Um deputado guineense denunciou hoje a "compra" de um assento para o Senegal na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que cabia à Guiné-Bissau, através de fundos daquela organização destinados ao pagamento de salários.
De acordo com o deputado Basílio Valu, a Guiné-Bissau teria recebido dois biliões de francos CFA (cerca de três milhões de euros) como parte de um alegado suborno para deixar o Senegal ocupar um lugar na CEDEAO que, por norma, lhe cabia. O dinheiro foi avançado pela CEDEAO, com a justificação de que a Guiné-Bissau necessitava da solidariedade dos restantes Estados membros da organização que agrupa 16 países da costa ocidental de África.
Relatos da imprensa senegalesa, reportando-se a este caso, afirmam que o "negócio" aconteceu mesmo e que o Senegal até entregou um "bónus" de 500 milhões de francos CFA à Guiné-Bissau. Um jornal de Dacar, a capital senegalesa, brincou mesmo com a situação escrevendo que a Guiné-Bissau se estava a transformar numa província do Senegal.
Há verdades inconvenientes, mas que têm que ser ditas. Toda a gente sabe da preponderância que o Senegal tem assumido na política guineense. E a procissão ainda vai no adro!
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