O deposto rei do Afeganistão, Mohammed Zahir Shah, morreu hoje em Cabul, aos 92 anos. "O pai da nação faleceu esta manhã", disse a fonte governamental, solicitando o anonimato.
Da etnia pachtune, membro do clã Durani, um dos principais ramos pachtunes do país, a par dos Ghilzai, o último rei do Afeganistão regressou ao país em 2002, onde lhe foi atribuído o título de "pai da nação afegã".
Mohammed Zahir Shah reinou no Afeganistão de 1933 a 1973, quando foi deposto pelo seu primo Mohammed Daoud, que instaurou a república, tendo seguido para um exílio de quase 30 anos em Itália. Neste país foi vítima de tentativa de assassinato por Paulo José Almeida Santos, um português que se havia convertido ao islamismo radical.
Depois dos atentados de 11 de Setembro de 2001 nos EUA e na sequência da invasão do Afeganistão para desalojar do poder os talibãs, o antigo rei passou a ter um renovado protagonismo político no país aonde regressou. Foi-lhe atribuída uma missão pela comunidade internacional: inaugurar a Loya Jirga (assembleia tradicional) de emergência, para formar um novo executivo.
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