Muita gente, mesmo culta, ignora a maior parte das 22 históricas construções portuguesas, espalhadas pelo Mundo, que integram a lista de monumentos classificados como Património da Humanidade pela UNESCO. Esta situação irá sofrer uma alteração sensível dentro em breve, através da votação pública das ‘7 Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo’.
A iniciativa da empresa New 7 Wonders Portugal (N7WP), que conta com o apoio de várias entidades governamentais e do Estado, promove a divulgação da História e das imagens de 22 monumentos que foram construídos na América do Sul, em África e na Ásia ao longo dos séculos. A ideia "impulsiona a cultura e e o turismo ao nível local e mundial", afirmou Luís Segadães, presidente executivo da N7WP.
O projecto irá envolver as escolas, através de um concurso específico, que visa interessar os estudantes pela temática histórica. "Será uma espécie de ‘Quem Quer Ser Milionário", em que cada uma das equipas das escolas defende um monumento, sobre o qual tem de saber mais do que qualquer um dos outros', disse Eva Mota, elemento da organização.
Na próxima terça-feira, Joaquim Magalhães de Castro, jornalista e investigador da expansão marítima portuguesa, parte para uma viagem de dois meses, que o levará aos 22 monumentos. "Irá recolher informação, histórias interessantes, fotografias e vídeos, que se querem intimistas e originais, sobre cada um dos monumentos, para publicação em livro", diz Eva Mota. A obra será publicada em Junho. Portugal parte para esta iniciativa em situação privilegiada. Segundo a organização, é "o país que deixou mais património com maior diversidade geográfica" no âmbito da classificação de Património da Humanidade da UNESCO.
A votação das "7 Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo" inicia-se a 7 de Dezembro, prolongando-se pelos meses seguintes. O anúncio dos sete monumentos vencedores será feito a 10 de Junho de 2009, Dia de Portugal.
Os 22 monumentos de origem portuguesa que são Património Mundial da UNESCO estão espalhados por África, Ásia e América do Sul. Mas é no Brasil que há uma maior concentração devido à prolongada presença portuguesa.
Centro Histórico de S. Luís - Brasil
Centro Histórico de Salvador - Brasil
Centro Histórico de Olinda - Brasil
Centro Histórico de Goiás - Brasil
Centro Histórico de Ouro Preto - Brasil
Centro Histórico de Diamantina - Brasil
Santuário do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas - Brasil
Missões Jesuítas dos Guarani - Brasil e Argentina
Missões Jesuítas de Trinidad do Paraná e Jesus de Tavaranque - Paraguai
Bairro Histórico da Colónia de Sacramento - Uruguai
Cid. portuguesa de Mazagão (El Jadida) - Marrocos
Ilha de Goreia - Senegal
Ilha de James - Gâmbia
Fortes e Castelos em Volta, Greater Accra - Gana
Cidadela de Fasil Ghebi - Etiópia
Ruínas de Kilwa e de Songo Mnara - Tanzânia
Ilha de Moçambique - Moçambique
Sítio Arqueológico de Qal at al-Bahrain - Bahrain
Igrejas e Conventos de Goa - Índia
Cidade Velha de Galle e suas Fortificações - Sri Lanka
Centro Histórico de Malaca - Malásia
Centro Histórico de Macau - China
segunda-feira, novembro 10, 2008
quinta-feira, novembro 06, 2008
Reino Unido aprova nova Constituição para as Ilhas Malvinas
O Reino Unido aprovou uma nova Constituição para as Ilhas Malvinas que concede mais poder ao governador desse território do Atlântico Sul, por cuja soberania britânicos e argentinos travaram uma guerra em 1982.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido indicou hoje que a Rainha Isabel II assinou na quarta-feira a "Ordem da Constituição das Ilhas Malvinas de 2008", que entrará em vigor a 1 de Janeiro de 2009.
O texto constitucional dá novos poderes ao governador para não seguir as recomendações do Conselho Executivo em temas de assuntos externos, segurança interna (incluindo a polícia), administração de justiça e gestão dos serviços públicos.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido indicou hoje que a Rainha Isabel II assinou na quarta-feira a "Ordem da Constituição das Ilhas Malvinas de 2008", que entrará em vigor a 1 de Janeiro de 2009.
O texto constitucional dá novos poderes ao governador para não seguir as recomendações do Conselho Executivo em temas de assuntos externos, segurança interna (incluindo a polícia), administração de justiça e gestão dos serviços públicos.
EUA: Cavaco Silva felicita reeleição de luso-descendentes
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, felicitou os três luso-descendentes reeleitos terça-feira para o Congresso norte-americano, numa mensagem em que sublinhou a importância da participação política da comunidade portuguesa nos Estados Unidos.
"Tendo tomado conhecimento dos resultados eleitorais que conduziram à reeleição de Vossa Excelência para o Congresso dos Estados Unidos da América, quero dirigir-lhe, em meu nome e no do Povo português, as mais calorosas felicitações", lê-se na mensagem que enviou aos congressistas Jim Costa (democrata), Dennis Cardoza (democrata) e Devin Nunes (republicano).
Jim Costa, Dennis Cardoza e Devin Nunes foram reeleitos para o Congresso norte-americano pelo estado da Califórnia.
"Tendo tomado conhecimento dos resultados eleitorais que conduziram à reeleição de Vossa Excelência para o Congresso dos Estados Unidos da América, quero dirigir-lhe, em meu nome e no do Povo português, as mais calorosas felicitações", lê-se na mensagem que enviou aos congressistas Jim Costa (democrata), Dennis Cardoza (democrata) e Devin Nunes (republicano).
Jim Costa, Dennis Cardoza e Devin Nunes foram reeleitos para o Congresso norte-americano pelo estado da Califórnia.
Yes we can. A esperança.
A vitória de Obama nas presidenciais americanas trouxe um dos sentimentos colectivos mais difíceis de explicar: esperança.
Ao contrário da saudade, sentimento português que não tem tradução ou que não é traduzível numa só palavra noutras línguas, a esperança (hope, esperanza, etc.) permite criar a comoção, a alegria, a pele de galinha.
Ao ser eleito, Obama representa todos os negros americanos e também um pouco dos negros do resto do mundo. Não sendo um afro-americano típico, não podendo representar os negros que sofreram a escravatura das plantações, representa a esperança de, pela primeira vez na história, alguém diferente ganhar um cargo tão importante. E digo diferente não devido à cor da sua pele, mas diferente pelo seu percurso político, completamente incaracterístico, muito à margem do comum carreirismo político.
Vamos ter esperança.
Ao contrário da saudade, sentimento português que não tem tradução ou que não é traduzível numa só palavra noutras línguas, a esperança (hope, esperanza, etc.) permite criar a comoção, a alegria, a pele de galinha.
Ao ser eleito, Obama representa todos os negros americanos e também um pouco dos negros do resto do mundo. Não sendo um afro-americano típico, não podendo representar os negros que sofreram a escravatura das plantações, representa a esperança de, pela primeira vez na história, alguém diferente ganhar um cargo tão importante. E digo diferente não devido à cor da sua pele, mas diferente pelo seu percurso político, completamente incaracterístico, muito à margem do comum carreirismo político.
Vamos ter esperança.
terça-feira, novembro 04, 2008
Oi admite juntar-se à PT em mercados de língua portuguesa
O presidente da operadora brasileira Oi "descarta para já fusão" com a Portugal Telecom (PT), mas admite colaborar com aooperadora portuguesa nos países de língua portuguesa.
O tempo (para uma fusão) ainda não chegou, mas se depender do presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, "é possível imaginar no futuro um mundo com um operador global de telecomunicações que junta brasileiros e portugueses".
O tempo (para uma fusão) ainda não chegou, mas se depender do presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, "é possível imaginar no futuro um mundo com um operador global de telecomunicações que junta brasileiros e portugueses".
Espanha admitiu declarar guerra a Portugal depois do 25 de Abril
O último líder do governo de Franco, Carlos Arias Navarro, admitiu entrar em guerra com Portugal, em 1975, para travar o avanço do comunismo. A revelação consta de documentos, ontem divulgados pelo jornal El País, nos quais são relatadas conversas entre o chefe do governo franquista e diplomatas norte-americanos.
Os relatórios integram os Arquivos Nacionais, em Washington. É a primeira vez que a hipótese de um ataque de Espanha a Portugal, na sequência da revolução de 74, surge citada num documento.De acordo com o diário espanhol, Carlos Arias Navarro informou em privado os Estados Unidos de que Espanha estava disposta a avançar para uma guerra. Segundo o relato escrito pelos diplomatas norte-americanos, o líder do governo de Franco manifestava uma "profunda preocupação" com os acontecimentos em Portugal, e pretendia que os EUA garantissem o apoio a Madrid em caso de conflito armado na Península.
Estava-se então em Março de 1975, já após a tentativa do golpe spinolista do 11 de Março em Portugal - ao qual Arias se terá referido como o "último acto insensato de Spínola". Neste mesmo mês, a evolução política portuguesa foi discutida num encontro entre Arias e Robert Ingersoll (à data vice-secretário de Estado norte-americano) que decorreu em Jerusalém. Num relatório deste encontro dirigido ao secretário de Estado Henry Kissinger, Ingersoll escreve que "Portugal é uma séria ameaça a Espanha, não só pelo desenvolvimento da situação [política], mas sobretudo pelo apoio exterior que poderia obter e que seria hostil a Espanha". Afirmando que Arias estava "profundamente inquieto" com o que se passava, Ingersoll traduz assim o pensamento do político espanhol: "Espanha estaria disposta a travar o combate anticomunista sozinha, se necessário. É um país forte e próspero. Não quer pedir ajuda. Mas confia que terá a cooperação e a comprensão dos seus amigos, não só no interesse de Espanha, mas de todos os que pensam da mesma forma."
No mesmo encontro, Arias garantiu ter tomado as "precauções apropriadas" para impedir que o que se passava em Portugal se estendesse ao outro lado da fronteira. Um mês depois, já num encontro com o senador Hugh Scott, o chefe do governo espanhol voltava a afastar esse cenário, argumentando que Espanha tinha mais liberdade, mais crescimento económico e que as forças armadas não tinham sofrido a "tensão de uma guerra colonial". A 28 de Maio é a vez do embaixador Wells Stabler informar: "Com a larga fronteira com Portugal, seria difícil a Espanha proteger-se de uma acção subversiva portuguesa." As conversas entre Carlos Arias Navarro e os responsáveis norte-americanos decorrem num contexto de tensão nas relações entre os dois países - os Estados Unidos queriam renegociar a continuidade de várias bases militares em território espanhol, enquanto a Espanha de Franco procurava apoio internacional para entrar na NATO. É neste âmbito que Arias se queixa dos países europeus, apontando a incongruência da sua atitude face à "total anarquia que impera em Portugal, a cair num domínio completo dos comunistas, e a que têm face a Espanha, um bastião contra a expansão comunista".
Os relatórios integram os Arquivos Nacionais, em Washington. É a primeira vez que a hipótese de um ataque de Espanha a Portugal, na sequência da revolução de 74, surge citada num documento.De acordo com o diário espanhol, Carlos Arias Navarro informou em privado os Estados Unidos de que Espanha estava disposta a avançar para uma guerra. Segundo o relato escrito pelos diplomatas norte-americanos, o líder do governo de Franco manifestava uma "profunda preocupação" com os acontecimentos em Portugal, e pretendia que os EUA garantissem o apoio a Madrid em caso de conflito armado na Península.
Estava-se então em Março de 1975, já após a tentativa do golpe spinolista do 11 de Março em Portugal - ao qual Arias se terá referido como o "último acto insensato de Spínola". Neste mesmo mês, a evolução política portuguesa foi discutida num encontro entre Arias e Robert Ingersoll (à data vice-secretário de Estado norte-americano) que decorreu em Jerusalém. Num relatório deste encontro dirigido ao secretário de Estado Henry Kissinger, Ingersoll escreve que "Portugal é uma séria ameaça a Espanha, não só pelo desenvolvimento da situação [política], mas sobretudo pelo apoio exterior que poderia obter e que seria hostil a Espanha". Afirmando que Arias estava "profundamente inquieto" com o que se passava, Ingersoll traduz assim o pensamento do político espanhol: "Espanha estaria disposta a travar o combate anticomunista sozinha, se necessário. É um país forte e próspero. Não quer pedir ajuda. Mas confia que terá a cooperação e a comprensão dos seus amigos, não só no interesse de Espanha, mas de todos os que pensam da mesma forma."
No mesmo encontro, Arias garantiu ter tomado as "precauções apropriadas" para impedir que o que se passava em Portugal se estendesse ao outro lado da fronteira. Um mês depois, já num encontro com o senador Hugh Scott, o chefe do governo espanhol voltava a afastar esse cenário, argumentando que Espanha tinha mais liberdade, mais crescimento económico e que as forças armadas não tinham sofrido a "tensão de uma guerra colonial". A 28 de Maio é a vez do embaixador Wells Stabler informar: "Com a larga fronteira com Portugal, seria difícil a Espanha proteger-se de uma acção subversiva portuguesa." As conversas entre Carlos Arias Navarro e os responsáveis norte-americanos decorrem num contexto de tensão nas relações entre os dois países - os Estados Unidos queriam renegociar a continuidade de várias bases militares em território espanhol, enquanto a Espanha de Franco procurava apoio internacional para entrar na NATO. É neste âmbito que Arias se queixa dos países europeus, apontando a incongruência da sua atitude face à "total anarquia que impera em Portugal, a cair num domínio completo dos comunistas, e a que têm face a Espanha, um bastião contra a expansão comunista".
segunda-feira, novembro 03, 2008
Grupo Visabeira doa uma escola a Moçambique
O grupo Visabeira, através da sua filial Televisa, decidiu oferecer uma escola ao Estado moçambicano, anunciou a empresa de Viseu em comunicado.
"Consciente dos problemas graves com que o continente africano se debate com o ensino, nomeadamente ao nível das suas infra-estruturas", o grupo inaugurou, no final do mês de Setembro, a Escola de Conono, distrito de Mocuba, na província da Zambézia, em Moçambique.
A escola foi integralmente projectada, construída e mobilada pela Televisa, "tendo apresentado um custo final de 175 mil dólares".
A nova escola é composta por quatro salas de aulas com capacidade para 200 alunos, um bloco administrativo, uma casa para professores, um campo de basquetebol com vedação em alvenaria e vedação em torno de todo o complexo.
A Visabeira detém importantes operações naquele país da àfrica Austral, nomeadamente nas áreas de Telecomunicações (TV Cabo Moçambique), Turismo (Cadeia Girassol Hotéis) e construção.
Se todos os que investem na África portuguesa fossem um pouco mais solidários as coisas estavam um pouco melhor. Veja-se o caso da Guiné-Bissau. Tem investidores, nacionais e estrangeiros, apoio das instituições internacionais mas, o dinheiro esvai-se entre os dedos da corrupção...
"Consciente dos problemas graves com que o continente africano se debate com o ensino, nomeadamente ao nível das suas infra-estruturas", o grupo inaugurou, no final do mês de Setembro, a Escola de Conono, distrito de Mocuba, na província da Zambézia, em Moçambique.
A escola foi integralmente projectada, construída e mobilada pela Televisa, "tendo apresentado um custo final de 175 mil dólares".
A nova escola é composta por quatro salas de aulas com capacidade para 200 alunos, um bloco administrativo, uma casa para professores, um campo de basquetebol com vedação em alvenaria e vedação em torno de todo o complexo.
A Visabeira detém importantes operações naquele país da àfrica Austral, nomeadamente nas áreas de Telecomunicações (TV Cabo Moçambique), Turismo (Cadeia Girassol Hotéis) e construção.
Se todos os que investem na África portuguesa fossem um pouco mais solidários as coisas estavam um pouco melhor. Veja-se o caso da Guiné-Bissau. Tem investidores, nacionais e estrangeiros, apoio das instituições internacionais mas, o dinheiro esvai-se entre os dedos da corrupção...
domingo, novembro 02, 2008
ADN dos fenícios está nos genes dos portugueses
Não se sabe muito sobre os fenícios, um povo navegador do leste do Mediterrâneo, durante um milénio, até serem conquistados pelos romanos. Mas um novo método de análise genética revela que deixaram a sua marca genética em muitos povos mediterrânicos — e os portugueses estão entre os que mais se podem gabar de ter a marca fenícia no seu ADN: Um em cada 17 homens que hoje vivem nas costas do Norte de África e no sul da Europa podem ter tido um antepassado fenício, que tinha como ponto de partida o actual Líbano, conclui um estudo publicado na revista científica American Journal of Human Genetics.
Os cientistas do "Genographic Project" (que estuda a forma como a humanidade se espalhou pelo planeta) identificaram um padrão genético associado à expansão dos fenícios, tal como as fontes históricas a revelam. Depois, estudaram o cromossoma Y de 1330 homens nesses locais, para verificar a frequência desse padrão. Assim, descobriram os locais da bacia do Mediterrâneo onde é mais provável haver descendentes masculinos dos fenícios. As zonas mais perto do litoral, e também a costa atlântica portuguesa, estão entre as que têm mais descendentes dos fenícios.
Os cientistas do "Genographic Project" (que estuda a forma como a humanidade se espalhou pelo planeta) identificaram um padrão genético associado à expansão dos fenícios, tal como as fontes históricas a revelam. Depois, estudaram o cromossoma Y de 1330 homens nesses locais, para verificar a frequência desse padrão. Assim, descobriram os locais da bacia do Mediterrâneo onde é mais provável haver descendentes masculinos dos fenícios. As zonas mais perto do litoral, e também a costa atlântica portuguesa, estão entre as que têm mais descendentes dos fenícios.
Narcotráfico no centro da campanha guineense
As principais forças políticas que concorrem às legislativas de dia 16 na Guiné-Bissau elegeram como tema central a questão do tráfico de droga, que está a assumir proporções alarmantes. Em causa estão a autoridade do Estado, a justiça e o desenvolvimento neste país africano Partidos querem reforçar combate ao tráfico de droga.
O tema transversal das eleições legislativas de dia 16 na Guiné-Bissau é, sem dúvida, a droga e o combate aos narcotraficantes que circulam impunemente no país de Amílcar Cabral. Todos os candidatos são unânimes em afirmar que "há mão da droga" na campanha eleitoral e todos acusam todos de tráfico, mas ninguém se atreve a apontar o dedo ou nomes. Assim, as caras de traficantes que supostamente estão a influenciar o processo eleitoral na Guiné-Bissau continuam desconhecidas. Mas todas as forças políticas que concorrem reconhecem que há uma mão invisível que está fazer circular muito dinheiro na campanha eleitoral.
Por exemplo, o líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Carlos Gomes Júnior, condenou, no primeiro comício do seu partido em Bissau, a ostentação de riqueza por parte de alguns partidos com dinheiro de proveniência duvidosa. Por seu lado, o líder do Partido Republicano para Independência e Desenvolvimento (PRID), Aristides Gomes, disse que as pessoas acusam sem apontar nomes e que o seu partido está disposto a levar a tribunal os líderes dos partidos que o têm acusado de ser o principal responsável pela introdução de droga na Guiné. Também a coligação Aliança de Forças Patrióticas garantiu que, se ganhar, reactivará o processo judicial das pessoas que foram indiciadas no Ministério Público no caso do desaparecimento de 674 quilos de drogas do Tesouro Público.
Como se não bastasse a crónica instabilidade política e social, a Guiné-Bissau está profundamente abalada com o fenómeno de tráfico de droga que minou quase toda a estrutura do Estado. O fenómeno de tráfico de droga transformou o próprio Estado da Guiné-Bissau num instrumento de desordem e de favorecimento na justiça social. Por outro lado, está iminente a instauração da lei do mais forte no país devido ao esvaziamento da autoridade do Estado. Ninguém assume que o seu Governo é responsável pelo tráfico de droga na Guiné. Por exemplo, o líder do Partido de Renovação Social (PRS), Kumba Ialá, costuma asseverar: "No meu tempo não havia tráfico de droga." Na realidade, toda a classe política guineense oscila face ao fenómeno de tráfico de droga que abala o país: governar com droga, se preciso; sem droga, se possível; contra a droga, se necessário.
O tema transversal das eleições legislativas de dia 16 na Guiné-Bissau é, sem dúvida, a droga e o combate aos narcotraficantes que circulam impunemente no país de Amílcar Cabral. Todos os candidatos são unânimes em afirmar que "há mão da droga" na campanha eleitoral e todos acusam todos de tráfico, mas ninguém se atreve a apontar o dedo ou nomes. Assim, as caras de traficantes que supostamente estão a influenciar o processo eleitoral na Guiné-Bissau continuam desconhecidas. Mas todas as forças políticas que concorrem reconhecem que há uma mão invisível que está fazer circular muito dinheiro na campanha eleitoral.
Por exemplo, o líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Carlos Gomes Júnior, condenou, no primeiro comício do seu partido em Bissau, a ostentação de riqueza por parte de alguns partidos com dinheiro de proveniência duvidosa. Por seu lado, o líder do Partido Republicano para Independência e Desenvolvimento (PRID), Aristides Gomes, disse que as pessoas acusam sem apontar nomes e que o seu partido está disposto a levar a tribunal os líderes dos partidos que o têm acusado de ser o principal responsável pela introdução de droga na Guiné. Também a coligação Aliança de Forças Patrióticas garantiu que, se ganhar, reactivará o processo judicial das pessoas que foram indiciadas no Ministério Público no caso do desaparecimento de 674 quilos de drogas do Tesouro Público.
Como se não bastasse a crónica instabilidade política e social, a Guiné-Bissau está profundamente abalada com o fenómeno de tráfico de droga que minou quase toda a estrutura do Estado. O fenómeno de tráfico de droga transformou o próprio Estado da Guiné-Bissau num instrumento de desordem e de favorecimento na justiça social. Por outro lado, está iminente a instauração da lei do mais forte no país devido ao esvaziamento da autoridade do Estado. Ninguém assume que o seu Governo é responsável pelo tráfico de droga na Guiné. Por exemplo, o líder do Partido de Renovação Social (PRS), Kumba Ialá, costuma asseverar: "No meu tempo não havia tráfico de droga." Na realidade, toda a classe política guineense oscila face ao fenómeno de tráfico de droga que abala o país: governar com droga, se preciso; sem droga, se possível; contra a droga, se necessário.
sexta-feira, outubro 31, 2008
Galeota Real D. João VI:Restauro junta Ministros da Cultura de Portugal e do Brasil
A Galeota de D. João VI, embarcação original utilizada pela Família Real Portuguesa para transporte e actos reais, é apresentada hoje no Rio de Janeiro após cinco meses de restauro. Considerada uma das mais importantes relíquias históricas que marcam o período da Monarquia no Brasil, a Galeota Real, actualmente parte do acervo do Espaço Cultural da Marinha.
A cerimónia de apresentação do restauro conta com a presença do ministro da Cultura de Portugal, José António Pinto Ribeiro, e do seu homólogo brasileiro Juca Ferreira. O pequeno barco foi construído na Bahia e chegou ao Rio de Janeiro em 1818 para ser oferecido ao rei D. João VI. A Galeota Real, também denominada como Galeota de D. João VI, é uma pequena galé, um tipo de embarcação movido a remos. Com casco de madeiras nobres e dourado a folha de ouro, tem 24 metros de comprimento. Na popa, possui um camarote forrado de veludo, ricamente decorado, e, na proa, a carranca de um dragão, símbolo da Casa de Bragança.
O trabalho de restauro e redouramento, a cargo da Espírito Santo Cultura entidade ligada ao Grupo Espírito Santo, em Portugal, começou em Junho deste ano. A equipa de restauradores foi composta por técnicos portugueses e brasileiros, reportando a técnicas do século XVIII. A Galeota foi de Salvador rebocado por um navio à vela, para em apenas onze dias, aportar no Rio. Inspirada na Galeota Grande e na Saveira Dourada, que atendiam a Família Real Portuguesa em Lisboa, a Galeota Real foi construída em 1808 por determinação do conde da Ponte, nos estaleiros do Arsenal da Capitania da Bahia em Salvador, para o serviço particular do Príncipe-regente, no contexto da transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821).
A cerimónia de apresentação do restauro conta com a presença do ministro da Cultura de Portugal, José António Pinto Ribeiro, e do seu homólogo brasileiro Juca Ferreira. O pequeno barco foi construído na Bahia e chegou ao Rio de Janeiro em 1818 para ser oferecido ao rei D. João VI. A Galeota Real, também denominada como Galeota de D. João VI, é uma pequena galé, um tipo de embarcação movido a remos. Com casco de madeiras nobres e dourado a folha de ouro, tem 24 metros de comprimento. Na popa, possui um camarote forrado de veludo, ricamente decorado, e, na proa, a carranca de um dragão, símbolo da Casa de Bragança.
O trabalho de restauro e redouramento, a cargo da Espírito Santo Cultura entidade ligada ao Grupo Espírito Santo, em Portugal, começou em Junho deste ano. A equipa de restauradores foi composta por técnicos portugueses e brasileiros, reportando a técnicas do século XVIII. A Galeota foi de Salvador rebocado por um navio à vela, para em apenas onze dias, aportar no Rio. Inspirada na Galeota Grande e na Saveira Dourada, que atendiam a Família Real Portuguesa em Lisboa, a Galeota Real foi construída em 1808 por determinação do conde da Ponte, nos estaleiros do Arsenal da Capitania da Bahia em Salvador, para o serviço particular do Príncipe-regente, no contexto da transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821).
quinta-feira, outubro 30, 2008
EUA: Portugueses por Obama mas 'lisboetas' por Mc Cain
Habitantes de Lisbon não conseguem apontar Portugal no mapa.
Se fosse possível, votaria Obama. "Porque é melhor para a imigração", justifica ele, crente de que o democrata conquistará a Casa Branca. Mas Eurico Barradas não pode votar. Nem existir, sequer. O jovem de 31 nos vive na clandestinidade desde que deixou a aldeia de Rebordelo, em Vinhais, para atravessar o Atlântico e aterrar no restaurante Marbella, nos subúrbios de Cleveland, Ohio, estado que tem apenas seis mil dos 1,17 milhões de luso-americanos a residir nos EUA. O Marbella promete, aos riquíssimos clientes da vizinhança - judeus ligados à joalharia e indústria militar - cozinha portuguesa e espanhola. Ou melhor, variações de ambas (sem bacalhau) que agradam os refeiçoantes de Beechwood, zona de condomínios fechados e clubes selectivos, com duas sinagogas a terem o exclusivo religioso. Clientela distinta que deixa gorjetas graúdas aos cinco portugueses ali empregados.
E Barradas bem precisa, para compor o salário e alimentar Daniel, o filho de 17 meses cuja mãe, também de Vinhais, trabalha na lavandaria do Marbella. "Juntos, fazemos 3600 dólares por mês", diz. Não é muito, mas "suficiente para viver melhor do que em Portugal", agarrado às obras ou na lavoura, a esgravatar os penedos que lhe marejam o olhar de saudade. "Não tenho a carta verde - autorização de residência e de trabalho -, mas já meti os papéis. Paguei seis mil dólares a uma advogada", diz Eurico. "O problema é que, durante a campanha, está tudo parado. O processo não anda e, se a polícia cá vier, terei chatices", repara ele, que regressará a Portugal "se Deus quiser". Problemas, mas não muitos: "As coisas são mais facilitadas por o meu filho ter cidadania americana".
Também Armindo Pedreira a possui. Há quatro anos. Essa e a outra, a portuguesa, desde que nasceu nas Caldas da Rainha, em 1966. É o único imigrante recenseado, e inclina-se para Obama: "McCain está velho; ainda corremos o risco de ter lá (Casa Banca) a Palin. É gira, mas pouco esperta", diz o português, casado com a venezuelana Militza, mãe de Fátima, de 9 anos. A ele, pelo contrário, não falta inteligência nem iniciativa. A necessidade já o teve nas petrolíferas do Mar do Norte e nos Alpes suíços, antes de chegar aos EUA a convite de um primo de Nova Jérsia. Correu-lhe tão bem que, após o êxito num restaurante de Pittsburgh, Pensilvânia, foi convidado para gerir o Marbella. E ali todos os clientes o cumprimentam, efusivos. Tratam-no como se fosse um deles. Mas não é: "Vivo num condomínio com sauna, piscina e até golfe, tal como eles; tenho um bom carro e a Fátima na escola que os filhos deles frequentam", assegura. "Mas nunca me tratarão como igual. Porque não nasci cá, na América". E, todavia, porque nada o prende a Portugal, é ali que quer morrer. Rico, de preferência. Como eles, os clientes do Marbella, que jamais o verão como igual.
E muito menos em Lisbon, pois a pequena vila no extremo oriental do Ohio é alheia, até, à existência de coisa chamada Portugal, o país de cuja capital tomou o baptismo em 1803 - por sugestão de um alemão - e que ninguém sabe indicar no mapa. Lisbon não está melhor: só por engano é que alguém se demora na rua breve ladeada por prédios em tijolo, um fontanário e um coreto sem préstimo. "Mas é bom para criar os filhos. Aqui não há crimes", garante o xerife local, Kenny Biacco. Votará Obama, mas o homem que cumpre patrulhas diárias pelas múltiplas quintas da zona há 27 anos e conhece todos os 'lisboetas' pelo nome, sabe que está desacompanhado. "Aqui ganham os republicanos", diz. Militância não falta, estimulada apelo reverendo Berry Walker, de 69 anos. Foi capelão dos marines a vida toda, e não aceita que "um gajo chamado Barack HUSSEIN Obama", sublinha, "venha a substituir alguém como Bush. Nunca", diz, garantindo que Lisbon escolherá McCain. "Porque é uma cidade patriótica". Será. E também um bocadinho racista.
Se fosse possível, votaria Obama. "Porque é melhor para a imigração", justifica ele, crente de que o democrata conquistará a Casa Branca. Mas Eurico Barradas não pode votar. Nem existir, sequer. O jovem de 31 nos vive na clandestinidade desde que deixou a aldeia de Rebordelo, em Vinhais, para atravessar o Atlântico e aterrar no restaurante Marbella, nos subúrbios de Cleveland, Ohio, estado que tem apenas seis mil dos 1,17 milhões de luso-americanos a residir nos EUA. O Marbella promete, aos riquíssimos clientes da vizinhança - judeus ligados à joalharia e indústria militar - cozinha portuguesa e espanhola. Ou melhor, variações de ambas (sem bacalhau) que agradam os refeiçoantes de Beechwood, zona de condomínios fechados e clubes selectivos, com duas sinagogas a terem o exclusivo religioso. Clientela distinta que deixa gorjetas graúdas aos cinco portugueses ali empregados.
E Barradas bem precisa, para compor o salário e alimentar Daniel, o filho de 17 meses cuja mãe, também de Vinhais, trabalha na lavandaria do Marbella. "Juntos, fazemos 3600 dólares por mês", diz. Não é muito, mas "suficiente para viver melhor do que em Portugal", agarrado às obras ou na lavoura, a esgravatar os penedos que lhe marejam o olhar de saudade. "Não tenho a carta verde - autorização de residência e de trabalho -, mas já meti os papéis. Paguei seis mil dólares a uma advogada", diz Eurico. "O problema é que, durante a campanha, está tudo parado. O processo não anda e, se a polícia cá vier, terei chatices", repara ele, que regressará a Portugal "se Deus quiser". Problemas, mas não muitos: "As coisas são mais facilitadas por o meu filho ter cidadania americana".
Também Armindo Pedreira a possui. Há quatro anos. Essa e a outra, a portuguesa, desde que nasceu nas Caldas da Rainha, em 1966. É o único imigrante recenseado, e inclina-se para Obama: "McCain está velho; ainda corremos o risco de ter lá (Casa Banca) a Palin. É gira, mas pouco esperta", diz o português, casado com a venezuelana Militza, mãe de Fátima, de 9 anos. A ele, pelo contrário, não falta inteligência nem iniciativa. A necessidade já o teve nas petrolíferas do Mar do Norte e nos Alpes suíços, antes de chegar aos EUA a convite de um primo de Nova Jérsia. Correu-lhe tão bem que, após o êxito num restaurante de Pittsburgh, Pensilvânia, foi convidado para gerir o Marbella. E ali todos os clientes o cumprimentam, efusivos. Tratam-no como se fosse um deles. Mas não é: "Vivo num condomínio com sauna, piscina e até golfe, tal como eles; tenho um bom carro e a Fátima na escola que os filhos deles frequentam", assegura. "Mas nunca me tratarão como igual. Porque não nasci cá, na América". E, todavia, porque nada o prende a Portugal, é ali que quer morrer. Rico, de preferência. Como eles, os clientes do Marbella, que jamais o verão como igual.
E muito menos em Lisbon, pois a pequena vila no extremo oriental do Ohio é alheia, até, à existência de coisa chamada Portugal, o país de cuja capital tomou o baptismo em 1803 - por sugestão de um alemão - e que ninguém sabe indicar no mapa. Lisbon não está melhor: só por engano é que alguém se demora na rua breve ladeada por prédios em tijolo, um fontanário e um coreto sem préstimo. "Mas é bom para criar os filhos. Aqui não há crimes", garante o xerife local, Kenny Biacco. Votará Obama, mas o homem que cumpre patrulhas diárias pelas múltiplas quintas da zona há 27 anos e conhece todos os 'lisboetas' pelo nome, sabe que está desacompanhado. "Aqui ganham os republicanos", diz. Militância não falta, estimulada apelo reverendo Berry Walker, de 69 anos. Foi capelão dos marines a vida toda, e não aceita que "um gajo chamado Barack HUSSEIN Obama", sublinha, "venha a substituir alguém como Bush. Nunca", diz, garantindo que Lisbon escolherá McCain. "Porque é uma cidade patriótica". Será. E também um bocadinho racista.
terça-feira, outubro 28, 2008
Peter Trickett defende descoberta portuguesa da Austrália
O australiano Peter Trickett defende que os portugueses descobriram a Austrália 250 anos antes do capitão James Cook e está a preparar um documentário televisivo sobre esta matéria.
O autor mostra-se convencido de que, pela experiência que já teve com o seu livro, "Para além de Capricórnio", em que procura demonstrar que os portugueses aportaram aquelas paragens pelo menos 250 anos antes do capitão James Cook em 1770, "o público em geral irá ter grande interesse".
"A tese da descoberta portuguesa da Austrália tem um bom acolhimento por parte do leitor comum, que a aceita bem. O mesmo não acontece no meio académico, que acha que não é possível e não pode ser verdadeira, apesar das provas apontadas", disse Trickett.
Segundo Trickett, terá sido o navegador Cristóvão Mendonça, por volta de 1522, o primeiro português a avistar as costas australianas, quando navegava na zona por ordem de D. Manuel I, que o enviara em busca da Ilha de Ouro, citada nos relatos de Marco Pólo. E fundamenta esta afirmação em mapas de origem portuguesa que cartografaram parcialmente a Austrália já no século XVI, tendo-lhe atribuído o nome de Terra de Java.
Mendonça terá ancorado ao largo da actual Botany Bay, que cartografou, referindo as "montanhas de neve", dunas de areia branca que ali existiram até serem domadas pela relva de um campo de golfe. O australiano menciona ainda os cerca de 150 topónimos australianos "de clara origem portuguesa". "Que explicação se pode dar para tal?", questionou.
Além dos mapas de origem portuguesa, Trickett aponta o aparecimento em mares australianos de dois potes de cerâmica de estilo português. Um deles foi datado como sendo do ano 1500, o da descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral.
Na área arqueológica cita-se também a descoberta de um peso de pesca com 500 anos, em Fraser Island, no Estado australiano de Queensland.
A política de sigilo dos reis D. João II e D. Manuel I, e que terá encoberto o conhecimento do Brasil, foi também praticada relativamente a esta Terra de Java, a Austrália actual, defende o historiador. Tudo aponta, seguindo Trickett, para "uma clara antecipação da descoberta da Austrália pelos portugueses, a mando de D. Manuel I na busca da ilha de ouro". Hoje, a Austrália é o terceiro maior produtor mundial de ouro.
Os meios académicos não aceitam esta tese, ao contrário do que aconteceu com a tese da primazia da descoberta Viking da América do Norte, que, após provas arqueológicas apresentadas por Helge Ingsrad, é hoje amplamente aceite.
Para Trickett, "a natureza humana é o que é, não aceita ter-se enganado ou dizer que errou, tanto mais quando se trata de académicos, com teses e trabalhos teóricos publicados sobre o assunto, a terem de admitir que erraram".
Acresce a esta "negação da primazia lusa" o facto de Trickett não ser um académico, vir do meio jornalístico e não universitário.
"É certo que dizem que a tese é errada, insustentável, mas não fizeram até hoje qualquer crítica séria do ponto de vista científico. Penso que acham que a minha tese é difícil de combater e preferem não dizer nada de concreto", sublinhou.
O estudioso continua a investigar o assunto e o seu editor projecta editar a obra em Espanha e na Holanda, onde há uma tese que refere que navegadores holandeses terão também avistado costas australianas antes de Cook.
Para Peter Trickett, porém, foram os navegadores portugueses que "exploraram e cartografaram efectivamente as costas australianas, bem como parte substancial das da vizinha Nova Zelândia", com base quer nos mapas, quer nos primeiros achados arqueológicos em meio marítimo.
O autor mostra-se convencido de que, pela experiência que já teve com o seu livro, "Para além de Capricórnio", em que procura demonstrar que os portugueses aportaram aquelas paragens pelo menos 250 anos antes do capitão James Cook em 1770, "o público em geral irá ter grande interesse".
"A tese da descoberta portuguesa da Austrália tem um bom acolhimento por parte do leitor comum, que a aceita bem. O mesmo não acontece no meio académico, que acha que não é possível e não pode ser verdadeira, apesar das provas apontadas", disse Trickett.
Segundo Trickett, terá sido o navegador Cristóvão Mendonça, por volta de 1522, o primeiro português a avistar as costas australianas, quando navegava na zona por ordem de D. Manuel I, que o enviara em busca da Ilha de Ouro, citada nos relatos de Marco Pólo. E fundamenta esta afirmação em mapas de origem portuguesa que cartografaram parcialmente a Austrália já no século XVI, tendo-lhe atribuído o nome de Terra de Java.
Mendonça terá ancorado ao largo da actual Botany Bay, que cartografou, referindo as "montanhas de neve", dunas de areia branca que ali existiram até serem domadas pela relva de um campo de golfe. O australiano menciona ainda os cerca de 150 topónimos australianos "de clara origem portuguesa". "Que explicação se pode dar para tal?", questionou.
Além dos mapas de origem portuguesa, Trickett aponta o aparecimento em mares australianos de dois potes de cerâmica de estilo português. Um deles foi datado como sendo do ano 1500, o da descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral.
Na área arqueológica cita-se também a descoberta de um peso de pesca com 500 anos, em Fraser Island, no Estado australiano de Queensland.
A política de sigilo dos reis D. João II e D. Manuel I, e que terá encoberto o conhecimento do Brasil, foi também praticada relativamente a esta Terra de Java, a Austrália actual, defende o historiador. Tudo aponta, seguindo Trickett, para "uma clara antecipação da descoberta da Austrália pelos portugueses, a mando de D. Manuel I na busca da ilha de ouro". Hoje, a Austrália é o terceiro maior produtor mundial de ouro.
Os meios académicos não aceitam esta tese, ao contrário do que aconteceu com a tese da primazia da descoberta Viking da América do Norte, que, após provas arqueológicas apresentadas por Helge Ingsrad, é hoje amplamente aceite.
Para Trickett, "a natureza humana é o que é, não aceita ter-se enganado ou dizer que errou, tanto mais quando se trata de académicos, com teses e trabalhos teóricos publicados sobre o assunto, a terem de admitir que erraram".
Acresce a esta "negação da primazia lusa" o facto de Trickett não ser um académico, vir do meio jornalístico e não universitário.
"É certo que dizem que a tese é errada, insustentável, mas não fizeram até hoje qualquer crítica séria do ponto de vista científico. Penso que acham que a minha tese é difícil de combater e preferem não dizer nada de concreto", sublinhou.
O estudioso continua a investigar o assunto e o seu editor projecta editar a obra em Espanha e na Holanda, onde há uma tese que refere que navegadores holandeses terão também avistado costas australianas antes de Cook.
Para Peter Trickett, porém, foram os navegadores portugueses que "exploraram e cartografaram efectivamente as costas australianas, bem como parte substancial das da vizinha Nova Zelândia", com base quer nos mapas, quer nos primeiros achados arqueológicos em meio marítimo.
O CD "Terra", da cantora portuguesa Mariza, recentemente lançado no mercado russo, está a ser calorosamente recebido entre os melómanos locais. "Quer visitar Portugal sem sair de casa? Então este álbum é para si", escreve o crítico musical Serguei Sossedov, no jornal electrónico km.ru., que acrescenta sobre a voz de Mariza: "Trémula, sonora, pura, vital é capaz de despertar interesse pela vida no mais desesperado dos pessimistas". Segundo Sossedov, "trata-se de canções portuguesas (fado) ora ousadas, ora líricas, ora longas (mas sempre apaixonadas), acompanhadas por guitarras acústicas vivas, piano e percussão. Um tipo de música raro".
O crítico musical afirma ainda que "nessas baladas canta-se o quotidiano dos habitantes desse país, as suas tristezas, alegrias, buscas espirituais, sonhos, esperanças e, claro, o amor". Sossedov chama também a atenção para o "trabalho brilhante" dos guitarristas: "Nos seus dedos, cada corda não só soa de forma penetrante, como parece conversar connosco". Sobre a cantora, o crítico russo não hesita em compará-la com Cesária Évora, mas "Mariza é vinte vezes mais expressiva, quente e sensual", conclui. Por seu lado, a revista Joy afirma que "esta bela jovem canta fado, e isso significa que canta em português". A julgar pelos comentários nos fóruns musicais na Internet russa, a canção "Já me deixou" é a mais popular do novo CD entre os amantes da música de Mariza na Rússia.
O crítico musical afirma ainda que "nessas baladas canta-se o quotidiano dos habitantes desse país, as suas tristezas, alegrias, buscas espirituais, sonhos, esperanças e, claro, o amor". Sossedov chama também a atenção para o "trabalho brilhante" dos guitarristas: "Nos seus dedos, cada corda não só soa de forma penetrante, como parece conversar connosco". Sobre a cantora, o crítico russo não hesita em compará-la com Cesária Évora, mas "Mariza é vinte vezes mais expressiva, quente e sensual", conclui. Por seu lado, a revista Joy afirma que "esta bela jovem canta fado, e isso significa que canta em português". A julgar pelos comentários nos fóruns musicais na Internet russa, a canção "Já me deixou" é a mais popular do novo CD entre os amantes da música de Mariza na Rússia.
Comunidade Portuguesa na Baía lamenta degradação do Gabinete de Leitura (Brasil)
A Comunidade Portuguesa na Baía, com cerca de 3.700 pessoas, está preocupada com a degradação do Gabinete Português de Leitura de Salvador, único prédio de estilo neomanuelino do Estado, disse o presidente da instituição, João Rodrigues.
O Gabinete Português de Leitura é uma instituição cultural, literária e de estudos lusófonos situado na capital do estado da Bahia, fundado a 2 de Março de 1863. Tem por lema "Saudades e perseverança". Na fachada do edifício que destaca-se no centro de Salvador pela arquitectura tipicamente portuguesa que remonta aos tempos dos Descobrimentos, erguem-se imponentes duas estátuas, representando Pedro Álvares Cabral e Camões. Possui, ainda um belo vitral alegórico da primeira missa no Brasil, e dois murais representando "O Adamastor" e Camões a salvar Os Lusíadas.
"Há quatro anos o governo português cortou os recursos para a manutenção do prédio. Com a última verba que veio, troquei o telhado que estava por desabar. Mas precisamos restaurar todo o prédio, pintá-lo, trocar as janelas que estão podres", assinalou. "É uma frustração para nós, portugueses e luso-descendentes, vermos o estado em que se encontra o prédio. Afinal, 16 mil euros, que era a verba enviada por Portugal anualmente, não vão faltar ao governo português", declarou. Rodrigues assegurou que vai tentar sensibilizar as autoridades portuguesas para o problema, à margem da IX Cimeira Portugal, que decorre hoje na capital baiana. O edifício abriga 22.000 obras e tem uma frequência média diária de 100 pessoas que recorrem a livros raros, assim como aos jornais de circulação diária do Brasil e de Portugal.
É este o verdadeiro estado da aposta no português...
O Gabinete Português de Leitura é uma instituição cultural, literária e de estudos lusófonos situado na capital do estado da Bahia, fundado a 2 de Março de 1863. Tem por lema "Saudades e perseverança". Na fachada do edifício que destaca-se no centro de Salvador pela arquitectura tipicamente portuguesa que remonta aos tempos dos Descobrimentos, erguem-se imponentes duas estátuas, representando Pedro Álvares Cabral e Camões. Possui, ainda um belo vitral alegórico da primeira missa no Brasil, e dois murais representando "O Adamastor" e Camões a salvar Os Lusíadas.
"Há quatro anos o governo português cortou os recursos para a manutenção do prédio. Com a última verba que veio, troquei o telhado que estava por desabar. Mas precisamos restaurar todo o prédio, pintá-lo, trocar as janelas que estão podres", assinalou. "É uma frustração para nós, portugueses e luso-descendentes, vermos o estado em que se encontra o prédio. Afinal, 16 mil euros, que era a verba enviada por Portugal anualmente, não vão faltar ao governo português", declarou. Rodrigues assegurou que vai tentar sensibilizar as autoridades portuguesas para o problema, à margem da IX Cimeira Portugal, que decorre hoje na capital baiana. O edifício abriga 22.000 obras e tem uma frequência média diária de 100 pessoas que recorrem a livros raros, assim como aos jornais de circulação diária do Brasil e de Portugal.
É este o verdadeiro estado da aposta no português...
TAP esgota voo inaugural para Casablanca
Transportadora atinge número recorde de ligações para África.
O voo inaugural da TAP para Marrocos partiu de Lisboa ao princípio da tarde desta segunda-feira na sua capacidade máxima.
Para a transportadora, a lotação total no primeiro voo «confirma a aposta da companhia nas ligações a este novo destino para uma das mais importantes cidades do Norte de África».
Segundo o presidente da companhia, Fernando Pinto, "este é mais um importante passo para o desenvolvimento da TAP para África, um dos seus mercados estratégicos".
A operação entre Lisboa e Casablanca vai realizar-se todos os dias, excepto aos domingos, num total de seis frequências semanais.
De referir que o aeroporto de Casablanca é, hoje, um dos principais hubs de distribuição de tráfego para vários países da África Ocidental, permitindo ainda aos passageiros fazer ligações para outras cidades marroquinas como Agadir, Marraquexe e Fez.
A TAP retoma, assim, a ligação histórica a Casablanca, uma das suas primeiras escalas integradas, em 1946, na então designada "linha imperial" para África.
Com este novo destino, a TAP passa a operar para nove destinos em África. Além de Casablanca, a TAP serve também as cidades de Bissau, Dakar, Luanda, Maputo, Joanesburgo, Sal, Praia e São Tomé, num total de 41 frequências por semana.
O voo inaugural da TAP para Marrocos partiu de Lisboa ao princípio da tarde desta segunda-feira na sua capacidade máxima.
Para a transportadora, a lotação total no primeiro voo «confirma a aposta da companhia nas ligações a este novo destino para uma das mais importantes cidades do Norte de África».
Segundo o presidente da companhia, Fernando Pinto, "este é mais um importante passo para o desenvolvimento da TAP para África, um dos seus mercados estratégicos".
A operação entre Lisboa e Casablanca vai realizar-se todos os dias, excepto aos domingos, num total de seis frequências semanais.
De referir que o aeroporto de Casablanca é, hoje, um dos principais hubs de distribuição de tráfego para vários países da África Ocidental, permitindo ainda aos passageiros fazer ligações para outras cidades marroquinas como Agadir, Marraquexe e Fez.
A TAP retoma, assim, a ligação histórica a Casablanca, uma das suas primeiras escalas integradas, em 1946, na então designada "linha imperial" para África.
Com este novo destino, a TAP passa a operar para nove destinos em África. Além de Casablanca, a TAP serve também as cidades de Bissau, Dakar, Luanda, Maputo, Joanesburgo, Sal, Praia e São Tomé, num total de 41 frequências por semana.
Sócrates e Lula da Silva reúnem-se hoje para reforçar afirmação da língua portuguesa no mundo
A ideia é subscrita pelos representantes da política externa do Portugal e do Brasil: a afirmação da língua portuguesa no plano internacional é fundamental. Por isso a questão será um dos temas centrais da IX Cimeira Luso-Brasileira, que decorre hoje, em Salvador da Baía.
O primeiro-ministro, José Sócrates, e o Presidente do Brasil, Lula da Silva, pretendem também reforçar as relações económicas e comerciais entre os dois países, através da assinatura de vários acordos de cooperação - entre o governo do estado da Baía, a Universidade Federal da Baía e a Portugal Telecom, por exemplo. Os temas prementes da agenda mundial, como a crise financeira, devem igualmente ser abordados por Sócrates e Lula.
Uma das principais intenções do encontro, em que participam os ministros da Cultura de Portugal e do Brasil, António Pinto Ribeiro e Juca Ferreira, respectivamente, consiste em criar condições para que o Português se consolide como uma língua de referência no sistema internacional. E possa ser adoptada como idioma nas Nações Unidas e restantes organizações. Luís Amado frisou que a possível integração do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, uma forte reivindicação de Lula da Silva, vai contribuir para a difusão da língua portuguesa. Tanto Amado como Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores do Brasil, consideram que essa tarefa está facilitada com a entrada em vigor do acordo ortográfico. Os dois países vão ainda estimular programas de ensino nos restantes países da CPLP - Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.José Sócrates chegou ontem a Salvador da Baía. Ao início da noite, 23h em Lisboa, recebeu representantes da comunidade portuguesa no navio-escola Sagres.
O primeiro-ministro, José Sócrates, e o Presidente do Brasil, Lula da Silva, pretendem também reforçar as relações económicas e comerciais entre os dois países, através da assinatura de vários acordos de cooperação - entre o governo do estado da Baía, a Universidade Federal da Baía e a Portugal Telecom, por exemplo. Os temas prementes da agenda mundial, como a crise financeira, devem igualmente ser abordados por Sócrates e Lula.
Uma das principais intenções do encontro, em que participam os ministros da Cultura de Portugal e do Brasil, António Pinto Ribeiro e Juca Ferreira, respectivamente, consiste em criar condições para que o Português se consolide como uma língua de referência no sistema internacional. E possa ser adoptada como idioma nas Nações Unidas e restantes organizações. Luís Amado frisou que a possível integração do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, uma forte reivindicação de Lula da Silva, vai contribuir para a difusão da língua portuguesa. Tanto Amado como Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores do Brasil, consideram que essa tarefa está facilitada com a entrada em vigor do acordo ortográfico. Os dois países vão ainda estimular programas de ensino nos restantes países da CPLP - Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.José Sócrates chegou ontem a Salvador da Baía. Ao início da noite, 23h em Lisboa, recebeu representantes da comunidade portuguesa no navio-escola Sagres.
segunda-feira, outubro 27, 2008
Dia histórico para o futebol: a Palestina jogou em casa
Pela primeira vez na História, a Palestina jogou em casa uma partida de carácter internacional.
O presidente da FIFA, Joseph Blatter, esteve presente no encontro frente à Jordânia de Nelo Vingada, que terminou empatado (1-1).
A federação da Palestina faz parte da FIFA desde 1998 e Blatter fez questão de marcar presença no renovado estádio Al-Husseini.
O presidente da FIFA, Joseph Blatter, esteve presente no encontro frente à Jordânia de Nelo Vingada, que terminou empatado (1-1).
A federação da Palestina faz parte da FIFA desde 1998 e Blatter fez questão de marcar presença no renovado estádio Al-Husseini.
Guiné-Bissau: Comissão sem dinheiro para processo eleitoral
O presidente da Comissão Nacional de Eleições, Aladje Malam Mané, revelou ontem que este órgão fiscalizador e orientador das eleições não tem dinheiro para concluir todo o processo eleitoral para as legislativas de 16 de Novembro. Mané afiançou, no entanto, que o escrutínio terá lugar na data prevista. "Até ao momento, a CNE ainda não dispõe de fundos necessários para concluir todo o processo eleitoral", revelou Mané, acrescentando que "os guineenses devem esperar antes de abrir o champanhe".
A Comunidade Internacional, que se comprometeu a ceder fundos para estas eleições legislativas, está a fazer tudo o que está ao seu alcance para que o escrutínio tenha lugar no dia 16 de Novembro. A campanha educativa que está a ser promovida pela sua organização pretende sensibilizar os guineenses para a importância que as eleições têm no processo democrático. "O voto não deverá ser tribal, religioso, mas deve basear-se na confiança política e também na honestidade." Instado a pronunciar-se sobre a possibilidade de haver fraude, o Presidente garante que a lei é clara. Todavia, frisou, há que haver seriedade e responsabilidade. "A história de fraude não passa de invenções", garantiu, revelando de seguida que neste processo eleitoral aumentaram consideravelmente as assembleias de votos. Em todo o território nacional há 542. Mas este aumento não poderá pôr em causa a segurança. A Protecção Civil já garantiu que irá controlar e acompanhar de perto todo o processo nas assembleias de votos. Ainda para Mané votar é um orgulho nacional para quem vota.
A Comunidade Internacional, que se comprometeu a ceder fundos para estas eleições legislativas, está a fazer tudo o que está ao seu alcance para que o escrutínio tenha lugar no dia 16 de Novembro. A campanha educativa que está a ser promovida pela sua organização pretende sensibilizar os guineenses para a importância que as eleições têm no processo democrático. "O voto não deverá ser tribal, religioso, mas deve basear-se na confiança política e também na honestidade." Instado a pronunciar-se sobre a possibilidade de haver fraude, o Presidente garante que a lei é clara. Todavia, frisou, há que haver seriedade e responsabilidade. "A história de fraude não passa de invenções", garantiu, revelando de seguida que neste processo eleitoral aumentaram consideravelmente as assembleias de votos. Em todo o território nacional há 542. Mas este aumento não poderá pôr em causa a segurança. A Protecção Civil já garantiu que irá controlar e acompanhar de perto todo o processo nas assembleias de votos. Ainda para Mané votar é um orgulho nacional para quem vota.
sábado, outubro 25, 2008
Canadá: Primeira mulher portuguesa eleita deputada federal
Alexandra Mendes é a primeira mulher portuguesa eleita deputada federal no Canadá, designação feita na sequência de uma impugnação que a candidata fez dos resultados eleitorais no seu círculo eleitoral de Brossard-La Prarie, margem sul de Montreal, na província do Quebeque.
Os resultados naquela circunscrição eleitoral foram anunciados pelo organismo oficial Eleições Canadá, tendo o seu presidente declarado Alexandra Mendes eleita após uma recontagem dos votos realizada na sexta-feira.
Tal como afirma o organismo eleitoral, apesar de o escrutínio das eleições de 14 de Outubro ter concluído em Brossard-La Prarie pela vitória do concorrente do Bloco do Quebeque, Marc Lussier, no final da recontagem oficial de sexta-feira verificou-se, afinal, que Alexandra Mendes foi quem, de facto, obteve a mais elevada votação.Na contagem de 14 de Outubro, Marc Lussier havia sido apontado como vencedor deste circulo eleitotal com 32,6% dos votos, contra 32,4% da candidata luso-canadiana, estando os dois separados por uma margem de 143 votos.
Os resultados naquela circunscrição eleitoral foram anunciados pelo organismo oficial Eleições Canadá, tendo o seu presidente declarado Alexandra Mendes eleita após uma recontagem dos votos realizada na sexta-feira.
Tal como afirma o organismo eleitoral, apesar de o escrutínio das eleições de 14 de Outubro ter concluído em Brossard-La Prarie pela vitória do concorrente do Bloco do Quebeque, Marc Lussier, no final da recontagem oficial de sexta-feira verificou-se, afinal, que Alexandra Mendes foi quem, de facto, obteve a mais elevada votação.Na contagem de 14 de Outubro, Marc Lussier havia sido apontado como vencedor deste circulo eleitotal com 32,6% dos votos, contra 32,4% da candidata luso-canadiana, estando os dois separados por uma margem de 143 votos.
terça-feira, outubro 21, 2008
Agenda intensa "afasta" Cavaco da Cimeira Ibero-Americana
Por incrível que pareça, Sua Excelência O Senhor Presidente da República não estará presente da XVIII Cimeira Ibero-Americana, que se realiza no final do mês em El Salvador a 29, 30 e 31 de Outubro, por entender como "inconveniente" fazer esta deslocação, depois da "agenda internacional muito intensa" que teve este ano, que o levou a fazer desde Janeiro a "quatro viagens inter-continentais".
O Presidente está cansadinho, ou então está a preparar mais algum discurso urgente ao País, sobre um assunto da máxima importância...
As prioridades da nossa política externa estão mais uma vez à vista. Depois da ausência do Ministro da Cultura da Conferência sobre a língua realizada no México, agora o excelso Presidente não se quer chatear muito. A pergunta é: além de Sócrates, quem representará o País na Cimeira? Resposta óbvia: Sócrates, oficialmente diz-se que a presença do Chefe de Estado não é "obrigatória". Em Espanha, quando o Rei está cansadinho, faz-se representar por alguém com legitimidade para tal: O Príncipe herdeiro Filipe de Bórbon. É parecido...
Para que se saiba, a primeira viagem de Cavaco este ano ao estrangeiro decorreu em Fevereiro, nos 10 e 11, em León. Ainda em Fevereiro, realizou uma visita oficial à Jordânia, entre os dias 16 e 18.
Em Março, o Presidente esteve ainda no Brasil, entre dia 6 e 9, e no final do mês, de 24 a 26, realizou uma visita de Estado a Moçambique.
Em Setembro, por ocasião da abertura da 63ª Assembleia Geral das Nações Unidas, Cavaco deslocou-se também a Nova Iorque.
Cerca de três semanas antes, o chefe de Estado esteve em visita de Estado na Polónia e na Eslováquia.
O Presidente está cansadinho, ou então está a preparar mais algum discurso urgente ao País, sobre um assunto da máxima importância...
As prioridades da nossa política externa estão mais uma vez à vista. Depois da ausência do Ministro da Cultura da Conferência sobre a língua realizada no México, agora o excelso Presidente não se quer chatear muito. A pergunta é: além de Sócrates, quem representará o País na Cimeira? Resposta óbvia: Sócrates, oficialmente diz-se que a presença do Chefe de Estado não é "obrigatória". Em Espanha, quando o Rei está cansadinho, faz-se representar por alguém com legitimidade para tal: O Príncipe herdeiro Filipe de Bórbon. É parecido...
Para que se saiba, a primeira viagem de Cavaco este ano ao estrangeiro decorreu em Fevereiro, nos 10 e 11, em León. Ainda em Fevereiro, realizou uma visita oficial à Jordânia, entre os dias 16 e 18.
Em Março, o Presidente esteve ainda no Brasil, entre dia 6 e 9, e no final do mês, de 24 a 26, realizou uma visita de Estado a Moçambique.
Em Setembro, por ocasião da abertura da 63ª Assembleia Geral das Nações Unidas, Cavaco deslocou-se também a Nova Iorque.
Cerca de três semanas antes, o chefe de Estado esteve em visita de Estado na Polónia e na Eslováquia.
Químicos portugueses descobrem novo material condutor
Químicos portugueses descobriram por acaso um novo material, a que chamaram gelatina iónica, que permite desenvolver dispositivos electrónicos - como baterias e células de combustível - mais baratos e mais amigos do ambiente.
Transparente e maleável, o novo material foi produzido a partir da dissolução de gelatina num líquido iónico, uma solução constituída por iões com cargas negativa e positiva.
A descoberta, já patenteada, resultou de um trabalho conjunto de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Nova de Lisboa e do Instituto Superior Técnico (IST) cujas conclusões foram publicadas no último número da revista científica britânica "Chemical Communications".
O grupo da FCT é dirigido por Susana Barreiros, sendo o do IST por Carlos Afonso.
Os investigadores decidiram dissolver gelatina num líquido iónico e verificaram que este gelificava e se mantinha estável no estado sólido, mesmo sob aquecimento.
"Comparámos então este novo material com os outros condutores e constatámos não só que era tão condutor como eles, como era mais barato, mais leve, mais fácil de trabalhar e mais ecológico, por ser biodegradável", sublinhou.
Assim, o facto de poder assumir várias formas, desde um bloco compacto a uma fibra ou um filme fino - e poder incorporar substâncias solúveis ou insolúveis em água, permite a sua aplicação tanto em pilhas como em células de combustível e células fotovoltaicas de nova geração. "Nas pilhas, por exemplo, a gelatina iónica pode funcionar como electrólito e como eléctrodo e, dadas a sua versatilidade, permite construir uma pilha em qualquer superfície, até numa folha de papel, por exemplo, bastando para isso imprimir o electrólito e os dois eléctrodos", disse o investigador.
Este projecto científico vai ser apresentado em breve nos Estados Unidos, em representação da COTEC Portugal, num concurso de ideias chamado Idea to Poduct, que decorrerá entre 30 de Novembro e 01 de Novembro em Austin, Texas.
Transparente e maleável, o novo material foi produzido a partir da dissolução de gelatina num líquido iónico, uma solução constituída por iões com cargas negativa e positiva.
A descoberta, já patenteada, resultou de um trabalho conjunto de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Nova de Lisboa e do Instituto Superior Técnico (IST) cujas conclusões foram publicadas no último número da revista científica britânica "Chemical Communications".
O grupo da FCT é dirigido por Susana Barreiros, sendo o do IST por Carlos Afonso.
Os investigadores decidiram dissolver gelatina num líquido iónico e verificaram que este gelificava e se mantinha estável no estado sólido, mesmo sob aquecimento.
"Comparámos então este novo material com os outros condutores e constatámos não só que era tão condutor como eles, como era mais barato, mais leve, mais fácil de trabalhar e mais ecológico, por ser biodegradável", sublinhou.
Assim, o facto de poder assumir várias formas, desde um bloco compacto a uma fibra ou um filme fino - e poder incorporar substâncias solúveis ou insolúveis em água, permite a sua aplicação tanto em pilhas como em células de combustível e células fotovoltaicas de nova geração. "Nas pilhas, por exemplo, a gelatina iónica pode funcionar como electrólito e como eléctrodo e, dadas a sua versatilidade, permite construir uma pilha em qualquer superfície, até numa folha de papel, por exemplo, bastando para isso imprimir o electrólito e os dois eléctrodos", disse o investigador.
Este projecto científico vai ser apresentado em breve nos Estados Unidos, em representação da COTEC Portugal, num concurso de ideias chamado Idea to Poduct, que decorrerá entre 30 de Novembro e 01 de Novembro em Austin, Texas.
quarta-feira, outubro 15, 2008
Quase 20 mil
Sim... Sim... Um blogue já com 4 anos de existência mas que só agora está a chegar às 20 mil visitas. Pois é! sucesso relativo. A intenção também nunca foi ser um campeão de visitas.
Mas este texto serve para duas coisas. Agradecer a quem aqui vem de vez em quando espreitar e agradecer especialmente ao Comendador Castro. Ele tem sido o grande responsável pelo aumento significativo de visitas. Acredito que muitos visitam esta Tasca devido à recolha de notícias mais ou menos escondidas que o caro comendador faz questão de divulgar.
O conceito da tasca mudou um pouco, mas evoluiu.
Obrigado Comendador, continue assim
Mas este texto serve para duas coisas. Agradecer a quem aqui vem de vez em quando espreitar e agradecer especialmente ao Comendador Castro. Ele tem sido o grande responsável pelo aumento significativo de visitas. Acredito que muitos visitam esta Tasca devido à recolha de notícias mais ou menos escondidas que o caro comendador faz questão de divulgar.
O conceito da tasca mudou um pouco, mas evoluiu.
Obrigado Comendador, continue assim
terça-feira, outubro 14, 2008
Uruguai conta com investimento da Portucel para afastar crise
Acordo para a instalação da empresa portuguesa já foi assinado.
O presidente do Uruguai afirmou que a papeleira portuguesa Portucel investirá pelo menos 2,9 mil milhões de euros no país, ajudando a fortalecer a economia num cenário de crise financeira.
Tabaré Vasquez afirmou que o investimento, numa fábrica de pasta de papel e num porto de águas profundas, poderá atingir mesmo os 4,4 mil milhões de euros.
O acordo para a instalação da empresa no Uruguai "foi assinado há alguns dias", referiu o chefe de Estado uruguaio.
A instalação industrial deverá nascer no Leste do país, próximo da fronteira com o Brasil, numa área conhecida como lagoa Merin, refere a EFE.
O porto de águas profundas no Atlântico será autónomo de uma outra infra-estrutura do género projectada para a zona de La Paloma.
No final de Agosto deste ano, a Portucel anunciou ter um acordo de princípio com o governo do Uruguai para investir na instalação de fábricas de pasta e de papel.
O presidente do Uruguai afirmou que a papeleira portuguesa Portucel investirá pelo menos 2,9 mil milhões de euros no país, ajudando a fortalecer a economia num cenário de crise financeira.
Tabaré Vasquez afirmou que o investimento, numa fábrica de pasta de papel e num porto de águas profundas, poderá atingir mesmo os 4,4 mil milhões de euros.
O acordo para a instalação da empresa no Uruguai "foi assinado há alguns dias", referiu o chefe de Estado uruguaio.
A instalação industrial deverá nascer no Leste do país, próximo da fronteira com o Brasil, numa área conhecida como lagoa Merin, refere a EFE.
O porto de águas profundas no Atlântico será autónomo de uma outra infra-estrutura do género projectada para a zona de La Paloma.
No final de Agosto deste ano, a Portucel anunciou ter um acordo de princípio com o governo do Uruguai para investir na instalação de fábricas de pasta e de papel.
Portugal e Namíbia: Nau Portuguesa do Século XVI reune Imprensa em Lisboa (17 Outubro)
Portugal irá receber brevemente a visita do chefe da diplomacia da Namíbia, Marco Hausiku, e um dos temas da sua deslocação será o achado arqueológico subaquático de uma Nau Portuguesa do Século XVI.
Terminado os trabalhos de resgate dos destroços da Nau Portuguesa naufragada ao largo da Namíbia, as informações recolhidas acerca do espólio e da sua importância histórica irão ser comunicadas em conferência de imprensa, agendada para o Palácio Nacional de Ajuda, no próximo dia 17 Outubro. A Namíbia não ratificou a Convenção Sobre a Protecção do Património Cultural Subaquático, pelo que o espólio encontrado pertence na totalidade àquele país. Questionada se o espólio poderá vir a ser exposto em Portugal, a secretária de Estado da Cultura, preferiu não especular sobre o assunto. "Pensamos que provavelmente haverá condições para que isso possa vir a ser feito, mas não discutimos formalmente com as autoridades namibianas", salientou.
Os destroços da Nau Portuguesa do século XVI foram descobertos em Abril deste ano, durante uma prospecção de diamantes pelo consórcio NAMDEB, formado pelo governo da Namíbia e pela diamantífera sul-africana De Beers. O espólio encontrado nos destroços da Nau inclui: 2.300 peças de ouro pesando cerca de 21 quilogramas; 1,5 quilogramas de moedas de prata num valor de mais de 100 milhões de dólares; objectos de ouro; prata; cobre; marfim; astrolábios; instrumentos de navegação quinhentistas; canhões e respectivas balas. Na equipa de arqueólogos subaquáticos, integraram as operações de resgate, os portugueses Francisco Alves e Miguel Aleluia, a convite do governo namibiano para a participação do estado português, nos trabalhos de salvamento da Nau Portuguesa.
Terminado os trabalhos de resgate dos destroços da Nau Portuguesa naufragada ao largo da Namíbia, as informações recolhidas acerca do espólio e da sua importância histórica irão ser comunicadas em conferência de imprensa, agendada para o Palácio Nacional de Ajuda, no próximo dia 17 Outubro. A Namíbia não ratificou a Convenção Sobre a Protecção do Património Cultural Subaquático, pelo que o espólio encontrado pertence na totalidade àquele país. Questionada se o espólio poderá vir a ser exposto em Portugal, a secretária de Estado da Cultura, preferiu não especular sobre o assunto. "Pensamos que provavelmente haverá condições para que isso possa vir a ser feito, mas não discutimos formalmente com as autoridades namibianas", salientou.
Os destroços da Nau Portuguesa do século XVI foram descobertos em Abril deste ano, durante uma prospecção de diamantes pelo consórcio NAMDEB, formado pelo governo da Namíbia e pela diamantífera sul-africana De Beers. O espólio encontrado nos destroços da Nau inclui: 2.300 peças de ouro pesando cerca de 21 quilogramas; 1,5 quilogramas de moedas de prata num valor de mais de 100 milhões de dólares; objectos de ouro; prata; cobre; marfim; astrolábios; instrumentos de navegação quinhentistas; canhões e respectivas balas. Na equipa de arqueólogos subaquáticos, integraram as operações de resgate, os portugueses Francisco Alves e Miguel Aleluia, a convite do governo namibiano para a participação do estado português, nos trabalhos de salvamento da Nau Portuguesa.
segunda-feira, outubro 13, 2008
Lula da Silva homenageado por promover ensino do espanhol no Brasil
O Presidente brasileiro foi hoje homenageado em Espanha pelos seus esforços na promoção do espanhol no Brasil, uma iniciativa que lhe valeu o primeiro Prémio Internacional D. Quixote de La Mancha, entregue pelo rei Juan Carlos.
Lula da Silva foi galardoado ao lado do escritor mexicano Carlos Fuentes numa cerimónia em Toledo, em que os vários intervenientes recordaram os laços entre o português e o espanhol e em que foi igualmente aplaudido o acordo ortográfico sobre a Língua Portuguesa.
Dotado com 25 mil euros e uma escultura de Manolo Valdês, o prémio foi concedido em reconhecimento pelo trabalho de Lula da Silva e Carlos Fuentes na promoção da língua e cultura espanholas.
Reconhecendo o apoio de Lula da Silva ao ensino do espanhol no Brasil, o prémio é atribuído pela Fundação Santillana, do grupo de comunicação espanhol Prisa, e pelo Governo Regional de Castela La Mancha.
Para Juan Luis Cebrian, responsável pela Prisa, os esforços de Lula da Silva na promoção do espanhol traduzem "o sonho de um novo iberismo e de um novo ibero-americanismo".
Lula da Silva foi galardoado ao lado do escritor mexicano Carlos Fuentes numa cerimónia em Toledo, em que os vários intervenientes recordaram os laços entre o português e o espanhol e em que foi igualmente aplaudido o acordo ortográfico sobre a Língua Portuguesa.
Dotado com 25 mil euros e uma escultura de Manolo Valdês, o prémio foi concedido em reconhecimento pelo trabalho de Lula da Silva e Carlos Fuentes na promoção da língua e cultura espanholas.
Reconhecendo o apoio de Lula da Silva ao ensino do espanhol no Brasil, o prémio é atribuído pela Fundação Santillana, do grupo de comunicação espanhol Prisa, e pelo Governo Regional de Castela La Mancha.
Para Juan Luis Cebrian, responsável pela Prisa, os esforços de Lula da Silva na promoção do espanhol traduzem "o sonho de um novo iberismo e de um novo ibero-americanismo".
Brasil: Portuguesa dos Desportos recupera equipamento com escudo luso
Três anos depois, a Portuguesa viria a substituir o escudo pela cruz de Avis. O clube brasileiro mostrou a sua camisola original, agora recuperada, onde surgia o escudo de Portugal como símbolo.
Agora, o equipamento será comercializado pelo emblema com fortes raízes lusitanas e a camisola destaca-se ainda pelas mangas compridas e o colarinho à moda antiga.
Virgílio Castelo: Lança ‘O Último Navegador’ e defende a Monarquia
Virgílio Castelo lança-se na literatura com o seu primeiro livro, ‘O Último Navegador’, pensado desde a adolescência, transmite a mensagem de que "ninguém se preocupa a sério com Portugal". A obra é lançada quinta-feira, dia 16, em Lisboa.
‘O Último Navegador’ fala de ‘Benjamim’, personagem excessiva e perturbada: vive num futuro que mostra um país diferente.
"Acho que ninguém se preocupa a sério com Portugal. Eu, para pôr as pessoas a preocuparem-se com o País, crio um acidente no Terreiro do Paço onde morrem 600 pessoas, uma guerra civil onde morrem três mil pessoas em nove meses e uma revolta popular que leva à queda da República e à instauração da Monarquia em Portugal, ou seja, uma série de situações que são obviamente especulações, mas que podem pôr as pessoas a saírem do marasmo em que estamos".
‘O Último Navegador’ fala de ‘Benjamim’, personagem excessiva e perturbada: vive num futuro que mostra um país diferente.
"Acho que ninguém se preocupa a sério com Portugal. Eu, para pôr as pessoas a preocuparem-se com o País, crio um acidente no Terreiro do Paço onde morrem 600 pessoas, uma guerra civil onde morrem três mil pessoas em nove meses e uma revolta popular que leva à queda da República e à instauração da Monarquia em Portugal, ou seja, uma série de situações que são obviamente especulações, mas que podem pôr as pessoas a saírem do marasmo em que estamos".
terça-feira, outubro 07, 2008
Mariza chega às páginas do Financial Times

Mariza foi um dos destaques deste fim-de-semana do jornal de negócios inglês The Financial Times. O artigo conta a história da fadista nascida em Moçambique e antecipa dois publicitados concertos na London EC2, na capital inglesa, a 1 e 2 de Novembro.
O artigo, que descreve o fado como "blues urbanos portugueses", apresenta Mariza como a sucessora da "diva Amália Rodrigues" e fala da sua projecção internacional apesar de esta nunca ter desejado, assim arranca o texto, tornar-se uma "superstar".
"Todos os artistas são representantes dos seus países. Não me sinto uma embaixadora. Mas tenho uma série de olhos postos em mim. Recebo muitos prémios da parte do governo do meu país mas não é isso que me faz cantar, é a música. Partilhá-la é espectacular", sublinhou a fadista ao jornal.
Embora não se veja como cartão-de-visita, a portuguesa respondeu à eterna pergunta sobre o fado: "Quando dou concertos, vejo pessoas que não falam português a chorar sem saber porquê (...) O fado não é triste, é realista. Leva-te ao fundo da alma do ser humano", disse, adiantando as raízes na história de um país à beira mar - "Um marinheiro não sabe quando é que vai voltar a casa, ou se vai voltar. Cantavam para limpar as almas, sobre Lisboa, sobre o Tejo, sobre o mar, sobre Deus, o amor, a morte, a tristeza e a alegria".
O artigo publicado este Sábado, perto do aniversário da morte de Amália Rodrigues, refere a desaparecida voz do fado e questiona o estado da canção em Portugal quase uma década depois. "Hoje, e nos últimos oito anos, vai estando diferente. Temos um museu do fado. A geração mais nova é muito pró-activa. O meu músico na guitarra portuguesa tem 19 anos, o da guitarra acústica tem 22. A geração mais nova está a tentar proteger a música e participar nela", frisou Mariza.
Os concertos marcados para o primeiro fim-de-semana de Novembro em Londres estão praticamente lotados.
Estado do Vaticano (Santa Sé) entrará na Interpol
Nos próximos dez dias também o Vaticano se tornará membro da Interpol.
O anúncio foi feito pelo comandante do Corpo da Gendarmaria vaticana, dr. Domenico Giani, por ocasião da celebração, sábado passado, nas Vilas Pontifícias de Castel Gandolfo, da festa de São Miguel Arcanjo, Patrono da Gendarmaria. O oficial que assinará o protocolo de adesão à organização que reúne os Corpos de Polícia internacionais será Dom Renato Boccardo, Secretário geral do Governo do Estado. A festa teve início com uma Missa celebrada no Parque Antigo das Vilas Pontifícias, que contou com a presença de membros do Corpo acompanhados das suas famílias, junto com oficiais do Governo do Estado e das autoridades civis e militares italianas.
O Papa fez um breve discurso e concedeu a sua Benção: “O voto de definitivo de adesão será expresso pela Assembleia geral, que se realizará de 7 a 10 de Outubro próximo em São Petersburgo, à qual o Estado da Vidade do Vaticano participará com uma delegação oficial guiada pelo nosso Secretário Geral”. “É para mim uma grande alegria ver pela primeira vez reunido todo o Corpo da Gendarmaria do Estado Pontifício e assim ter a possibilidade de expressar pela primeira vez a todos publicamente o meu sincero e cordial agradecimento pelo seu serviço realizado com tanta competência, fidelidade e discrição”.
O anúncio foi feito pelo comandante do Corpo da Gendarmaria vaticana, dr. Domenico Giani, por ocasião da celebração, sábado passado, nas Vilas Pontifícias de Castel Gandolfo, da festa de São Miguel Arcanjo, Patrono da Gendarmaria. O oficial que assinará o protocolo de adesão à organização que reúne os Corpos de Polícia internacionais será Dom Renato Boccardo, Secretário geral do Governo do Estado. A festa teve início com uma Missa celebrada no Parque Antigo das Vilas Pontifícias, que contou com a presença de membros do Corpo acompanhados das suas famílias, junto com oficiais do Governo do Estado e das autoridades civis e militares italianas.
O Papa fez um breve discurso e concedeu a sua Benção: “O voto de definitivo de adesão será expresso pela Assembleia geral, que se realizará de 7 a 10 de Outubro próximo em São Petersburgo, à qual o Estado da Vidade do Vaticano participará com uma delegação oficial guiada pelo nosso Secretário Geral”. “É para mim uma grande alegria ver pela primeira vez reunido todo o Corpo da Gendarmaria do Estado Pontifício e assim ter a possibilidade de expressar pela primeira vez a todos publicamente o meu sincero e cordial agradecimento pelo seu serviço realizado com tanta competência, fidelidade e discrição”.
Unesco: Português Adalberto Alves recebe prémio Sharjah 2008
O escritor português Adalberto Alves foi hoje distinguido com o prémio Sharjah 2008 para a cultura árabe, atribuído pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).
De acordo com um comunicado da organização, o prémio, também atribuído ao professor egípcio Gaber Asfour, será entregue aos dois laureados numa cerimónia a realizar na sede da Unesco, em Paris, a 17 de Novembro.
O prémio Sharjah, no valor de 22 mil euros para cada vencedor, foi criado em 1998 com fundos oferecidos pelo Emirado de Sharjah, dos Emirados Árabes Unidos, por proposta do xeque sultão Bin Mohamed Al-Oassimi.
O objectivo do prémio é distinguir personalidades, grupos ou instituições que tenham contribuído de forma significativa para o desenvolvimento, a difusão e a promoção da cultura árabe no mundo e também a preservação e revitalização deste património cultural.
Atribuído pela primeira vez em 2001, o prémio Sharjah tem distinguido sempre duas personalidades, uma do mundo árabe e outra de um país não árabe, como acontece este ano com o português.
José Adalberto Coelho Alves, 69 anos, advogado, é presidente do Centro de Estudos Luso-Árabes de Silves. O seu interesse pela cultura muçulmana levou-o a estudar Língua Árabe na Universidade Nova de Lisboa, encontrando-se ligado a diversas instituições, entre as quais se pode destacar a Fundação da Memória Árabe, o Centro Português de Estudos Islâmicos e a Academia de Altos Estudos Ibero-Árabes.
Entre os livros de poesia, contos e ensaios que publicou incluem-se títulos dedicados ao mundo árabe: O Meu Coração é Árabe, Arabesco - da Música Árabe e da Música Portuguesa, Al-Mu'tamid/Poeta do Destino e Ibn'Ammâr Al-Andalusi - O drama de um poeta.
De acordo com um comunicado da organização, o prémio, também atribuído ao professor egípcio Gaber Asfour, será entregue aos dois laureados numa cerimónia a realizar na sede da Unesco, em Paris, a 17 de Novembro.
O prémio Sharjah, no valor de 22 mil euros para cada vencedor, foi criado em 1998 com fundos oferecidos pelo Emirado de Sharjah, dos Emirados Árabes Unidos, por proposta do xeque sultão Bin Mohamed Al-Oassimi.
O objectivo do prémio é distinguir personalidades, grupos ou instituições que tenham contribuído de forma significativa para o desenvolvimento, a difusão e a promoção da cultura árabe no mundo e também a preservação e revitalização deste património cultural.
Atribuído pela primeira vez em 2001, o prémio Sharjah tem distinguido sempre duas personalidades, uma do mundo árabe e outra de um país não árabe, como acontece este ano com o português.
José Adalberto Coelho Alves, 69 anos, advogado, é presidente do Centro de Estudos Luso-Árabes de Silves. O seu interesse pela cultura muçulmana levou-o a estudar Língua Árabe na Universidade Nova de Lisboa, encontrando-se ligado a diversas instituições, entre as quais se pode destacar a Fundação da Memória Árabe, o Centro Português de Estudos Islâmicos e a Academia de Altos Estudos Ibero-Árabes.
Entre os livros de poesia, contos e ensaios que publicou incluem-se títulos dedicados ao mundo árabe: O Meu Coração é Árabe, Arabesco - da Música Árabe e da Música Portuguesa, Al-Mu'tamid/Poeta do Destino e Ibn'Ammâr Al-Andalusi - O drama de um poeta.
Galiza: Inauguração Oficial da Academia Galega da Língua Portuguesa
O programa da sessão inaugural que se realizou ontem durante todo o dia, na Academia Galega da Língua Portuguesa, na Sala de Conferências do Centro Galego de Arte Contemporânea, incluíu obras Galegas, Portuguesas e Brasileiras. Ângelo Cristóvão, o presidente da Associação que esteve na origem da Academia, afirma que o galego não deriva do castelhano. Foi "acastelhanizado". O galego deriva do Português como a língua que se fala no Brasil ou na Angola. É o português da Galiza.
Contra, ou pelo menos sem apoio do poder político, esta é a causa que a Academia Galega da Língua Portuguesa (AGLP), que foi inaugurada em Santiago de Compostela (Galiza), irá promover, constituindo-se, assim, como "motor" da integração da Galiza no mundo da lusofonia. A cerimónia de inauguração teve lugar no Centro Galego de Arte Contemporânea e contou com a presença de "padrinhos" de peso, nomeadamente Malaca Casteleiro, da Academia das Ciências de Lisboa, o escritor moçambicano João Craveirinha, Evalindo Bechara, da Academia Brasileira de Letras, o reitor da Universidade Aberta, Carlos Reis, o presidente da Associação Internacional de Lusitanistas, Elías Torres, o vice-reitor da universidade de Santiago, entre outros.
O movimento defende que esta aproximação do castelhano foi promovida, sucessivamente, pelo Governo da Galiza, tendo havido, inclusivamente, lugar a perseguições a quem ensinava a forma original do galego. Com a saída de Fraga do Governo, as coisas melhoram um pouco, mas, diz Cristóvão, "ainda há muito caminho a percorrer". "Participar da lusofonia não põe em causa a soberania. Há que distinguir a política da língua e da cultura", conclui.
Contra, ou pelo menos sem apoio do poder político, esta é a causa que a Academia Galega da Língua Portuguesa (AGLP), que foi inaugurada em Santiago de Compostela (Galiza), irá promover, constituindo-se, assim, como "motor" da integração da Galiza no mundo da lusofonia. A cerimónia de inauguração teve lugar no Centro Galego de Arte Contemporânea e contou com a presença de "padrinhos" de peso, nomeadamente Malaca Casteleiro, da Academia das Ciências de Lisboa, o escritor moçambicano João Craveirinha, Evalindo Bechara, da Academia Brasileira de Letras, o reitor da Universidade Aberta, Carlos Reis, o presidente da Associação Internacional de Lusitanistas, Elías Torres, o vice-reitor da universidade de Santiago, entre outros.
O movimento defende que esta aproximação do castelhano foi promovida, sucessivamente, pelo Governo da Galiza, tendo havido, inclusivamente, lugar a perseguições a quem ensinava a forma original do galego. Com a saída de Fraga do Governo, as coisas melhoram um pouco, mas, diz Cristóvão, "ainda há muito caminho a percorrer". "Participar da lusofonia não põe em causa a soberania. Há que distinguir a política da língua e da cultura", conclui.
segunda-feira, outubro 06, 2008
Governo açoriano vai contratar empresa para lobby junto de UE
O Governo açoriano vai contratar os serviços de uma empresa especializada para fazer lobby junto das instâncias europeias, potenciando a rede de contactos e capacidade interventiva na pré-elaboração de legislação comunitária de interesse regional.
O director regional dos Assuntos Europeus e Cooperação Externa, Rodrigo Oliveira, adiantou que a contratação deste serviço visa "chamar a atenção para as nossas potencialidades e condicionalismos contactando directamente com os responsáveis pelas pastas que interessam aos Açores".
O concurso para a prestação de "serviços de lobby a favor da Região Autónoma dos Açores" junto das instâncias europeias foi hoje publicado no Diário da República e em breve sairá no Jornal Oficial da Comunidade Europeia, indicou.
Oliveira explicou que a apresentação de candidaturas terá início em Novembro, sendo posteriormente feita uma pré-selecção de cinco empresas finalistas, a quem o Governo Regional vai pedir que apresentem em concreto a sua forma de actuação e custo.
Transportes, política regional, fundos comunitários, politica de coesão e investigação são alguns dos pontos da agenda legislativa a nível europeu que interessam, particularmente, ao arquipélago e onde os serviços da empresa especializada em lobby poderão ser úteis à região.
"Uma empresa de lobby, com uma estrutura permanente de contactos, pode alertar-nos anteriormente para a pré-elaboração legislativa de assuntos como o mar, ambiente e alterações climáticas", afirmou Oliveira, alegando que este serviço "não substitui a acção do Governo é antes uma mais valia".
Escusando-se a avançar quanto vai custar à região este serviço, Oliveira considerou que não está inviabilizada a abertura de um escritório dos Açores em Bruxelas para fazer lobby, mas assegurou que por agora esta hipótese "não está em cima da mesa".
O director regional dos Assuntos Europeus e Cooperação Externa, Rodrigo Oliveira, adiantou que a contratação deste serviço visa "chamar a atenção para as nossas potencialidades e condicionalismos contactando directamente com os responsáveis pelas pastas que interessam aos Açores".
O concurso para a prestação de "serviços de lobby a favor da Região Autónoma dos Açores" junto das instâncias europeias foi hoje publicado no Diário da República e em breve sairá no Jornal Oficial da Comunidade Europeia, indicou.
Oliveira explicou que a apresentação de candidaturas terá início em Novembro, sendo posteriormente feita uma pré-selecção de cinco empresas finalistas, a quem o Governo Regional vai pedir que apresentem em concreto a sua forma de actuação e custo.
Transportes, política regional, fundos comunitários, politica de coesão e investigação são alguns dos pontos da agenda legislativa a nível europeu que interessam, particularmente, ao arquipélago e onde os serviços da empresa especializada em lobby poderão ser úteis à região.
"Uma empresa de lobby, com uma estrutura permanente de contactos, pode alertar-nos anteriormente para a pré-elaboração legislativa de assuntos como o mar, ambiente e alterações climáticas", afirmou Oliveira, alegando que este serviço "não substitui a acção do Governo é antes uma mais valia".
Escusando-se a avançar quanto vai custar à região este serviço, Oliveira considerou que não está inviabilizada a abertura de um escritório dos Açores em Bruxelas para fazer lobby, mas assegurou que por agora esta hipótese "não está em cima da mesa".
sábado, outubro 04, 2008
México: Pinto Ribeiro cancela participação no I Congresso de Cultura Ibero-Americana
O ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, não participa por "motivos de agenda" (mais valia que dissesse: "não tenho tempo para estas coisas!") no I Congresso de Cultura Ibero-americana, a realizar no México e em que o realizador Manoel de Oliveira será homenageado e estará presente, revelando assim as verdadeiras prioridades do seu Ministério.
Espanha faz-se representar pelo Príncipe Filipe de Bourbon e por D. Letícia, que estarão vários dias no país. A presença dos Príncipes é encarada pelos círculos diplomáticos como "normal e habitual", tendo em conta a importância do evento. Mas esta visita revela a relevância das relações hispano-mexicanas e a vontade de Espanha manter este país da América do Norte dentro da sua "esfera de influência", quanto mais não seja cultural.
A dimensão geográfica e populacional do México, não necessita de apresentação, sabendo-se também da quantidade de seus nacionais que trabalham e residem no vizinho Estados Unidos da América (EUA). Ao longo de muitos anos foram ganhando influência, de tal forma, que se constituem actualmente como a maior comunidade imigrante nos EUA e com a consequência da influência linguística do espanhol (já não castelhano).
Espanha não dorme... e Portugal cochila...
Espanha faz-se representar pelo Príncipe Filipe de Bourbon e por D. Letícia, que estarão vários dias no país. A presença dos Príncipes é encarada pelos círculos diplomáticos como "normal e habitual", tendo em conta a importância do evento. Mas esta visita revela a relevância das relações hispano-mexicanas e a vontade de Espanha manter este país da América do Norte dentro da sua "esfera de influência", quanto mais não seja cultural.
A dimensão geográfica e populacional do México, não necessita de apresentação, sabendo-se também da quantidade de seus nacionais que trabalham e residem no vizinho Estados Unidos da América (EUA). Ao longo de muitos anos foram ganhando influência, de tal forma, que se constituem actualmente como a maior comunidade imigrante nos EUA e com a consequência da influência linguística do espanhol (já não castelhano).
Espanha não dorme... e Portugal cochila...
Empresas portuguesas do PSI20 visitam Wall Street na terça-feira
Uma delegação composta pelo presidente da Euronext Lisbon e pelos líderes de empresas do PSI20 visitará a Bolsa de Nova Iorque no dia 7 de Outubro, disse à Lusa fonte oficial da empresa que gere a praça financeira nacional.
No âmbito do 'Portuguese Equities Forum', organizado pelo grupo NYSE Euronext, os responsáveis das principais empresas cotadas portuguesas vão ter a oportunidade de se dirigir directamente aos investidores norte-americanos.
O presidente da Euronext Lisbon, Miguel Athayde Marques, lidera a delegação portuguesa a Wall Street, que contará ainda com as presenças já confirmadas dos presidentes-executivos (CEO) da Galp Energia (Ferreira de Oliveira), da Sonae SGPS (Paulo Azevedo), da Brisa (Vasco de Mello), da Jerónimo Martins (Luís Palha da Silva), da Zon Multimédia (Rodrigo Costa) e da REN (José Penedos).
Integram ainda a comitiva os directores financeiros (CFO) da maioria das empresas que fazem parte do PSI20, bem como o secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, Carlos Pina,.
Estes responsáveis - e outros CEO de empresas do PSI20 que entretanto confirmem as suas presenças na viagem - vão participar na tradicional cerimónia de abertura do mercado ('ring the bell').
A visita da delegação portuguesa inclui ainda um almoço com a comunidade financeira lusa em Wall Street e encontros com a imprensa económica portuguesa e norte-americana.
No âmbito do 'Portuguese Equities Forum', organizado pelo grupo NYSE Euronext, os responsáveis das principais empresas cotadas portuguesas vão ter a oportunidade de se dirigir directamente aos investidores norte-americanos.
O presidente da Euronext Lisbon, Miguel Athayde Marques, lidera a delegação portuguesa a Wall Street, que contará ainda com as presenças já confirmadas dos presidentes-executivos (CEO) da Galp Energia (Ferreira de Oliveira), da Sonae SGPS (Paulo Azevedo), da Brisa (Vasco de Mello), da Jerónimo Martins (Luís Palha da Silva), da Zon Multimédia (Rodrigo Costa) e da REN (José Penedos).
Integram ainda a comitiva os directores financeiros (CFO) da maioria das empresas que fazem parte do PSI20, bem como o secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, Carlos Pina,.
Estes responsáveis - e outros CEO de empresas do PSI20 que entretanto confirmem as suas presenças na viagem - vão participar na tradicional cerimónia de abertura do mercado ('ring the bell').
A visita da delegação portuguesa inclui ainda um almoço com a comunidade financeira lusa em Wall Street e encontros com a imprensa económica portuguesa e norte-americana.
Luis Amado visita Bogotá a partir de domingo
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, chegará domingo a Bogotá para uma visita oficial a convite do Governo colombiano.
Educação, Cultura, Energia, Cooperação, Comércio, Turismo e Investimento são algumas da áreas que o chefe da diplomacia portuguesa irá abordar durante a visita, segundo a Presidência da República da Colômbia. Amado reúne-se segunda-feira com o presidente colombiano, Álvaro Uribe, no Palácio Nariño, e mais tarde com o seu homólogo, Jaime Bermúdez.
A visita de Luís Amado tem como objectivo "aprofundar os temas do diálogo político da agenda bilateral, assim como os relativos à esfera ibero-americana e à União Europeia", segundo um comunicado divulgado pelo Governo de Bogotá. O ministro português abordará com Bermúdez as relações entre a União Europeia e a Comunidade Andina, os preparativos da próxima Cimeira Ibero-Americana em El Salvador e a integração regional no âmbito da Organização dos Estados Americanos, no Grupo do Rio e na União das Nações Sul-americanas.
Educação, Cultura, Energia, Cooperação, Comércio, Turismo e Investimento são algumas da áreas que o chefe da diplomacia portuguesa irá abordar durante a visita, segundo a Presidência da República da Colômbia. Amado reúne-se segunda-feira com o presidente colombiano, Álvaro Uribe, no Palácio Nariño, e mais tarde com o seu homólogo, Jaime Bermúdez.
A visita de Luís Amado tem como objectivo "aprofundar os temas do diálogo político da agenda bilateral, assim como os relativos à esfera ibero-americana e à União Europeia", segundo um comunicado divulgado pelo Governo de Bogotá. O ministro português abordará com Bermúdez as relações entre a União Europeia e a Comunidade Andina, os preparativos da próxima Cimeira Ibero-Americana em El Salvador e a integração regional no âmbito da Organização dos Estados Americanos, no Grupo do Rio e na União das Nações Sul-americanas.
quinta-feira, outubro 02, 2008
Galp concretiza aquisição da rede da Agip e já tem mais 367 postos de abastecimento
A Galp Energia e a Eni concluíram esta quarta-feira a transacção da rede da Agip na Península Ibérica.
"A partir de hoje, a Galp Energia detém mais 367 postos de abastecimento na Península Ibérica, sendo a sua rede em Espanha constituída por um total de 547 postos de abastecimento", refere a empresa em comunicado.
O acordo para a aquisição das actividades da distribuição de combustíveis que a Eni detinha em Portugal e em Espanha foi celebrado em Outubro de 2007, tendo o negócio obtido a autorização necessária por parte da Comissão Europeia no passado dia 9 de Setembro.
"A rede de distribuição da Galp Energia em Espanha passa assim a cobrir a totalidade do território do país vizinho, aumentando o número de posições onde os clientes da Galp Energia podem encontrar a qualidade de produtos e serviços característicos da marca Galp Energia", termina a petrolífera.
"A partir de hoje, a Galp Energia detém mais 367 postos de abastecimento na Península Ibérica, sendo a sua rede em Espanha constituída por um total de 547 postos de abastecimento", refere a empresa em comunicado.
O acordo para a aquisição das actividades da distribuição de combustíveis que a Eni detinha em Portugal e em Espanha foi celebrado em Outubro de 2007, tendo o negócio obtido a autorização necessária por parte da Comissão Europeia no passado dia 9 de Setembro.
"A rede de distribuição da Galp Energia em Espanha passa assim a cobrir a totalidade do território do país vizinho, aumentando o número de posições onde os clientes da Galp Energia podem encontrar a qualidade de produtos e serviços característicos da marca Galp Energia", termina a petrolífera.
quarta-feira, outubro 01, 2008
Lusoponte: A marmelada continua!

Ex-ministros defendem Lusoponte na renegociação com o Estado.
Jorge Coelho e Ferreira do Amaral, os dois Ministros das obras públicas (MOP) que negociaram em representação do Estado o contrato de concessão e os acordos de reequilíbrio com a Lusoponte, vão renegociar o contrato de concessão, gestão e exploração da Ponte Vasco da Gama e da Ponte 25 de Abril.
Jorge Coelho e Ferreira do Amaral, os dois Ministros das obras públicas (MOP) que negociaram em representação do Estado o contrato de concessão e os acordos de reequilíbrio com a Lusoponte, vão renegociar o contrato de concessão, gestão e exploração da Ponte Vasco da Gama e da Ponte 25 de Abril.
A "coincidência" ocorre numa altura em que se avizinham novas negociações, por causa da decisão de instalar um tabuleiro rodoviário na terceira travessia do Tejo, a construir entre Chelas e o Barreiro. Mas as "coincidências" não acabam: quem vai liderar a comissão técnica criada pelo Governo para decidir estas negociações é Murteira Nabo, actual chairman da Galp, e, ele próprio, Ministro do Equipamento Social (MES) no primeiro governo de António Guterres.
Ferreira do Amaral, MOP do governo de Cavaco Silva, que lançou o concurso público internacional para a construção da Vasco da Gama, e que assinou em 1994 o contrato de concessão com a Lusoponte, é hoje o presidente do conselho de administração da empresa. Coelho, MES de Guterres, que negociou em 2001 um acordo global com a empresa para pôr fim a sucessivos pedidos de reequilíbrio financeiro, é hoje o líder executivo da Mota-Engil, empresa principal accionista da Lusoponte, com uma posição de 38,02%.
Confrontado com o facto de a Mota-Engil passar, agora, a ser a principal interlocutora do Governo nas negociações por causa da terceira travessia do Tejo, Coelho desvalorizou a questão: "Quem vai discutir com o Governo é a Lusoponte, e não a Mota-Engil." Em representação dos seus accionistas, Ferreira do Amaral deverá discutir com o Governo a melhor forma de ressarcir a Lusoponte por causa da intenção de construir um tabuleiro rodoviário na terceira travessia do Tejo. Algo que o contrato de concessão impede, já que a empresa tem a exclusividade das travessias a jusante de Vila Franca de Xira, tal como foi confirmado num parecer da Procuradoria-Geral da República.
A primeira reunião entre o Governo e a Lusoponte deu-se logo após a decisão de construir o aeroporto de Lisboa na margem Sul, mas, depois, não houve mais nenhuma. O processo está parado, e as datas previstas para a alta velocidade estão em perigo. O calendário apontava Novembro como o limite máximo para o lançamento do concurso público internacional para a construção do segundo troço da Linha de Alta Velocidade entre Lisboa e Madrid, ou seja, o troço Lisboa-Poceirão, onde se insere a terceira travessia do Tejo (TTT). Mas, essa data já não poderá ser cumprida, já que houve um atraso na entrega do Estudo de Impacto Ambiental da TTT, que está a ser feito a partir do relatório do LNEC.
Independentemente da data das negociações e do seu final, até agora, e como detectou o Tribunal de Contas, numa auditoria que arrasou as decisões do Estado e o Acordo Global celebrado com a Lusoponte, a concessionária tem saído sempre a ganhar nas negociações que tem feito com o concedente.
Namíbia: Lisboa salvaguarda vestígios de nau portuguesa
O Ministério da Cultura (MC), reagindo a notícias que davam conta de que uma nau portuguesa do séc. XVI descoberta na costa da Namíbiaela poder em breve ficar submersa, lembrou que já ficou "claro que o interesse fundamental do Governo português era o de assegurar a integral salvaguarda dos vestígios em questão".
Pergunta-se: Só isto? Mas o interesse "fundamental" (termo que pode significar "isto e precisamente o seu contrário") permite ou não que algumas peças (senão uma boa parte...) venha para os Museus do País? Estão a ser feitos contactos diplomáticos para que tão importante espólio também venha a estar nos nossos Museus? Imagino...
Foi também em Setembro que o MC e o Ministério dos Negócios Estrangeiros decidiram enviar ao local - a interface costeira de Oranjemund - dois técnicos portugueses do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico.
A Agência France Presse noticiou no sábado que os destroços da nau portuguesa descoberta em Abril ao largo da Namíbia "serão devolvidos proximamente ao oceano sem ter podido revelar odos os seus tesouros devido aos elevados custos para serem retirados das areias subaquáticas".
Pergunta-se: Só isto? Mas o interesse "fundamental" (termo que pode significar "isto e precisamente o seu contrário") permite ou não que algumas peças (senão uma boa parte...) venha para os Museus do País? Estão a ser feitos contactos diplomáticos para que tão importante espólio também venha a estar nos nossos Museus? Imagino...
Foi também em Setembro que o MC e o Ministério dos Negócios Estrangeiros decidiram enviar ao local - a interface costeira de Oranjemund - dois técnicos portugueses do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico.
A Agência France Presse noticiou no sábado que os destroços da nau portuguesa descoberta em Abril ao largo da Namíbia "serão devolvidos proximamente ao oceano sem ter podido revelar odos os seus tesouros devido aos elevados custos para serem retirados das areias subaquáticas".
sexta-feira, setembro 26, 2008
Mercado japonês é a nova aposta dos vinhos do Douro e Porto
Os vinhos do Douro e Porto estão apostados em entrar em força no Japão. Com mais de 120 milhões de habitantes, este país importou o ano passado 28 419 caixas (de nove litros) de vinho do Porto, no valor de 1,854 milhões de euros, o que o coloca na 16.ª posição dos maiores importadores do sector em valor, e uma posição abaixo em quantidade.
Ao longo de três anos, até 2011, os consumidores japoneses tomarão contacto com as denominações de origem protegida dos vinhos do Porto e Douro, mas também do presunto de Parma e do queijo parmigiano reggiano. O projecto, aprovado pela União Europeia, conta com um investimento de três milhões de euros e "tem como desafio fundamental promover a defesa da protecção das três denominações de origem europeias num mercado em grande crescimento mas com um conhecimento muito débil destas questões", explica Jorge Monteiro, presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP). Além disso, é um mercado com potencial de crescimento, mas que nos últimos anos estagnou. "Não são os mercados de massas que nos interessam, são os de valor, e este é o país com maior nível de vida da região", diz. Quanto à parceria, adianta: "Não faria sentido aparecer com produtos concorrentes, fizemos uma proposta combinada de produtos. O queijo de Parma combina com vinho do Porto e o presunto com o do Douro".
Incrementar a penetração e distribuição dos produtos e aumentar a sua quota de mercado, através de novos consumidores e do aumento da procura, são outros dos objectivos do programa. Intitulado "Jukusei Europe", arrancou no início deste mês com seminários em Tóquio e Osaka para jornalistas , chefes de cozinha e profissionais da restauração, num total de 200 pessoas. Até Novembro, estão a decorrer acções de degustação em supermercados e grandes armazéns. Jornalistas japoneses têm vindo ao Douro e a Parma. Em Janeiro arranca no Reino Unido (RU)novo projecto de promoção, envolvendo estas três denominações mais o vinho da Borgonha. Também por três anos, tem um investimento associado de seis milhões de euros. O RU importa 10,4 milhões de litros no valor de 49,8 milhões de euros. É o 5º mercado de Porto em volume e o 4º em valor.
Ao longo de três anos, até 2011, os consumidores japoneses tomarão contacto com as denominações de origem protegida dos vinhos do Porto e Douro, mas também do presunto de Parma e do queijo parmigiano reggiano. O projecto, aprovado pela União Europeia, conta com um investimento de três milhões de euros e "tem como desafio fundamental promover a defesa da protecção das três denominações de origem europeias num mercado em grande crescimento mas com um conhecimento muito débil destas questões", explica Jorge Monteiro, presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP). Além disso, é um mercado com potencial de crescimento, mas que nos últimos anos estagnou. "Não são os mercados de massas que nos interessam, são os de valor, e este é o país com maior nível de vida da região", diz. Quanto à parceria, adianta: "Não faria sentido aparecer com produtos concorrentes, fizemos uma proposta combinada de produtos. O queijo de Parma combina com vinho do Porto e o presunto com o do Douro".
Incrementar a penetração e distribuição dos produtos e aumentar a sua quota de mercado, através de novos consumidores e do aumento da procura, são outros dos objectivos do programa. Intitulado "Jukusei Europe", arrancou no início deste mês com seminários em Tóquio e Osaka para jornalistas , chefes de cozinha e profissionais da restauração, num total de 200 pessoas. Até Novembro, estão a decorrer acções de degustação em supermercados e grandes armazéns. Jornalistas japoneses têm vindo ao Douro e a Parma. Em Janeiro arranca no Reino Unido (RU)novo projecto de promoção, envolvendo estas três denominações mais o vinho da Borgonha. Também por três anos, tem um investimento associado de seis milhões de euros. O RU importa 10,4 milhões de litros no valor de 49,8 milhões de euros. É o 5º mercado de Porto em volume e o 4º em valor.
Croácia ataca águas de topo nacionais
Depois de investir um milhão de euros em 'marketing' em 2007 e no corrente ano no mercado português, onde patrocinou até telenovelas da TVI, a água mineral 'Jana' pretende agora dominar o nicho das águas importadas em Portugal, num horizonte temporal de cinco ou seis anos.
A Jana (ler "iána") entrou no mercado português em 2007, distribuída pela Ferbar, uma espécie de prova de força para a sua estratégia de internacionalização. Ao fim de ano e meio e um milhão de euros investidos em marketing e publicidade, atingiu um volume de vendas de 200 mil litros por ano. Agora os responsáveis da empresa croata pretendem acelerar o passo e conquistar o nicho das águas premium em Portugal num prazo de cinco a seis anos. Os objectivos são ambiciosos num mercado difícil como o português, onde as águas nacionais predominam (sendo a Luso líder com 17%) e as marcas importadas possuem uma quota residual do mercado.
"O mercado das águas premium não é grande em Portugal, mas queremos criá-lo. O premium vale 13 milhões de litros por ano e gostaríamos de ter 80% desse mercado", afirmou Mladen Horvat, chefe do departamento de gestão de marcas da Jamniza (ler "iámenitza"), a empresa com 180 anos que criou a marca Jana há seis anos.
Com o investimento em marketing e publicidade para 2009 a não ser nunca inferior a 500 mil euros, de acordo com o director de marketing da Jamnica, Darko Cesarec, a empresa pretende deixar a televisão de lado (patrocinou as telenovelas A Outra e Fascínios da TVI) e apostar mais na promoção de eventos e no marketing directo para ganhar notoriedade.
Líder de mercado na Croácia (a Jamnica tem 80% do mercado das águas com gás e a Jana 49% das lisas) e uma das principais empresas de água no espaço da antiga Jugoslávia e na Hungria, consagrando-a como potência regional, a empresa encontra-se a dar os primeiros passos na sua estratégia ambiciosa de expansão internacional para lá da sua área de influência. Em 2007, a Jamnica exportou 60 mil milhões de litros de água, correspondendo a Jana a mais de 50%. Estados Unidos (é a água oficial do Madison Square Garden, o mais importante recinto desportivo e de concertos de Nova Iorque), Rússia e Japão são as grandes prioridades, surgindo depois Portugal.
A Jana (ler "iána") entrou no mercado português em 2007, distribuída pela Ferbar, uma espécie de prova de força para a sua estratégia de internacionalização. Ao fim de ano e meio e um milhão de euros investidos em marketing e publicidade, atingiu um volume de vendas de 200 mil litros por ano. Agora os responsáveis da empresa croata pretendem acelerar o passo e conquistar o nicho das águas premium em Portugal num prazo de cinco a seis anos. Os objectivos são ambiciosos num mercado difícil como o português, onde as águas nacionais predominam (sendo a Luso líder com 17%) e as marcas importadas possuem uma quota residual do mercado.
"O mercado das águas premium não é grande em Portugal, mas queremos criá-lo. O premium vale 13 milhões de litros por ano e gostaríamos de ter 80% desse mercado", afirmou Mladen Horvat, chefe do departamento de gestão de marcas da Jamniza (ler "iámenitza"), a empresa com 180 anos que criou a marca Jana há seis anos.
Com o investimento em marketing e publicidade para 2009 a não ser nunca inferior a 500 mil euros, de acordo com o director de marketing da Jamnica, Darko Cesarec, a empresa pretende deixar a televisão de lado (patrocinou as telenovelas A Outra e Fascínios da TVI) e apostar mais na promoção de eventos e no marketing directo para ganhar notoriedade.
Líder de mercado na Croácia (a Jamnica tem 80% do mercado das águas com gás e a Jana 49% das lisas) e uma das principais empresas de água no espaço da antiga Jugoslávia e na Hungria, consagrando-a como potência regional, a empresa encontra-se a dar os primeiros passos na sua estratégia ambiciosa de expansão internacional para lá da sua área de influência. Em 2007, a Jamnica exportou 60 mil milhões de litros de água, correspondendo a Jana a mais de 50%. Estados Unidos (é a água oficial do Madison Square Garden, o mais importante recinto desportivo e de concertos de Nova Iorque), Rússia e Japão são as grandes prioridades, surgindo depois Portugal.
quarta-feira, setembro 24, 2008
Presidente da República está em Nova Iorque para a 63.ª Assembleia da ONU
Cavaco Silva estará presente em Nova Iorque para a 63.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, onde discursará em português no dia de hoje.
Ontem, Cavaco Silva foi recebido na sede das Nações Unidas pelo secretário-geral, Ban Ki-moon, que o saudou com palavras em português.
Uma satisfação para o Presidente da República que quer ver o português aceite como língua de trabalho da Organização das Nações Unidas e que pretende angariar apoios para a candidatura de Portugal a um lugar não permanente no Conselho de Segurança da ONU no biénio 2011-2012, tendo para isso realizado vários contactos ao mais alto nível.
Na cimeira de Julho da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) foi definido como prioridade a projecção e afirmação da língua Portuguesa nas organizações internacionais.
Ontem, Cavaco Silva foi recebido na sede das Nações Unidas pelo secretário-geral, Ban Ki-moon, que o saudou com palavras em português.
Uma satisfação para o Presidente da República que quer ver o português aceite como língua de trabalho da Organização das Nações Unidas e que pretende angariar apoios para a candidatura de Portugal a um lugar não permanente no Conselho de Segurança da ONU no biénio 2011-2012, tendo para isso realizado vários contactos ao mais alto nível.
Na cimeira de Julho da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) foi definido como prioridade a projecção e afirmação da língua Portuguesa nas organizações internacionais.
terça-feira, setembro 23, 2008
Guiné-Bissau: Narcotráfico é o principal problema. As "novidades" continuam...
O Presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo 'Nino' Vieira, considerou que o tráfico de droga é uma das principais preocupações do país e anunciou realização de uma conferência sobre o tema em Outubro.
As declarações do chefe de Estado guineense foram proferidas no discurso comemorativo do 35º aniversário da independência do país, transmitido aos jornalistas pelo assessor de imprensa da presidência, porque 'Nino' Vieira se encontra em Nova Iorque a participar na Assembleia-geral da ONU.
"Entre todos os problemas com que nos debatemos, o trânsito pelo nosso país do tráfico de droga figura na primeira linha das nossas preocupações, pelos danos que pode causar à nossa juventude, sociedade e ao desenvolvimento do país", referiu 'Nino' Vieira no discurso.
"Estamos firmemente determinados a combater e erradicar este flagelo, contando (...) com toda a população guineense", acrescentou o presidente da Guiné-Bissau.
O chefe de Estado sublinhou, contudo, que o tráfico de droga é um «flagelo regional» e que o seu combate deve ser também global e regional, envolvendo toda a sub-região e parceiros internacionais.
As declarações do chefe de Estado guineense foram proferidas no discurso comemorativo do 35º aniversário da independência do país, transmitido aos jornalistas pelo assessor de imprensa da presidência, porque 'Nino' Vieira se encontra em Nova Iorque a participar na Assembleia-geral da ONU.
"Entre todos os problemas com que nos debatemos, o trânsito pelo nosso país do tráfico de droga figura na primeira linha das nossas preocupações, pelos danos que pode causar à nossa juventude, sociedade e ao desenvolvimento do país", referiu 'Nino' Vieira no discurso.
"Estamos firmemente determinados a combater e erradicar este flagelo, contando (...) com toda a população guineense", acrescentou o presidente da Guiné-Bissau.
O chefe de Estado sublinhou, contudo, que o tráfico de droga é um «flagelo regional» e que o seu combate deve ser também global e regional, envolvendo toda a sub-região e parceiros internacionais.
Ministério da Cultura deve entre 10 a 14 M€ a autarquias
O Ministério da Cultura deve entre dez a 14 milhões de euros às autarquias. O valor foi hoje anunciado pelo ministro José António Pinto Ribeiro, numa reunião com a Associação Nacional de Municípios (ANMP).
"Há dívidas que têm dez anos, relativas a bibliotecas, comparticipações nacionais", disse o ministro, admitindo que o montante oscila entre os 10 e os 14 milhões de euros.
Para o presidente da ANMP, Fernando Ruas, "é muito importante que o ministro tenha assumido a dívida", embora sublinhe que esse não foi o tema dominante do encontro.
Com o objectivo de "tornar mais eficiente o investimento e fazer mais e melhor" na área da Cultura, assinalou o ministro, será criado um grupo de trabalho conjunto com a ANMP, para o qual dentro de uma semana as duas entidades indicarão um representante.
"Queremos estabelecer formas de trabalho conjunto, fazer mais actividades culturais, contaminar mais as populações, ver se conseguimos qualificar, recuperar mais, o património, expandir programas que têm a ver com a cultura e a língua", explicou.
"Há dívidas que têm dez anos, relativas a bibliotecas, comparticipações nacionais", disse o ministro, admitindo que o montante oscila entre os 10 e os 14 milhões de euros.
Para o presidente da ANMP, Fernando Ruas, "é muito importante que o ministro tenha assumido a dívida", embora sublinhe que esse não foi o tema dominante do encontro.
Com o objectivo de "tornar mais eficiente o investimento e fazer mais e melhor" na área da Cultura, assinalou o ministro, será criado um grupo de trabalho conjunto com a ANMP, para o qual dentro de uma semana as duas entidades indicarão um representante.
"Queremos estabelecer formas de trabalho conjunto, fazer mais actividades culturais, contaminar mais as populações, ver se conseguimos qualificar, recuperar mais, o património, expandir programas que têm a ver com a cultura e a língua", explicou.
segunda-feira, setembro 22, 2008
Luso-descendente foi condecorado por bravura no Canadá
O jovem de ascendência portuguesa James Santos recebeu esta sexta-feira, em Otava, uma condecoração do Estado canadiano, pela bravura demonstrada durante o tiroteio na Escola de Dawson, em 2006, que vitimou a luso-descendente Anastásia de Sousa e feriu 19 pessoas.
A "Estrela da Coragem" foi-lhe entregue pela Governadora-Geral do Canadá, Michaëlle Jean, numa cerimónia em que foram agraciadas um total de 47 pessoas, seis delas por actos de bravura no dramático tiroteio de 13 de Setembro de 2006 ocorrido na escola Dawson em Montreal.
Em Rideau Hall, James fez-se apresentar de rosa na lapela sobre o seu fato escuro, usando, assim, a flor favorita de Anastásia, a amiga que perdeu na tragédia de Dawson, assassinada por Kimveer Gill.
Gill foi o atirador que entrou na escola naquele dia em Setembro e começou a disparar, matando Anastásia e ferindo mais 19 pessoas, acabando por se suicidar no local.
No final da cerimónia em Otava, James Santos e o grupo de mais três polícias e dois funcionários da escola homenageados pela bravura em Dawson acederam responder a perguntas dos jornalistas.
Questionado em português sobre a rosa na lapela, James aludiu: "Isto (a rosa) é para ela. Este dia. Estou aqui por causa dela".
A "Estrela da Coragem" foi-lhe entregue pela Governadora-Geral do Canadá, Michaëlle Jean, numa cerimónia em que foram agraciadas um total de 47 pessoas, seis delas por actos de bravura no dramático tiroteio de 13 de Setembro de 2006 ocorrido na escola Dawson em Montreal.
Em Rideau Hall, James fez-se apresentar de rosa na lapela sobre o seu fato escuro, usando, assim, a flor favorita de Anastásia, a amiga que perdeu na tragédia de Dawson, assassinada por Kimveer Gill.
Gill foi o atirador que entrou na escola naquele dia em Setembro e começou a disparar, matando Anastásia e ferindo mais 19 pessoas, acabando por se suicidar no local.
No final da cerimónia em Otava, James Santos e o grupo de mais três polícias e dois funcionários da escola homenageados pela bravura em Dawson acederam responder a perguntas dos jornalistas.
Questionado em português sobre a rosa na lapela, James aludiu: "Isto (a rosa) é para ela. Este dia. Estou aqui por causa dela".
sexta-feira, setembro 19, 2008
JP Sá Couto investe 30 milhões em Portugal
Empresa vai fabricar 'Magalhães' também na Venezuela.
A administração da JP Sá Couto vai investir 30 milhões de euros na construção de uma nova fábrica em Matosinhos.
A decisão foi tomada muito recentemente, confirmou João Paulo Sá Couto, um dos fundadores da empresa. Até agora, o arranque ou não do projecto desta nova unidade de produção de computadores estava dependente da concretização de algumas encomendas que a empresa tinha em perspectiva para o miniportátil Magalhães. Mas, face à procura, os irmãos João Paulo e Jorge Sá Couto decidiram arrancar com o projecto. A nova fábrica será mais robotizada e com uma produção superior à unidade que os irmãos Sá Couto já têm hoje em Matosinhos.
A fábrica actual, já com um projecto de expansão em curso para a criação de mais três novas linhas de produção, a funcionar em três turnos, pode produzir até 240 mil computadores. Para já, a empresa tem assegurada a venda de 1,5 milhões de unidades do Magalhães.
Um milhão será vendido à Venezuela. O contrato será assinado na próxima semana, no decurso da segunda visita que o Presidente venezuelano, Hugo Chávez, fará a Lisboa este ano. E 500 mil vão para o programa E-escolinha, no âmbito do compromisso assumido entre o Governo português e a empresa. Mas as perspectivas de curto prazo apontam para que a empresa possa vir a ter uma carteira de encomendas de quatro milhões de computadores. As negociações com a Líbia estão a correr e bem e há um outro país que ainda poderá fechar negócio com a empresa antes deste, adiantou João Paulo Sá Couto, sem querer para já revelar o nome.
Além disto, a JP Sá Couto vai começar a comercializar o Magalhães no mercado português já na próxima semana, por um preço entre 285 e 295 euros. O lançamento será feito às 24 horas do dia 26 em duas lojas Fnac - a do NorteShopping, no Porto, e a do Centro Colombo, em Lisboa. Nesta primeira fase serão colocadas à venda dez mil unidades do pequeno portátil, concebido para ser utilizado por crianças entre os seis e dez anos, mas também por adultos. Contudo, a distribuição poderá estender-se a outras cadeias até ao final deste ano. Assim, a fábrica de Matosinhos já não poderá dar resposta a tantos pedidos, daí a decisão de construir uma nova também na mesma localidade. A empresa, que em 2007 facturou 96,5 milhões de euros, espera chegar ao final deste ano com um volume de negócios de 130 milhões. Mas isto sem contar com as vendas do Magalhães, apresentado ao mercado em Agosto na presença do primeiro-ministro português. Porque as vendas deste computador podem fazer com que a JP Sá Couto, que já produz o Tsunami, triplique a sua facturação. A empresa, actualmente com 150 trabalhadores, poderá também, com o projecto da nova fábrica, criar mais cerca de 100 novos postos de trabalho. Tal como para o computador Tsunami, a JP Sá Couto conta com a Prológica como parceira no projecto Magalhães.
A administração da JP Sá Couto vai investir 30 milhões de euros na construção de uma nova fábrica em Matosinhos.
A decisão foi tomada muito recentemente, confirmou João Paulo Sá Couto, um dos fundadores da empresa. Até agora, o arranque ou não do projecto desta nova unidade de produção de computadores estava dependente da concretização de algumas encomendas que a empresa tinha em perspectiva para o miniportátil Magalhães. Mas, face à procura, os irmãos João Paulo e Jorge Sá Couto decidiram arrancar com o projecto. A nova fábrica será mais robotizada e com uma produção superior à unidade que os irmãos Sá Couto já têm hoje em Matosinhos.
A fábrica actual, já com um projecto de expansão em curso para a criação de mais três novas linhas de produção, a funcionar em três turnos, pode produzir até 240 mil computadores. Para já, a empresa tem assegurada a venda de 1,5 milhões de unidades do Magalhães.
Um milhão será vendido à Venezuela. O contrato será assinado na próxima semana, no decurso da segunda visita que o Presidente venezuelano, Hugo Chávez, fará a Lisboa este ano. E 500 mil vão para o programa E-escolinha, no âmbito do compromisso assumido entre o Governo português e a empresa. Mas as perspectivas de curto prazo apontam para que a empresa possa vir a ter uma carteira de encomendas de quatro milhões de computadores. As negociações com a Líbia estão a correr e bem e há um outro país que ainda poderá fechar negócio com a empresa antes deste, adiantou João Paulo Sá Couto, sem querer para já revelar o nome.
Além disto, a JP Sá Couto vai começar a comercializar o Magalhães no mercado português já na próxima semana, por um preço entre 285 e 295 euros. O lançamento será feito às 24 horas do dia 26 em duas lojas Fnac - a do NorteShopping, no Porto, e a do Centro Colombo, em Lisboa. Nesta primeira fase serão colocadas à venda dez mil unidades do pequeno portátil, concebido para ser utilizado por crianças entre os seis e dez anos, mas também por adultos. Contudo, a distribuição poderá estender-se a outras cadeias até ao final deste ano. Assim, a fábrica de Matosinhos já não poderá dar resposta a tantos pedidos, daí a decisão de construir uma nova também na mesma localidade. A empresa, que em 2007 facturou 96,5 milhões de euros, espera chegar ao final deste ano com um volume de negócios de 130 milhões. Mas isto sem contar com as vendas do Magalhães, apresentado ao mercado em Agosto na presença do primeiro-ministro português. Porque as vendas deste computador podem fazer com que a JP Sá Couto, que já produz o Tsunami, triplique a sua facturação. A empresa, actualmente com 150 trabalhadores, poderá também, com o projecto da nova fábrica, criar mais cerca de 100 novos postos de trabalho. Tal como para o computador Tsunami, a JP Sá Couto conta com a Prológica como parceira no projecto Magalhães.
quarta-feira, setembro 17, 2008
Guiné: Ex-CEMA acusado tentativa golpe pediu asilo na Gâmbia
O ex-chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) da Guiné-Bissau acusado de tentativa de golpe de Estado, Bubo Na Tchuto, pediu "asilo humanitário" na Gâmbia, onde se encontra refugiado desde Agosto, disse hoje o seu advogado.
Pedro Infanda adiantou que no dia 20 de Agosto entregou o pedido às autoridades gambianas, por intermédio da embaixada daquele país em Bissau, e ainda aguarda resposta.
"Penso que (as autoridades gambianas) vão ter de deferir o pedido de asilo meramente humanitário que lhes fiz, aguardo pacientemente", afirmou Infanda, sublinhando que o objectivo é "dar um estatuto" à estada de José Américo Bubo Na Tchuto na Gâmbia.
O ex-CEMA fugiu para a Gâmbia dias depois de ter sido acusado pelo Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses de liderar uma tentativa de golpe militar para destituir e prender o Presidente João Bernardo "Nino" Vieira.
O militar, contra-almirante, entretanto destituído das funções, reagiria dias depois a partir da Gambia, num contacto telefónico com uma rádio de Bissau, dizendo que tudo não passava de calúnias, orquestradas pelo próprio Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) guineense, Tagmé Na Waie.
"O contra-almirante Bubo Na Tchuto teve de fugir do país porque estava a correr risco de vida", explicou o advogado.
Pedro Infanda acrescentou ainda que Bubo Na Tchuto está disposto a regressar a Guiné-Bissau "logo que haja condições de segurança e um processo judicial" que fundamente as acusações de que é alvo. Por enquanto, adiantou Infanda, não existe nenhum processo-crime nem qualquer pedido no sentido de levar à extradição de Bubo Na Tchuto para Bissau, pelo que se manterá na Gâmbia.
A Guiné-Bissau tem tudo para ser, ou já é, o que se pode apelidar de "estado falhado". A tendência que este pequeno e pobre país tem para os "golpes de estado"...
Parece ser algo de endémico. Constata-se que, desde a independência, as várias etnias do país se digladiam pelo poder. Não sendo esta constatação nova, no que se refere à análise a vários países africanos, convém referir que a clique que tem dominado a Guiné, tem em comum a forte influência cultural portuguesa, apesar de poder viajar confortavelmente para Lisboa ou para Paris, comprando nas melhores lojas e usufruindo dos luxos que recentes fortunas vão proporcionando.
Sabe-se, contudo, que há também uma parte importante do exército que se faz entender em francês (crioulo francês) e que, porventura, estará a ganhar maior relevância.
Há que também referir a passividade da comunidade internacional, em que a CPLP tem feito esforços na estabilização e na "cooperação militar", e que Portugal, em particular, tem-se esforçado para acentuar ainda mais a sua influência na região, tentando suplantar a natural relevância dos países francófonos da região, com especial incidência para o Senegal.
Pedro Infanda adiantou que no dia 20 de Agosto entregou o pedido às autoridades gambianas, por intermédio da embaixada daquele país em Bissau, e ainda aguarda resposta.
"Penso que (as autoridades gambianas) vão ter de deferir o pedido de asilo meramente humanitário que lhes fiz, aguardo pacientemente", afirmou Infanda, sublinhando que o objectivo é "dar um estatuto" à estada de José Américo Bubo Na Tchuto na Gâmbia.
O ex-CEMA fugiu para a Gâmbia dias depois de ter sido acusado pelo Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses de liderar uma tentativa de golpe militar para destituir e prender o Presidente João Bernardo "Nino" Vieira.
O militar, contra-almirante, entretanto destituído das funções, reagiria dias depois a partir da Gambia, num contacto telefónico com uma rádio de Bissau, dizendo que tudo não passava de calúnias, orquestradas pelo próprio Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) guineense, Tagmé Na Waie.
"O contra-almirante Bubo Na Tchuto teve de fugir do país porque estava a correr risco de vida", explicou o advogado.
Pedro Infanda acrescentou ainda que Bubo Na Tchuto está disposto a regressar a Guiné-Bissau "logo que haja condições de segurança e um processo judicial" que fundamente as acusações de que é alvo. Por enquanto, adiantou Infanda, não existe nenhum processo-crime nem qualquer pedido no sentido de levar à extradição de Bubo Na Tchuto para Bissau, pelo que se manterá na Gâmbia.
A Guiné-Bissau tem tudo para ser, ou já é, o que se pode apelidar de "estado falhado". A tendência que este pequeno e pobre país tem para os "golpes de estado"...
Parece ser algo de endémico. Constata-se que, desde a independência, as várias etnias do país se digladiam pelo poder. Não sendo esta constatação nova, no que se refere à análise a vários países africanos, convém referir que a clique que tem dominado a Guiné, tem em comum a forte influência cultural portuguesa, apesar de poder viajar confortavelmente para Lisboa ou para Paris, comprando nas melhores lojas e usufruindo dos luxos que recentes fortunas vão proporcionando.
Sabe-se, contudo, que há também uma parte importante do exército que se faz entender em francês (crioulo francês) e que, porventura, estará a ganhar maior relevância.
Há que também referir a passividade da comunidade internacional, em que a CPLP tem feito esforços na estabilização e na "cooperação militar", e que Portugal, em particular, tem-se esforçado para acentuar ainda mais a sua influência na região, tentando suplantar a natural relevância dos países francófonos da região, com especial incidência para o Senegal.
Telecom: PT lança computador Magalhães e programa e-Escolas na Namíbia
A MTC, operadora namibiana participada da PT, assina hoje um acordo com o Governo da Namíbia que permitirá massificar o acesso à Internet em banda larga com a distribuição, pelos estudantes deste país africano, do portátil português Magalhães.
O projecto ConnectED, que se inspira no português e-Escolas, vai envolver a distribuição gratuita de um milhar de computadores Magalhães por mil escolas namibianas, bem como a venda, a preços subsidiados, de computadores portáteis de várias marcas com acesso à Internet, aos cerca de 25 mil estudantes do ensino superior deste país africano.
Numa entrevista conjunta, o primeiro-ministro da Namíbia, Nahas Angula, e o presidente da Portugal Telecom, Zeinal Bava, afirmaram que o projecto pretende colocar a Namíbia "na linha da frente" da alta tecnologia em África.
"Este é um projecto piloto muito importante. Queremos que as nossas crianças tenham acesso às tecnologias da informação", afirmou o governante, mostrando-se "entusiasmado" pelo programa que, a longo prazo, pretende ver estendido ao meio milhão de crianças em idade escolar da Namíbia.
Por sua vez, o presidente da PT, que está a realizar um périplo pela África Austral, explicou que o projecto permitirá cumprir três objectivos: ajudar as crianças da Namíbia, aumentar a base de clientes do grupo em África e contribuir para a exportação de alta tecnologia de fabrico português.
Bava acredita que o Magalhães é a melhor solução para a realidade da Namíbia e de outros países africanos. "Além disso, temos muita honra em contribuir para o aumento das exportações portuguesas", acrescentou.
A PT pretende estender o programa a outros mercados africanos onde está presente, como o vizinho Botswana, afirmou o presidente da operadora.
O continente africano é um "pilar decisivo" para a estratégia de crescimento da PT, disse ainda Bava.
A operadora portuguesa está atenta a todas as oportunidades de crescimento na Namíbia e em outros países africanos, afirmou o presidente da PT, salientando o facto de a Namíbia ser um país estável, com regulação previsível e boas condições para os investidores estrangeiros.
A MTC vai investir cerca de 860 mil eurosno projecto ConnectED, que se inspira no programa e-Escolas, o qual desde há um ano tem permitido a venda de computadores portáteis com acesso à internet a estudantes e professores portugueses, a preços baixos.
O lançamento do ConnectED coincide com o assinalar de um marco na vida da MTC, que conquistou há dias o "cliente número 1 milhão", o qual, simbolicamente, é "cliente de banda larga móvel", afirmou Zeinal Bava.
A MTC tem actualmente cerca de 20 mil clientes de Internet em banda larga móvel.
A empresa, que tem o português Miguel Geraldes (ex-TMN) como director-executivo, é a maior operadora móvel da Namíbia, sendo detida em 34% pela PT.
Este ano, a MTC deverá apresentar lucros de cerca de 30 milhões de euros.
O Governo da Namíbia, que controla os restantes 66 por cento da MTC, pretende privatizar uma parcela adicional de 15% do capital da operadora.
O primeiro-ministro Angula afirmou que está a ser estudada a forma como esta venda será feita, sendo certo que esta deverá decorrer "de forma aberta e transparente, para evitar a corrupção".
A PT tem sido vista como interessada nesta participação que será colocada no mercado, mas o primeiro-ministro namibiano garante que a operadora portuguesa terá de concorrer em condições semelhantes às de outros potenciais interessados.
No entanto, Angula espera que a PT "continue a investir" na Namíbia, no segmento móvel ou em "outras oportunidades de negócio", tal como outras empresas portuguesas, em sectores como a "energia, transportes, turismo ou vinhos, entre outros".
"Os investidores portugueses são bem-vindos à Namíbia. Temos laços culturais muito antigos com Portugal e existe uma comunidade portuguesa na Namíbia. Para vocês, a Namíbia não é um país estrangeiro", sublinhou o governante africano.
O projecto ConnectED, que se inspira no português e-Escolas, vai envolver a distribuição gratuita de um milhar de computadores Magalhães por mil escolas namibianas, bem como a venda, a preços subsidiados, de computadores portáteis de várias marcas com acesso à Internet, aos cerca de 25 mil estudantes do ensino superior deste país africano.
Numa entrevista conjunta, o primeiro-ministro da Namíbia, Nahas Angula, e o presidente da Portugal Telecom, Zeinal Bava, afirmaram que o projecto pretende colocar a Namíbia "na linha da frente" da alta tecnologia em África.
"Este é um projecto piloto muito importante. Queremos que as nossas crianças tenham acesso às tecnologias da informação", afirmou o governante, mostrando-se "entusiasmado" pelo programa que, a longo prazo, pretende ver estendido ao meio milhão de crianças em idade escolar da Namíbia.
Por sua vez, o presidente da PT, que está a realizar um périplo pela África Austral, explicou que o projecto permitirá cumprir três objectivos: ajudar as crianças da Namíbia, aumentar a base de clientes do grupo em África e contribuir para a exportação de alta tecnologia de fabrico português.
Bava acredita que o Magalhães é a melhor solução para a realidade da Namíbia e de outros países africanos. "Além disso, temos muita honra em contribuir para o aumento das exportações portuguesas", acrescentou.
A PT pretende estender o programa a outros mercados africanos onde está presente, como o vizinho Botswana, afirmou o presidente da operadora.
O continente africano é um "pilar decisivo" para a estratégia de crescimento da PT, disse ainda Bava.
A operadora portuguesa está atenta a todas as oportunidades de crescimento na Namíbia e em outros países africanos, afirmou o presidente da PT, salientando o facto de a Namíbia ser um país estável, com regulação previsível e boas condições para os investidores estrangeiros.
A MTC vai investir cerca de 860 mil eurosno projecto ConnectED, que se inspira no programa e-Escolas, o qual desde há um ano tem permitido a venda de computadores portáteis com acesso à internet a estudantes e professores portugueses, a preços baixos.
O lançamento do ConnectED coincide com o assinalar de um marco na vida da MTC, que conquistou há dias o "cliente número 1 milhão", o qual, simbolicamente, é "cliente de banda larga móvel", afirmou Zeinal Bava.
A MTC tem actualmente cerca de 20 mil clientes de Internet em banda larga móvel.
A empresa, que tem o português Miguel Geraldes (ex-TMN) como director-executivo, é a maior operadora móvel da Namíbia, sendo detida em 34% pela PT.
Este ano, a MTC deverá apresentar lucros de cerca de 30 milhões de euros.
O Governo da Namíbia, que controla os restantes 66 por cento da MTC, pretende privatizar uma parcela adicional de 15% do capital da operadora.
O primeiro-ministro Angula afirmou que está a ser estudada a forma como esta venda será feita, sendo certo que esta deverá decorrer "de forma aberta e transparente, para evitar a corrupção".
A PT tem sido vista como interessada nesta participação que será colocada no mercado, mas o primeiro-ministro namibiano garante que a operadora portuguesa terá de concorrer em condições semelhantes às de outros potenciais interessados.
No entanto, Angula espera que a PT "continue a investir" na Namíbia, no segmento móvel ou em "outras oportunidades de negócio", tal como outras empresas portuguesas, em sectores como a "energia, transportes, turismo ou vinhos, entre outros".
"Os investidores portugueses são bem-vindos à Namíbia. Temos laços culturais muito antigos com Portugal e existe uma comunidade portuguesa na Namíbia. Para vocês, a Namíbia não é um país estrangeiro", sublinhou o governante africano.
Timor: Biblioteca e Museu Nacional nas prioridades do Governo
A Biblioteca Nacional (BNTL) e o Museu Nacional de Timor-Leste (MNTL) são prioridades estratégicas em fase de concretização, afirmou o responsável da Cultura timorense.
A localização da futura BNTL "já foi identificada" e o ministério da Justiça, que tutela a Direcção de Terras e Propriedades, já recebeu um pedido de atribuição do respectivo terreno, afirmou o secretário de Estado da Cultura, Virgílio Simith.
A BNTL poderá nascer de raiz no bairro de Aitarak Laran, no centro de Díli, não longe do novo Palácio Presidencial que está em construção, afirmou Simith, numa entrevista sobre a estratégia do Governo para a Cultura.
De acordo com mesma fonte, a BNTL, cujas linhas conceptuais estão a ser definidas pela Secretaria de Estado da Cultura (SEC), será um espaço polivalente que incluirá um centro de espectáculos.
É também objectivo do actual Governo concretizar a médio prazo o MNTL, construindo um espaço para a colecção já existente e que está guardada numa sala do ministério da Educação, que tutela a SEC.
No âmbito do programa "UNESCO/Timor-Leste Parceria de Museu a Museu", 45 peças, das cerca de 500 existentes na SEC, foram cedidas temporariamente ao Museu e Galeria de Arte do Território do Norte (MAGNT), em Darwin, Austrália.
A exposição no MGNT, patente a partir de Novembro de 2008, será a primeira exibição de envergadura, no estrangeiro, desde a independência timorense.
A SEC dispõe já de técnicos timorenses qualificados em diferentes aspectos de museologia e conservação, a partir de parcerias com o MAGNT, a UNESCO e instituições académicas, salientou Simith.
As opções estratégicas da SEC a médio e longo prazo reflectem a integração da política cultural na política geral de Educação, reflectida nos organigramas dos sucessivos governos de Timor-Leste.
A localização da futura BNTL "já foi identificada" e o ministério da Justiça, que tutela a Direcção de Terras e Propriedades, já recebeu um pedido de atribuição do respectivo terreno, afirmou o secretário de Estado da Cultura, Virgílio Simith.
A BNTL poderá nascer de raiz no bairro de Aitarak Laran, no centro de Díli, não longe do novo Palácio Presidencial que está em construção, afirmou Simith, numa entrevista sobre a estratégia do Governo para a Cultura.
De acordo com mesma fonte, a BNTL, cujas linhas conceptuais estão a ser definidas pela Secretaria de Estado da Cultura (SEC), será um espaço polivalente que incluirá um centro de espectáculos.
É também objectivo do actual Governo concretizar a médio prazo o MNTL, construindo um espaço para a colecção já existente e que está guardada numa sala do ministério da Educação, que tutela a SEC.
No âmbito do programa "UNESCO/Timor-Leste Parceria de Museu a Museu", 45 peças, das cerca de 500 existentes na SEC, foram cedidas temporariamente ao Museu e Galeria de Arte do Território do Norte (MAGNT), em Darwin, Austrália.
A exposição no MGNT, patente a partir de Novembro de 2008, será a primeira exibição de envergadura, no estrangeiro, desde a independência timorense.
A SEC dispõe já de técnicos timorenses qualificados em diferentes aspectos de museologia e conservação, a partir de parcerias com o MAGNT, a UNESCO e instituições académicas, salientou Simith.
As opções estratégicas da SEC a médio e longo prazo reflectem a integração da política cultural na política geral de Educação, reflectida nos organigramas dos sucessivos governos de Timor-Leste.
Teixeira Duarte e Cimpor investem em fábrica de cimento na Namíbia
Um consórcio formado pela Teixeira Duarte (TD) e pela Cimpor vai investir até 180 milhões de euros numa fábrica de cimento na Namíbia, revelou hoje Jorge Gamito, responsável da C+PA, empresa do grupo TD responsável pelo projecto.
A nova unidade de produção, a construir em Karibib (a algumas dezenas de quilómetros do porto de Walvis Bay, a meio caminho entre a costa atlântica), deverá criar cerca de 200 postos de trabalho e produzir 600 mil toneladas de cimento por ano, adiantou o mesmo responsável, durante um encontro com jornalistas portugueses na capital da Namíbia. O governo da Namíbia atribuiu a licença para o novo projecto em Maio, esperando-se que as obras arranquem até ao fim do ano, de modo a que a nova unidade fabril entre em funcionamento em finais de 2010. De acordo com o mesmo responsável, cerca de metade da produção deverá destinar-se à exportação para outros países da África Austral, como Angola, Botwsana ou África do Sul. A TD detém 52% do capital da Karibib Portland Cements, a empresa constituída para construir a unidade fabril, cabendo os restantes 48% à Cimpor. Segundo Jorge Gamito, está prevista a venda de cinco por cento do capital da Karibib Cements a um consórcio de empresários namibianos, denominado Ciren Investments, que deverá colaborar na distribuição da produção da nova fábrica. O investimento na nova fábrica deverá situar-se entre 150 e 180 milhões de euros, com retorno previsto num prazo de entre 9 a 10 anos.
A nova unidade de produção, a construir em Karibib (a algumas dezenas de quilómetros do porto de Walvis Bay, a meio caminho entre a costa atlântica), deverá criar cerca de 200 postos de trabalho e produzir 600 mil toneladas de cimento por ano, adiantou o mesmo responsável, durante um encontro com jornalistas portugueses na capital da Namíbia. O governo da Namíbia atribuiu a licença para o novo projecto em Maio, esperando-se que as obras arranquem até ao fim do ano, de modo a que a nova unidade fabril entre em funcionamento em finais de 2010. De acordo com o mesmo responsável, cerca de metade da produção deverá destinar-se à exportação para outros países da África Austral, como Angola, Botwsana ou África do Sul. A TD detém 52% do capital da Karibib Portland Cements, a empresa constituída para construir a unidade fabril, cabendo os restantes 48% à Cimpor. Segundo Jorge Gamito, está prevista a venda de cinco por cento do capital da Karibib Cements a um consórcio de empresários namibianos, denominado Ciren Investments, que deverá colaborar na distribuição da produção da nova fábrica. O investimento na nova fábrica deverá situar-se entre 150 e 180 milhões de euros, com retorno previsto num prazo de entre 9 a 10 anos.
São Tomé quer empresas portuguesas para projectos de 161 milhões de euros
Obras no arquipélago ascendem aos 161 milhões de euros.
O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Rafael Branco, reúne-se hoje com várias empresas portuguesas, entre elas a construtora Mota-Engil. O objectivo é aliciar os empresários nacionais para a construção do novo aeroporto internacional do arquipélago, um investimento de cerca de 21 milhões de euros, bem como para o novo porto de águas profundas, no valor de 140 milhões de euros. No caso do novo aeroporto, o governo de Branco irá acordar com a empresa que ficar responsável pela construção, “um compromisso de concessão por alguns anos para a gestão da infra-estrutura”, avançou o primeiro-ministro em declarações à imprensa. Além das construtoras, Branco irá reunir-se com as petrolíferas, garantindo que está em cima da mesa a vontade do seu governo de “estabelecer parcerias com a Galp e a Sonangol para explorar os blocos de petróleo em São Tomé”. Os obstáculos do passado “serão ultrapassados com imaginação”, sublinhou.
Rafael Branco falava à margem da apresentação pública da nova companhia aérea de bandeira de São Tomé, a STP Airways, participada pela portuguesa euroAtlantic – um passo para “desenvolver a economia” no arquipélago, disse. A STP Airways terá um voo todas as segundas-feiras a ligar Lisboa a São Tomé e o presidente da euroAtlantic, Tomáz Metello, garantiu que será “mais que uma companhia aérea, um projecto verticalizado com o sector hoteleiro e o governo”.
O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Rafael Branco, reúne-se hoje com várias empresas portuguesas, entre elas a construtora Mota-Engil. O objectivo é aliciar os empresários nacionais para a construção do novo aeroporto internacional do arquipélago, um investimento de cerca de 21 milhões de euros, bem como para o novo porto de águas profundas, no valor de 140 milhões de euros. No caso do novo aeroporto, o governo de Branco irá acordar com a empresa que ficar responsável pela construção, “um compromisso de concessão por alguns anos para a gestão da infra-estrutura”, avançou o primeiro-ministro em declarações à imprensa. Além das construtoras, Branco irá reunir-se com as petrolíferas, garantindo que está em cima da mesa a vontade do seu governo de “estabelecer parcerias com a Galp e a Sonangol para explorar os blocos de petróleo em São Tomé”. Os obstáculos do passado “serão ultrapassados com imaginação”, sublinhou.
Rafael Branco falava à margem da apresentação pública da nova companhia aérea de bandeira de São Tomé, a STP Airways, participada pela portuguesa euroAtlantic – um passo para “desenvolver a economia” no arquipélago, disse. A STP Airways terá um voo todas as segundas-feiras a ligar Lisboa a São Tomé e o presidente da euroAtlantic, Tomáz Metello, garantiu que será “mais que uma companhia aérea, um projecto verticalizado com o sector hoteleiro e o governo”.
sexta-feira, setembro 12, 2008
Guiné Bissau: Portugal anuncia reforço da cooperação técnico-militar
O ministro da Defesa português, Nuno Severiano Teixeira, anunciou hoje em Bissau o reforço de alguns projectos da cooperação técnico-militar com a Guiné-Bissau, nomeadamente o das lanchas, "fundamentais para o controlo de todos os tráficos ilegais". "Há projectos que vão ser reforçados, nomeadamente o das lanchas, que são fundamentais para o controlo e exercício da soberania da Guiné-Bissau e para o controlo de todos os tráficos ilegais", afirmou o ministro português, no final de um encontro com o Presidente guineense, João Bernardo "Nino" Vieira.
"Foi manifestado pela Guiné-Bissau o interesse de ter um apoio técnico-militar de nível mais elevado e, no âmbito da cooperação, vai ser reforçada a componente técnico-militar com um oficial para fazer esse apoio técnico especializado", acrescentou Teixeira, que chegou quarta-feira a Bissau para uma visita oficial de dois dias. No encontro com "Nino" Vieira, o ministro da Defesa português abordou também a cooperação multilateral no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), anunciando que a Guiné-Bissau definiu o centro de instrução de Cumeré como o centro de excelência para a dimensão de defesa daquela organização.
"Nessa dimensão de defesa da CPLP, há projectos que estão relacionados com o desenvolvimento de uma rede de centros de excelência e a Guiné definiu o centro de instrução de Cumeré como um centro de excelência que pode vir a estar à disposição da CPLP", disse Severiano Teixeira. "Vamos, portanto, investir nesse centro, não só ao nível do melhoramento do quartel, mas também da activação e da formação de formadores", sublinhou o ministro, que realiza sexta-feira, antes de regressar a Lisboa, uma visita àquele quartel, situado nos arredores de Bissau. Severiano Teixeira abordou ainda com o chefe de Estado guineense a Missão da União Europeia para a Reforma do Sector da Segurança da Guiné, que considerou "fundamental para a consolidação das instituições democráticas e para a estabilidade política do país". Sobre as eleições legislativas na Guiné, previstas para 16 de Novembro, Severiano Teixeira disse que, segundo o Presidente guineense, estão a ser "desenvolvidos todos os esforços no sentido de realizar as legislativas". O Presidente guineense "espera que as eleições sejam um marco importante, fechando um ciclo e abrindo outro, na vida política da Guiné-Bissau, que permita dar estabilidade e segurança, condições fundamentais para o desenvolvimento", afirmou o ministro português.
"Foi manifestado pela Guiné-Bissau o interesse de ter um apoio técnico-militar de nível mais elevado e, no âmbito da cooperação, vai ser reforçada a componente técnico-militar com um oficial para fazer esse apoio técnico especializado", acrescentou Teixeira, que chegou quarta-feira a Bissau para uma visita oficial de dois dias. No encontro com "Nino" Vieira, o ministro da Defesa português abordou também a cooperação multilateral no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), anunciando que a Guiné-Bissau definiu o centro de instrução de Cumeré como o centro de excelência para a dimensão de defesa daquela organização.
"Nessa dimensão de defesa da CPLP, há projectos que estão relacionados com o desenvolvimento de uma rede de centros de excelência e a Guiné definiu o centro de instrução de Cumeré como um centro de excelência que pode vir a estar à disposição da CPLP", disse Severiano Teixeira. "Vamos, portanto, investir nesse centro, não só ao nível do melhoramento do quartel, mas também da activação e da formação de formadores", sublinhou o ministro, que realiza sexta-feira, antes de regressar a Lisboa, uma visita àquele quartel, situado nos arredores de Bissau. Severiano Teixeira abordou ainda com o chefe de Estado guineense a Missão da União Europeia para a Reforma do Sector da Segurança da Guiné, que considerou "fundamental para a consolidação das instituições democráticas e para a estabilidade política do país". Sobre as eleições legislativas na Guiné, previstas para 16 de Novembro, Severiano Teixeira disse que, segundo o Presidente guineense, estão a ser "desenvolvidos todos os esforços no sentido de realizar as legislativas". O Presidente guineense "espera que as eleições sejam um marco importante, fechando um ciclo e abrindo outro, na vida política da Guiné-Bissau, que permita dar estabilidade e segurança, condições fundamentais para o desenvolvimento", afirmou o ministro português.
Ucrânia: Deputados Rada Suprema têm passaportes portugueses (!?)
Há deputados da Rada Suprema (Parlamento ucraniano) que têm passaportes de países estrangeiros, nomeadamente de Portugal, confirmou hoje Natália Vitrenko, dirigente do Partido Socialista Progressista da Ucrânia.
"Na Rada, três quatros dos deputados têm passaportes estrangeiros: do Mónaco, Espanha, Portugal e Estados Unidos", precisou esta política pró-russa.
Contactada por telefone a partir de Moscovo, Vitrenko, também conhecida por "Jirinovski de saias", devido às suas posições radicais, afirmou ter recebido essas informações "de funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia".
"Não sei como conseguiram receber os passaportes portugueses. Sei é que, nos últimos tempos, homens de negócios ucranianos trabalham activamente em Espanha e Portugal. Criam uma empresa, recebem autorização de residência e, depois, nacionalidade", precisou.
Estas declarações foram feitas a propósito do receio das autoridades ucranianas face às notícias de que Moscovo estaria a distribuir passaportes russos entre a população da Crimeira, região autónoma da Ucrânia onde a maioria da população é de origem russa.
O Parlamento ucraniano, a fim de combater esse fenómeno pretende aprovar uma lei que obrigue os cidadãos a informar as autoridades quando receberem uma segunda nacionalidade.
"Na Rada, três quatros dos deputados têm passaportes estrangeiros: do Mónaco, Espanha, Portugal e Estados Unidos", precisou esta política pró-russa.
Contactada por telefone a partir de Moscovo, Vitrenko, também conhecida por "Jirinovski de saias", devido às suas posições radicais, afirmou ter recebido essas informações "de funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia".
"Não sei como conseguiram receber os passaportes portugueses. Sei é que, nos últimos tempos, homens de negócios ucranianos trabalham activamente em Espanha e Portugal. Criam uma empresa, recebem autorização de residência e, depois, nacionalidade", precisou.
Estas declarações foram feitas a propósito do receio das autoridades ucranianas face às notícias de que Moscovo estaria a distribuir passaportes russos entre a população da Crimeira, região autónoma da Ucrânia onde a maioria da população é de origem russa.
O Parlamento ucraniano, a fim de combater esse fenómeno pretende aprovar uma lei que obrigue os cidadãos a informar as autoridades quando receberem uma segunda nacionalidade.
quarta-feira, setembro 10, 2008
Cabinda : entre a fraude e a validade das eleições
Os resultados parciais das eleições legislativas de sexta-feira, pelo círculo eleitoral de Cabinda dão vantagem ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) sobre a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA). Segundo o mapa actualizado de 8 de Setembro de 2008, dos 90.406 eleitores com votos válidos que compareceram nas Assembleias de voto, 53.050.24, seja 59,48% votaram a favor do MPLA e 31.416.09, seja 34,75% a favor da UNITA.
Porém, em relação às províncias angolanas, caso por exemplo do Namibe onde o partido no poder chegou a obter 94.45% e o partido do Galo Negro 2.84%, em Cabinda registou-se uma vantagem mínima ao MPLA sobre a UNITA por causa sobretudo dos resultados de votação expressos pelos trabalhadores da indústria petrolífera em que a maioria esmagadora votou a favor da UNITA. O desânimo é evidente no MPLA; e o segundo secretário do MPLA, Mangovo Tomé fala de fraude. Porém, segundo o Director de informação do MPLA, Rui Falcão, "a vitória não está em causa, somente a obtenção da maioria qualificada". No caso de obter 2/3 dos 220 assentos de deputados no parlamento, o actual partido no poder angolano está, com efeito, à altura de modificar a Constituição.
in Jornal de SãoTomé (www.jornal.st)
Porém, em relação às províncias angolanas, caso por exemplo do Namibe onde o partido no poder chegou a obter 94.45% e o partido do Galo Negro 2.84%, em Cabinda registou-se uma vantagem mínima ao MPLA sobre a UNITA por causa sobretudo dos resultados de votação expressos pelos trabalhadores da indústria petrolífera em que a maioria esmagadora votou a favor da UNITA. O desânimo é evidente no MPLA; e o segundo secretário do MPLA, Mangovo Tomé fala de fraude. Porém, segundo o Director de informação do MPLA, Rui Falcão, "a vitória não está em causa, somente a obtenção da maioria qualificada". No caso de obter 2/3 dos 220 assentos de deputados no parlamento, o actual partido no poder angolano está, com efeito, à altura de modificar a Constituição.
in Jornal de SãoTomé (www.jornal.st)
terça-feira, setembro 09, 2008
Efacec ganha 4 aeroportos na Índia
A EFACEC vai fornecer e instalar sistemas de transporte de bagagens de partida e chegada em quatro novos terminais aeroportuários indianos, anunciou a empresa.
Fonte da empresa sublinhou que o negócio, no montante de 3 milhões de euros, reveste-se de enorme importância para o crescimento da actividade da Logística de Aeroportos, permitindo ainda o desenvolvimento das competências de engenharia e fabricação da joint venture local, Gearl, que irá “efectuar a assistência técnica e apoiar a operação durante o período de garantia de dois anos”. No concurso, lançado pela Autoridade Aeroportuária Indiana, que detém a concessão de 120 aeroportos na Índia, a empresa portuguesa, concorria com players mundiais como a alemã Siemens.
A obtenção deste contrato é resultado da estratégia de internacionalização que a Efacec tem vindo a implementar. Já em Janeiro deste ano, a empresa, de que é CEO, Luís Filipe Pereira, concretizou um importante passo neste seu objectivo de globalização ao estabelecer na Índia duas joint ventures com ogrupo C&S – Control and Switchgear.
Fonte da empresa sublinhou que o negócio, no montante de 3 milhões de euros, reveste-se de enorme importância para o crescimento da actividade da Logística de Aeroportos, permitindo ainda o desenvolvimento das competências de engenharia e fabricação da joint venture local, Gearl, que irá “efectuar a assistência técnica e apoiar a operação durante o período de garantia de dois anos”. No concurso, lançado pela Autoridade Aeroportuária Indiana, que detém a concessão de 120 aeroportos na Índia, a empresa portuguesa, concorria com players mundiais como a alemã Siemens.
A obtenção deste contrato é resultado da estratégia de internacionalização que a Efacec tem vindo a implementar. Já em Janeiro deste ano, a empresa, de que é CEO, Luís Filipe Pereira, concretizou um importante passo neste seu objectivo de globalização ao estabelecer na Índia duas joint ventures com ogrupo C&S – Control and Switchgear.
Portugal é 2º país de 27 com mais empregados sem qualificação
Cerca de 60 por cento da mão-de-obra em Portugal não tem qualquer formação específica, sendo apenas ultrapassada, entre 27 países ocidentais, pela Turquia, onde aquele indicador se situa nos 64%, revela um relatório internacional.
Os indicadores da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), referentes a este ano mas elaborados com base em dados de 2006, colocam ainda Portugal nos últimos lugares quanto à percentagem de trabalhadores com formação superior (cerca de 13%), a par da Itália e só à frente da Turquia (pouco mais de 10%).
Quanto à mão-de-obra especializada, Portugal é também o penúltimo, com 28%, de novo apenas à frente da Turquia (cerca de 25%), e no lado oposto da Holanda, com um pouco mais de 50%, da Austrália (à volta de metade) e da Suíça (48%).
Ainda de acordo com a OCDE, em 2006 países como o Canadá e Israel tinham apenas sete por cento da sua força laboral sem formação universitária nem qualquer especialização.
Holanda, Suíça, Finlândia, Noruega e Islândia surgem logo a seguir nos lugares cimeiros, enquanto no fundo da tabela, mas à frente de Portugal, aparecem a Polónia, Itália, República Checa, Hungria e Eslováquia. Espanha surge à frente deste grupo, com cerca de 40% dos empregados sem qualquer qualificação específica.
Os indicadores da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), referentes a este ano mas elaborados com base em dados de 2006, colocam ainda Portugal nos últimos lugares quanto à percentagem de trabalhadores com formação superior (cerca de 13%), a par da Itália e só à frente da Turquia (pouco mais de 10%).
Quanto à mão-de-obra especializada, Portugal é também o penúltimo, com 28%, de novo apenas à frente da Turquia (cerca de 25%), e no lado oposto da Holanda, com um pouco mais de 50%, da Austrália (à volta de metade) e da Suíça (48%).
Ainda de acordo com a OCDE, em 2006 países como o Canadá e Israel tinham apenas sete por cento da sua força laboral sem formação universitária nem qualquer especialização.
Holanda, Suíça, Finlândia, Noruega e Islândia surgem logo a seguir nos lugares cimeiros, enquanto no fundo da tabela, mas à frente de Portugal, aparecem a Polónia, Itália, República Checa, Hungria e Eslováquia. Espanha surge à frente deste grupo, com cerca de 40% dos empregados sem qualquer qualificação específica.
Manuel Pinho "ofendido" com expressão usada pelo Financial Times
Finalmente, o ministro da Economia, Manuel Pinho, mostrou-se "ofendido" com a designação de "Pigs" (porcos, em inglês) utilizada pelo jornal britânico 'Financial Times' para se referir aos quatro países do sul da Europa - Portugal, Itália, Grécia e Espanha.
"Enquanto português que gosta do seu País, eu fico ofendido com tamanha designação. Fico, sinceramente, muito ofendido que designem o meu País por esse termo", disse Pinho, que falava aos jornalistas após a inauguração do Troiaresort, que teve lugar ontem.
Questionado sobre um eventual protesto junto do jornal britânico, o ministro da Economia e Inovação optou por não revelar a intenção do Governo português. Num artigo intitulado ‘Pigs in muck’, o jornal britânico evidenciava o mau desempenho da economia e o agravamento do défice dos quatro países do sul da Europa - Portugal, Itália, Grécia e Espanha, depois de um período de crescimento na sequência da adesão à zona euro e à moeda única. O acrónimo utilizado por aquele que é considerado como um jornal de referência na área da economia está a gerar grande indignação nos quatro países visados.
"Enquanto português que gosta do seu País, eu fico ofendido com tamanha designação. Fico, sinceramente, muito ofendido que designem o meu País por esse termo", disse Pinho, que falava aos jornalistas após a inauguração do Troiaresort, que teve lugar ontem.
Questionado sobre um eventual protesto junto do jornal britânico, o ministro da Economia e Inovação optou por não revelar a intenção do Governo português. Num artigo intitulado ‘Pigs in muck’, o jornal britânico evidenciava o mau desempenho da economia e o agravamento do défice dos quatro países do sul da Europa - Portugal, Itália, Grécia e Espanha, depois de um período de crescimento na sequência da adesão à zona euro e à moeda única. O acrónimo utilizado por aquele que é considerado como um jornal de referência na área da economia está a gerar grande indignação nos quatro países visados.
sábado, setembro 06, 2008
Investimento de 125 milhões 'voa' de Évora para França
Foi por água abaixo o projecto para instalar em Évora uma fábrica para construir o novo avião do grupo francês GECI, o 'Skylander'.
Um projecto de 125 milhões de euros e três mil postos de trabalho (mil directos).
Paris resolveu em três semanas o que Lisboa não solucionou em quatro anos.
Afinal Évora já não vai ter a fábrica dos aviões Skylander, do grupo francês GECI, projecto que previa um investimento na ordem dos 125 milhões de euros, criando cerca três mil postos de trabalho (mil directos, os restantes indirectos). Num volte-face ocorrido nas últimas três semanas, e que incluiu o envolvimento directo do Presidente da França, Nicholas Sarkozy, a GECI decidiu construir a sua nova unidade fabril na região da Lorena, França. Há quatro anos que se preparava a instalação da fábrica em Évora (!?).
O projecto já tinha obtido o estatuto de PIN (projecto de interesse nacional). Em Maio de 2007, Serge Bitboul, presidente da GECI, chegou a prometer: "Estamos nos últimos acertos. Estará tudo [pronto] no Verão. Absolutamente." Em Maio deste ano um grupo de executivos do grupo francês esteve em Évora e Bitboul explicou: "Queremos que as direcções de topo das várias empresas da GECI espalhadas pelo mundo aproveitem para conhecer o Alentejo, sentir este lugar onde vamos desenvolver um dos nossos projectos nas próximas duas décadas."
A GECI anunciou a suas intenções anteontem à tarde na Bolsa de Paris após uma reunião de Serge Bitboul com o ministro francês Jean-Louis Borloo (do Ordenamento do Território). "Perante a oportunidade proposta pelo Estado [francês] e pela região da Lorena de instalar esta nova indústria aeronáutica em Chambley-Bussières e a vontade de respeitar o nosso calendário de projecto, procedemos à relocalização do programa", disse Bitboul. A decisão da GECI deve-se ao facto de "o desenvolvimento do projecto em Évora, nos prazos definidos, se ter tornado impossível face aos entraves e outras questões absurdas colocadas pela burocracia portuguesa".
"O governo francês contactou a GECI no início de Agosto e em três semanas resolveu o assunto que em Portugal as autoridades não conseguiram tratar em mais de quatro anos." A unidade fabril - que seria a primeira em Portugal de construção aeronáutica - construiria o Skylander-100, um bimotor turbopropulsor com capacidade para transportar até 3,3 toneladas de carga e capacidade para, no máximo, 29 pessoas. Poderá ter vários usos: humanitário, transporte médico, combate a incêndios. A GECI, que dizia já ter mais 180 encomendas para o novo aparelho, pretendia começar a fazer entregas em 2010. Seriam produzidos em Évora seis aviões por mês.
Um projecto de 125 milhões de euros e três mil postos de trabalho (mil directos).
Paris resolveu em três semanas o que Lisboa não solucionou em quatro anos.
Afinal Évora já não vai ter a fábrica dos aviões Skylander, do grupo francês GECI, projecto que previa um investimento na ordem dos 125 milhões de euros, criando cerca três mil postos de trabalho (mil directos, os restantes indirectos). Num volte-face ocorrido nas últimas três semanas, e que incluiu o envolvimento directo do Presidente da França, Nicholas Sarkozy, a GECI decidiu construir a sua nova unidade fabril na região da Lorena, França. Há quatro anos que se preparava a instalação da fábrica em Évora (!?).
O projecto já tinha obtido o estatuto de PIN (projecto de interesse nacional). Em Maio de 2007, Serge Bitboul, presidente da GECI, chegou a prometer: "Estamos nos últimos acertos. Estará tudo [pronto] no Verão. Absolutamente." Em Maio deste ano um grupo de executivos do grupo francês esteve em Évora e Bitboul explicou: "Queremos que as direcções de topo das várias empresas da GECI espalhadas pelo mundo aproveitem para conhecer o Alentejo, sentir este lugar onde vamos desenvolver um dos nossos projectos nas próximas duas décadas."
A GECI anunciou a suas intenções anteontem à tarde na Bolsa de Paris após uma reunião de Serge Bitboul com o ministro francês Jean-Louis Borloo (do Ordenamento do Território). "Perante a oportunidade proposta pelo Estado [francês] e pela região da Lorena de instalar esta nova indústria aeronáutica em Chambley-Bussières e a vontade de respeitar o nosso calendário de projecto, procedemos à relocalização do programa", disse Bitboul. A decisão da GECI deve-se ao facto de "o desenvolvimento do projecto em Évora, nos prazos definidos, se ter tornado impossível face aos entraves e outras questões absurdas colocadas pela burocracia portuguesa".
"O governo francês contactou a GECI no início de Agosto e em três semanas resolveu o assunto que em Portugal as autoridades não conseguiram tratar em mais de quatro anos." A unidade fabril - que seria a primeira em Portugal de construção aeronáutica - construiria o Skylander-100, um bimotor turbopropulsor com capacidade para transportar até 3,3 toneladas de carga e capacidade para, no máximo, 29 pessoas. Poderá ter vários usos: humanitário, transporte médico, combate a incêndios. A GECI, que dizia já ter mais 180 encomendas para o novo aparelho, pretendia começar a fazer entregas em 2010. Seriam produzidos em Évora seis aviões por mês.
'Financial Times' chama porco a Portugal
O jornal 'Financial Times' (FT) retomou o acrónimo para definir o défice de Portugal, Itália, Grécia e Espanha - PIGS, ou porcos, em português.
Salvador da Cunha, presidente da APECOM (Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas), diz que é motivo para um "incidente diplomático". Espanha, que também foi visada, já se queixou ao jornal britânico.
"O Governo português tem de se pronunciar sobre isto." É desta forma que Cunha, presidente da APECOM, reage ao artigo de opinião publicado pelo FT, que retoma o acrónimo para classificar os défices de Portugal, Itália, Grécia e Espanha - PIGS (o S é de Spain), em português, porcos.
Já o havia feito aquando da adesão de Portugal ao Euro. O jornal vai mais longe e apelida estes países de "pigs in muck" - porcos na pocilga, na tradução literal. "Há oito anos, os porcos chegaram realmente a voar. As suas economias dispararam depois da adesão à Zona Euro (...), mas agora os porcos estão a cair novamente por terra", lê-se no artigo publicado no dia 1 deste mês no FT.
Em Espanha, a DIRCOM - associação que reúne directores de comunicação de empresas como o Banco Santander, El Corte Inglés ou Repsol, entre muitas outras - enviou uma carta ao FT, já publicada pelo diário, em que considera que o termo usado é "depreciativo e degradante". E acrescenta que não pode ser "considerado como um jogo de palavras pouco feliz, nem uma anedota de mau gosto". O artigo de opinião, escrito pelos responsáveis do jornal britânico, é classificado pela entidade espanhola como um atentado à dignidade dos cidadãos, políticos e empresas daqueles países. Contactado João Palmeiro, presidente da Associação de Imprensa (API), este não quis tomar, para já, uma posição.
Salvador da Cunha, presidente da APECOM (Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas), diz que é motivo para um "incidente diplomático". Espanha, que também foi visada, já se queixou ao jornal britânico.
"O Governo português tem de se pronunciar sobre isto." É desta forma que Cunha, presidente da APECOM, reage ao artigo de opinião publicado pelo FT, que retoma o acrónimo para classificar os défices de Portugal, Itália, Grécia e Espanha - PIGS (o S é de Spain), em português, porcos.
Já o havia feito aquando da adesão de Portugal ao Euro. O jornal vai mais longe e apelida estes países de "pigs in muck" - porcos na pocilga, na tradução literal. "Há oito anos, os porcos chegaram realmente a voar. As suas economias dispararam depois da adesão à Zona Euro (...), mas agora os porcos estão a cair novamente por terra", lê-se no artigo publicado no dia 1 deste mês no FT.
Em Espanha, a DIRCOM - associação que reúne directores de comunicação de empresas como o Banco Santander, El Corte Inglés ou Repsol, entre muitas outras - enviou uma carta ao FT, já publicada pelo diário, em que considera que o termo usado é "depreciativo e degradante". E acrescenta que não pode ser "considerado como um jogo de palavras pouco feliz, nem uma anedota de mau gosto". O artigo de opinião, escrito pelos responsáveis do jornal britânico, é classificado pela entidade espanhola como um atentado à dignidade dos cidadãos, políticos e empresas daqueles países. Contactado João Palmeiro, presidente da Associação de Imprensa (API), este não quis tomar, para já, uma posição.
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