02, 2007

Irlandês passa a 23ª língua oficial da União Europeia

A língua nacional da Irlanda passará a ter estatuto oficial na União Europeia a partir de 1 de Janeiro de 2007, elevando para 23 o número de línguas oficiais.

A mudança resulta de um acordo celebrado em Junho de 2005 que conferiu ao irlandês o estatuto de língua de redacção do Tratado a partir de 2007, pelo que o inglês já não é a única língua oficial da Irlanda na União Europeia.

O tratamento dispensado à nova língua não será exactamente igual ao das outras línguas oficiais da União Europeia. As instituições da União Europeia não terão de traduzir toda a legislação para irlandês, essencialmente por razões práticas.

Uma sondagem realizada em 2002 revelou que 40% da população da Irlanda sabe falar irlandês, dos quais mais de um terço declarou falar esta língua diariamente.

A diversidade linguística continua a ser um tema de grande actualidade na União Europeia. Outras línguas faladas em países da União Europeia, como o catalão, o basco e o galego, já têm um estatuto semi-oficial e poderão em breve obter o estatuto oficial. Todavia, os custos daí resultantes serão suportados por Espanha.

Consulados: Autarca de New Bedford escreve a Cavaco Silva

O presidente da Câmara Municipal de New Bedford, Scott Lang, enviou uma carta ao Presidente da República Portuguesa, manifestando a sua preocupação pelo proposto encerramento do Consulado de Portugal em New Bedford.
Na carta enviada a Cavaco Silva, a que a agência Lusa teve acesso, Scott Lang sublinha «o papel de vital importância do Consulado para a cidade de New Bedford e vilas vizinhas, onde reside uma das maiores concentrações de portugueses e descendentes fora de Portugal».

O autarca salienta, ainda, o papel relevante dos portugueses na indústria da pesca, uma das mais importantes da região, e o contributo da comunidade lusa para todos os aspectos da vida cultural e cívica da cidade.

«O encerramento do Consulado de Portugal será uma grande perda para New Bedford, por isso peço a sua intervenção para evitar que se venha a concretizar», termina a carta de Scott Lang a Cavaco Silva.

Cópias da carta foram enviadas ao presidente da Assembleia República, ao primeiro-ministro, ao ministro dos Negócios Estrangeiros, ao presidente do Governo Regional dos Açores, ao secretário de Estado das Comunidades, ao deputado Mota Amaral e ainda ao senador Ted Kennedy e aos congressistas Barney Frank e James McGovern, que representam New Bedford e Fall River.

Madrid ultima los detalles para acoger la pre salida del Dakar

La ciudad de Madrid ultima ya todos los detalles para acoger el próximo martes la pre salida del Rally Dakar con los participantes españoles desde el podio instalado en la explanada situada enfrente del estadio Santiago Bernabéu. El alcalde de la capital, Alberto Ruiz-Gallardón, junto con las autoridades deportivas, despedirá a los pilotos, en un acto que será retransmitido por Televisión Española a partir de las 19 horas.

La salida oficial será el 6 de enero.
Desde el podio de autoridades, los participantes recorrerán la Plaza de Lima, el Paseo de la Castellana, la Plaza Colón, Paseo de Recoletos, la Plaza Cibeles, el Paseo del Prado, la plaza Cánovas del Castillo, la Glorieta de Carlos V, en dirección al Paseo de Santa María de la Cabeza, en dirección a la M-40, por donde enlazarán por la N-V dirección a Badajoz.

A continuación (?!) se dirigirán hacia Lisboa, ciudad que albergará las verificaciones técnicas y administrativas a partir del día 3 de enero.

E eu que pensava que era "Lisboa-Dakar"...

Saddam Hussein era leitor ávido e bem disposto

O antigo presidente iraquiano Saddam Hussein, executado sábado, era um «leitor ávido» que «manteve a boa disposição» durante o cativeiro, afirmou ontem o sargento Robert Ellis, que foi o seu enfermeiro norte-americano de Janeiro a Agosto de 2004.

Ávido, acredito, agora, bem disposto? Há gente para tudo.

China destrói sapatos Hugo Boss e Trussardi por «falta de qualidade»

As autoridades da província chinesa de Zhejiang queimaram aproximadamente uma centena de sapatos em pele de marcas espanholas e italianas, entre as quais Trussardi e Hugo Boss, devido à falta de qualidade dos produtos.

Porque os produtos chineses têm todos muita qualidade!

Pescadores de fim-de-semana pagam até 200 euros para continuar a actividade

Os pescadores desportivos são obrigados a partir de hoje a adquirir uma licença para praticar esta actividade, com valores que vão dos três aos 200 euros, consoante a modalidade, âmbito geográfico e prazo de validade.

Autênticos "arrastões"...

Ministros continuam a dar faltas na Europa

Os ministros de José Sócrates continuam a ser dos mais faltosos em reuniões da União Europeia.

Dando a imagem de que a nossa "política interna" é mais importante (!?), esta semana, foi o ministro da Economia que esteve ausente em mais uma reunião, obrigando mesmo a uma substituição de recurso.

Não foi a primeira vez que Pinho faltou.
Num total de 12 reuniões, o ministro da Economia apenas esteve presente quatro vezes. Em termos de absentismo, Pinho só é ultrapassado pela ministra da Educação. Lurdes Rodrigues nunca foi a uma reunião do ‘seu’ Conselho da UE.

Manuel Pinho, foi substituído por um conselheiro da Representação Permanente em Portugal na última reunião do Conselho da União Europeia (UE) de Competitividade.

O ministro cancelou a sua presença, não dando tempo ao embaixador Mendonça e Moura para organizar a sua agenda, de forma a poder representar Portugal na reunião.

E ninguém quer saber...

terça-feira, dezembro 26, 2006

Selecções do País Basco e de Aragão têm novos compromissos internacionais

É uma tradição cada vez com maior força em Espanha.

Pela altura do Natal, algumas selecções regionais autónomas do país vizinho aproveitam para efectuar partidas de carácter particular e vincar as suas reivindicações. O País Basco, por exemplo, vai defrontar esta semana a Sérvia, orientada por Javier Clemente, um técnico com fortes ligações à região. O palco vai ser o caloroso Estádio de San Mames, recinto do Atlético de Bilbau.
Aliás, a selecção basca e a da Catalunha são as que mais incursões têm feito no futebol internacional. Ainda recentemente, em Outubro, defrontaram-se no Estádio de Camp Nou, com o resultado final de 2-2. Desta vez, a Catalunha não joga por os responsáveis não quererem desgastar mais os seus atletas, tal como a selecção de Navarra, também sem actividade natalícia.
O outro encontro desta época tão especial será disputado entre a selecção de Aragão e o Chile. Uma estreia absoluta para a representação autónoma, que tem o Estádio de La Romareda, casa do Saragoça, como seu recinto de eleição.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Gwyneth Paltrow nega ter dito mal dos EUA ao DN

Burrinha...

OSCAR-winning actor Gwyneth Paltrow insisted today that contrary to a recent article in a European newspaper, she feels "proud to be American" and would never compare her homeland unfavourably to Britain.

In a statement issued through People magazine's website, Paltrow said she was "deeply upset" by remarks attributed to her by the Portuguese newspaper Diario de Noticias, which quoted the actor as saying: "The British are much more intelligent and civilised than the Americans".

"I never, ever would have said that," said Paltrow, 34, who is married to British rock star Chris Martin, the lead singer of Coldplay, and lives part time with him and their two children in London.

"I feel so lucky to be American,and so proud to be American" she said.

Paltrow denies giving an interview to the Portuguese daily, though she did speak at a news conference in Spanish, according to People.

"I said that Europe is a much older culture, and there's a difference. I always say in America, people live to work, and in Europe, people work to live. There are positives in both," she said.

"Obviously, I need to go back to seventh-grade Spanish."

Polacos querem Jesus como rei honorário do país

Perante o ressurgimento em força do catolicismo na Polónia, alguns deputados propõem a coroação póstuma de Jesus Cristo como rei honorário da nação.

A ideia partiu de um membro da coligação Lei e Justiça (no poder), duranta visita, na passada Primavera, do Papa Bento XVI à Polónia. Desde então, ganhou adeptos. O diário Rzeczpospolita afirma que são já 46 os deputados a apoiar a iniciativa.

Agora, os membros da câmara baixa do parlamento esperam o apoio da Igreja para coroar Jesus Cristo como rei honorário da Polónia. «Estamos a rezar por isso», diz o deputado Artur Gorski.

Se a lei for aprovada, Jesus junta-se à Virgem Maria, que é, desde o século XVII, rainha honorária do país, após o que os polacos acreditam ter sido sua intervenção numa batalha contra a Suécia.

Timor: Eleições regulamentadas

O pacote legislativo que vai regulamentar as eleições presidenciais e legislativas de 2007 em Timor-Leste poderá ser aprovada até ao final da semana, disse o presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres Lu-Olo. Os deputados iniciaram ontem o debate da proposta de lei para a eleição do Presidente da República.

Vaticano quer selecção de futebol

O Secretário da Santa Sé revelou a intenção do Vaticano formar uma equipa de futebol para competir ao mais alto nível.

Na antevisão do Secretário da Santa Sé, Tarcisio Bertone, o Vaticano conseguirá construir «uma equipa magnífica», capaz de disputar ligas nacionais e internacionais.

O onze alinhará com as cores da bandeira do Vaticano – amarelo e branco ­­– e os jogadores serão seleccionados «das universidades pontifícias». Segundo o jornal italiano La Repubblica, Bertone já tem carta-branca para desenvolver o projecto, que está a ser estudado por cardeais.

Mais de 100 portugueses passam Natal nas prisões dos Estados Unidos

Mais de uma centena de presos nascidos em Portugal vai passar a noite de Natal atrás das grandes, apurou a agência Lusa junto dos Consulados portugueses e de algumas autoridades prisionais dos Estados Unidos

O Consulado de Portugal em Providence não dispunha ainda de dados fornecidos pelas autoridades prisionais do Estado de Rhode Island mas um porta-voz consular disse que, no Natal do ano passado, havia 20 cidadãos portugueses presos e que este ano o seu número deve ser semelhante.

Dos 22 detidos em cadeias do Estado de Nova Jersey, na área consular de Newark, 15 encontram-se em cadeias estatais e sete nas cadeias do Condado de Essex, que tem sede na cidade de Newark.

Macau foi "devolvido" há 7 anos

1999: A administração portuguesa em Macau termina. O território é "devolvido" à China, depois de 400 anos de ocupação portuguesa.

Mais uma machadada no orgulho nacional!

Guiné-Bissau: Tensão no parlamento leva a suspensão da sessão

Os deputados guineenses viveram terça-feira momentos de tensão, ao ponto de um grupo de parlamentares próximos do governo pretender constituir uma nova mesa para presidir ao órgão legislativo.

A sessão acabou por ser formalmente encerrada pela presidente em exercício, Satu Camara, que alegou falta de condições para prosseguir com os trabalhos .

Juntamente com a mesa, abandonaram o hemiciclo os deputados do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo), ficando na sala os parlamentares afectos ao Fórum de Convergência para o Desenvolvimento (FCD).

«É um triste exemplo, digno de figurar no Guiness Book, mas também somos recordistas dos piores exemplos para o mundo, como golpes de Estado de todas as espécies, e agora inventamos o golpe parlamentar», disse Fernando Gomes, antigo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos.

Mais um exemplo da descolonização "perfeita"...

terça-feira, dezembro 19, 2006

Madeira: FAMA apela ao veto da Lei das Finanças Regionais

FAME: I wanna live (be independent) forever...

O FAMA (Fórum Autonomia da Madeira) apelou hoje ao Presidente da República para que faça uma «avaliação política» da proposta da Lei das Finanças Regionais e vete o diploma.
«Independentemente do que diga o Tribunal Constitucional, só o veto político do Presidente da República à Lei das Finanças Regionais será capaz de repor o ambiente de unidade nacional pelo qual todos devem pugnar», diz o comunicado do FAMA distribuído no Funchal.

Este Fórum, que reúne entidades de vários quadrantes da sociedade madeirense, entre os quais o presidente do governo regional, Alberto João Jardim, considera que a medida legislativa do governo da República nesta matéria «é ilegal e inconstitucional».

«Para o Povo Madeirense (?) tem ainda maior importância saber que o Presidente da República, no seu alto critério, usa a prerrogativa de avaliar se, para além dos aspectos legais, as opções do governo central obedecem a requisitos de justiça, solidariedade e equidade entre todos os portugueses», declara um dos parágrafos do documento.

O FAMA diz que «está agora nas mãos de Cavaco Silva fazer extinguir este foco de instabilidade que arrisca colocar portugueses contra portugueses, pondo fim a um grave conflito que não foi gerado na Madeira nem é desejado pelos madeirenses».

Com a nova lei das Finanças Regionais a Madeira sofre, já em 2007, um corte nas transferências do Estado que atingirá os 34 milhões de euros, enquanto que os Açores recebem mais 13,3 milhões de euros.

O diploma foi aprovado na Assembleia da República e enviado ao Presidente da República, Cavaco Silva, para decisão.

Catalães querem internacionalizar debate sobre a independência

A Plataforma para o Direito a Decidir, da Catalunha, decidiu estender os seus princípios a todos os territórios catalães (Regiões Autónomas da Catalunha, Baleares e Valência), assim como internacionalizar o debate sobre a autodeterminação da Catalunha.

A independência da Nação Catalã já esteve mais longe.

Instituto Cervantes quer Microsoft a dar computadores a escolas no Brasil

O Instituto Cervantes de Espanha pretende que a Microsoft dote as escolas brasileiras de computadores para poder ensinar castelhano, revelou segunda-feira o seu director, Cesar António Molina.

Era só o que faltava...

Pista do Mundial Lisboa 2001 deixa armazém e vai para Pombal

Finalmente, a pista de atletismo em material sintético que esteve encaixotada durante cinco anos, desde o Campeonato do Mundo de pista coberta de 2001, que se realizou no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, começou ontem a ser transportada para Pombal, onde será colocada no Pavilhão da Expo Centro.
Neste recinto passam a realizar-se a competições e treinos da temporada de Inverno.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Acordo Ortográfico faz 16 anos sem entrar em vigor!

O Acordo Ortográfico foi assinado no meio de controvérsia faz hoje 16 anos, com o objectivo de unificar a escrita da língua portuguesa, mas ainda não entrou em vigor e não se sabe quando entrará

O texto assinado a 16 de Dezembro de 1990, com vozes do meio académico a contestarem o acordo, foi publicado em Diário da República em Agosto de 1991 com a resolução do Parlamento que o aprovou para ratificação.

O acordo deveria entrar em vigor a 1 de Janeiro de 1994 «após depositados os instrumentos de ratificação de todos os Estados (Portugal, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe) junto do Governo da República Portuguesa», mas isso não aconteceu porque só Portugal, Brasil e Cabo Verde o ratificaram.

Desde então, foram aprovados dois protocolos modificativos, um dos quais, assinado em Julho de 1998 na Praia, em Cabo Verde, previa a entrada em vigor do acordo, depois do depósito de ratificação por parte de todos os Estados signatários, já sem apontar qualquer data.

Um segundo protocolo modificativo assinado em Julho de 2004 na cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), em São Tomé (depois de aceite a adesão de Timor-leste) prescindiu da aplicação unânime, bastando a ratificação de apenas três países signatários para a sua entrada em vigor.

A aplicação do acordo, depois da ratificação por três países deste protocolo, respeitaria apenas a esses países. Brasil e Cabo Verde cumpriram essa exigência há mais de um ano.

São Tomé e Príncipe ratificou o acordo e os dois protocolos modificativos no passado dia 17 de Novembro. Ou seja, neste momento já há três países que podem estar em condições para o aplicar após o depósito dos instrumentos de ratificação.

Portugal ainda não ratificou o segundo protocolo modificativo nem há ainda qualquer data para que isso aconteça, disse à Lusa fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Mas, quando o fizer, poderá introduzir uma «cláusula de reserva diferindo a sua entrada em vigor na ordem jurídica interna», explicou a mesma fonte.

Com esta diligência, Portugal poderá conseguir mais algum tempo antes da aplicação de um acordo que obriga a muitas adaptações e alterações, incluindo a de manuais escolares.

Universidade de Goa quer atribuir doutoramento a Cavaco

A Universidade de Goa planeia atribuir um doutoramento honorário a Cavaco Silva durante a visita que o presidente português vai fazer à Índia em Janeiro, informou hoje o portal daijiworld.com.
«Estamos à espera de autorização do Ministério dos Negócios Estrangeiros», disse ao portal da costa ocidental indiana o vice-chanceler da Universidade, P.S. Zacharius.

O anúncio oficial do doutoramento só será feito após essa autorização, acrescentou.

Cavaco Silva vai em visita de Estado à Índia de 10 a 17 de Janeiro de 2007, deslocando-se a Nova Deli, Goa, Bombaim e Bangalore.

O chefe de Estado terá encontros com o Presidente da Índia, Abdul Kalam, de quem partiu o convite, e com as principais autoridades do Governo federal, bem como os Governos dos Estados que visitará.

O último Presidente português a fazer uma visita de Estado foi Mário Soares, em 1992.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Portugal perde posto de relevo internacional

Presidente da ERSE recusou avançar para a corrida à presidência da Agência Internacional de Energia porque o Governo formalizou a candidatura fora de prazo. Executivo diz que ainda havia tempo.

Uma vergonha! Que descaramento...

Em finais de Setembro, Jorge Vasconcelos recebeu o primeiro de vários telefonemas que iriam fazê-lo reequacionar o seu futuro. Os representantes de alguns dos mais poderosos países da Agência Internacional de Energia, como os EUA, queriam vê-lo a dirigir a mais prestigiada organização mundial do sector, e garantiam-lhe o seu apoio se o presidente da ERSE, que regula o sector energético português, aceitasse concorrer.

Depois de 10 anos à frente da ERSE, com um mandato à beira do fim, Vasconcelos foi sensível aos argumentos, também transmitidos ao Governo.

No fim de semana de 23 de Outubro, numa conferência que reune os principais actores do sector energético português na sumptuosa Casa de Mateus, perto de Vila Real, Jorge Vasconcelos discute o assunto com Castro Guerra, o secretário de Estado adjunto da Economia, acertando o plano de acção para formalizar e acelerar o processo, uma vez que o prazo para apresentação da candidatura estava perto do fim.

Vasconcelos entregou a parte que lhe cabia do processo na segunda-feira, uma semana antes do final do prazo, as 17 horas da segunda-feira seguinte – 18 horas na sede da organização, em Paris. Castro Guerra ficou encarregue de tratar do resto, e de verificar se o Ministério dos Negócios Estrangeiros não se teria já comprometido com outra candidatura. A partir daí, o processo emperra em parte incerta dos gabinetes governamentais. Orgulhoso, Jorge Vasconcelos aguarda sem insistir.

Às 16:50 de segunda-feira, 10 minutos antes do final do prazo, Castro Guerra recebe um telefonema de Vasconcelos. O presidente da ERSE não faz perguntas. Diz apenas saber que a candidatura não tinha dado entrada e que, se for após o final do prazo, prefere que não seja entregue de todo. Recebe pouco depois das 17 horas um telefonema de Miguel Barreto, director-geral da Energia, que lhe assegura que a candidatura ainda é viável, uma vez que bastaria enviar um e-mail para a organização. Vasconcelos não muda de opinião, pois a última coisa que deseja, contam fontes muito próximas do presidente da ERSE, é ver o seu nome associado a uma derrota por desleixo burocrático – uma candidatura fora de prazo, mesmo que apenas por alguns minutos.

Fonte governamental garante que a candidatura não se concretizou por opção do candidato, apesar das insistências do Governo que, assegura, concluiu o processo em tempo útil.

Vasconcelos continuou na corrida informalmente, uma vez que os restantes candidatos não recolhiam a unanimidade, mas perdeu definitivamente a esperança na quarta-feira, quando a organização elegeu para o cargo Nobuo Tanaka, um japonês, acabando assim um acordo tácito entre os membros da agência que assegurava a presidência da AIE a um candidato europeu.

Perfil: Jorge Vasconcelos
Nos últimos dez anos Jorge Vasconcelos viu passar sete ministros e oito secretários de Estado.
Engenheiro electrotécnico de formação, foi convidado em 1996 para instalar a ERSE, sendo nomeado como presidente do regulador no ano seguinte. Foi ainda co-fundador e primeiro presidente do Conselho Europeu de reguladores de Energia. Antes tinha ocupado o cargo secretario geral da Eurelectric, a associação europeia da indústria eléctrica.

Reestruturação Consular necessária...

O Governo pretende encerrar no próximo ano 17 consulados portugueses, em 8 países, entre os quais o único existente na Holanda, e um escritório consular, segundo um projecto de reestruturação consular a ser cumprido até ao final da primeira semana de Janeiro

De acordo com o projecto, deverão ser extintos os consulados portugueses em Sevilha, Bilbao e Vigo (Espanha), Toulouse, Lille, Orléans, Tours, Versailles e Nogent (França), Roterdão (Holanda), Milão (Itália), Nova Iorque, Nova Bedford e Providence (Estados Unidos), Hamilton (Bermudas), Santos (Brasil) e Durban (África do Sul).

No âmbito da nova reestruturação consular, o Executivo prevê transformar seis consulados em vice-consulados e um em escritório consular.

Os vice-consulados, que deverão ser criados no próximo ano em Frankfurt (Alemanha), Nantes e Clermont-Ferrand (França), Belém, Recife e Porto Alegre (Brasil), são dirigidos por funcionários consulares, deixando os postos de ser chefiados por cônsules.

Por sua vez, o consulado de Portugal em Curitiba (Brasil) deverá ser transformado em escritório consular.

A nova reestruturação consular prevê igualmente a criação de uma secção consular e de 10 consulados honorários, que têm como função representar Portugal no país onde está instalado, não possuindo competências para tratar serviços de registo civil e de documentos de identificação, como o Bilhete de Identidade e dos passaportes.

Os consulados honorários deverão ser criados em Sevilha, Bilbao, Vigo, Orléans, Tours, Toulouse, Milão, Hamilton, Durban e Windhoek, na Namíbia, onde até agora existia um escritório consular.

Com a extinção do consulado de Portugal em Roterdão deverá ser criada uma secção consular na Embaixada em Haia.

De acordo com o projecto, os serviços de Versailles e Nogent vão ser absorvidos pelo Consulado de Portugal em Paris.

Desinvestimento e mais desinvestimento...

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Vitória para a língua portuguesa

São Tomé e Príncipe acaba de ratificar o Acordo Ortográfico de Língua, pelo que se torna no quarto país a fazê-lo.

O anúncio foi feito durante o Seminário Internacional de Língua Portuguesa e suas Literaturas, que reúne representantes de todos os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

«A entrada em vigor do Acordo vai permitir que a escrita, de uma forma geral, seja comum», afirmou o escritor e deputado de São Tomé e Príncipe, Albertino Bragança, lembrando que houve uma grande polémica para unificar as duas ortografias oficiais da língua portuguesa - a lusitana/africana e a brasileira.

O Acordo Ortográfico foi assinado a 16 de Dezembro de 1990 por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe mas não podia entrar em vigor por não ter sido ratificado por todos os países.

Apenas o Brasil, Cabo Verde e Portugal tinham ratificado o Acordo.

A aprovação de uma adenda ao Acordo Ortográfico, em Julho de 2004, em São Tome, durante a Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tornou possível, entretanto, a sua entrada em vigor.

A medida, sugerida pelo governo brasileiro, permitiu que o Acordo vigorasse com a ratificação de apenas três países, sem a necessidade de que todos os outros membros da CPLP adoptassem o mesmo procedimento.

O protocolo permitiu também que Timor-Leste, o membro mais novo da CPLP , pudesse aderir ao Acordo.

Em Outubro de 2004, o Brasil informou Portugal que já estava apto a
adoptar o Acordo Ortográfico, pois tinha cumprido todos os trâmites legislativos internos necessários.

Na altura, o governo brasileiro instou Portugal e Cabo Verde, que também já ratificaram o Acordo, a cumprirem igualmente as exigências internas constitucionais para que haja uma ortografia comum da língua portuguesa.

Aquelas exigências passam, nomeadamente, pelo depósito dos instrumentos de ratificação na Academia das Ciências e pela publicação em Diário da República.

Questionada sobre a posição de Portugal, a coordenadora de Cooperação
para o Desenvolvimento no Gabinete de Assuntos Europeus e Relações Internacionais (GAERI) do Ministério de Educação, disse faltar pouco para Portugal cumprir todos os trâmites burocráticos.

«Só falta um passinho, é apenas uma questão política», declarou à Lusa, Maria Angélica Ribeiro, sem entrar em pormenores.

Fontes do Ministério da Educação do Brasil informaram, entretanto, que Portugal ainda não tomou qualquer decisão concreta para o acordo vigorar na prática, não só por uma questão política mas também económica.

«Na verdade, a questão é política e económica, porque as grandes editoras portuguesas vão ter que competir com as brasileiras. Acredito que Portugal não tenha interesse no Acordo, ao contrário do Brasil, que tem muito interesse, pois as nossas editoras têm uma grande força no mercado editorial», salientou fonte do governo brasileiro.

O conselheiro cultural da Embaixada de Portugal e director do Instituto Camões no Brasil, Adriano Jordão, que também participa no Seminário Internacional de Língua Portuguesa e suas Literaturas, discordou.

«Para as editoras portuguesas é bom que haja o Acordo Ortográfico, que afecta muito mais as editoras brasileiras», afirmou Adriano Jordão à Lusa, explicando que as alterações ortográficas terão implicações na revisão das publicações.

Jordão disse ser, pessoalmente, «cem por cento a favor» do Acordo, que vai facilitar a circulação de livros num mercado ortográfico único com mais de duzentos milhões de pessoas mas destacou que «não é preciso urgência».

«Temos de ser cautelosos, acho que poderia ser uma acção precipitada», sublinhou, lembrando que há pendências jurídicas para que o acordo entre de facto em vigor.

Fruto de longas negociações conduzidas pela Academia Brasileira de Letras e pela Academia das Ciências de Lisboa ao longo da década de 1980, o Acordo tem como principal objectivo resolver questões relativas a divergências ortográficas.

Para o governo brasileiro, a existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa é prejudicial à unidade do idioma e dificulta a capacidade de difusão internacional do português.

O Brasil considera a entrada em vigor do Acordo como condição essencial para a definição de uma política de promoção e difusão da língua portuguesa, o terceiro idioma europeu mais falado no mundo.

Diplomatas e linguistas brasileiros acreditam que uma ortografia comum diminuirá o elevado custo de produção de diferentes versões de dicionários e de livros em língua portuguesa e facilitará a utilização de livros didácticos, prog ramas de educação à distância e outros materiais pedagógicos adoptados no Brasil por outros países da CPLP.

Outro argumento do Brasil é de que, com o Acordo a ser aplicado por todos os países da CPLP, será também mais fácil estabelecer critérios unificados para exames e certificados de língua portuguesa para estrangeiros.

Construção da nova Escola Portuguesa de Macau ainda não avançou!

Devem ser exigidas ao Governo português explicações sobre os atrasos no processo de relocalização da Escola Portuguesa de Macau e exigir mais acompanhamento de Lisboa na questão.
Tudo porque o processo está parado, sem mais explicações.

Agora, adivinha-se que o processo da Escola Portuguesa, apesar de importante, dificilmente terá uma resolução a breve prazo.

Relembre-se que o Ministério Português da Educação tem 51 por cento da Fundação da Escola Portuguesa de Macau que detém a instituição de ensino, e que a Fundação da Escola Portuguesa assinou com Stanley Ho um acordo para receber cerca de 28 milhões de euros para a construção de um novo edifício e para o fundo da escola em troca da saída do local onde está a funcionar, que fica paredes meias com o novo casino/hotel Grand Lisboa.

Apesar de já vários locais terem sido apontados para a construção de uma nova escola, ainda não há uma aprovação final da nova localização.

O processo está inclusivamente parado devido à necessidade de obtenção de pareceres técnicos de instituições públicas para determinar se pode, ou não, ser construída na zona do Porto Interior.

O peso do desinteresse e da bur(r)ocracia...