A secretária adjunta da Saúde Carmen Pignatelli afirmou, na sua intervenção aquando da apresentação do relatório anual do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS) e perante uma audiência constituída maioritariamente por profissionais e alguns dirigentes da saúde, que "vivemos num país em que as pessoas são livres de dizer aquilo que pensam", o que deu origem a gargalhadas.
A frase surge uma semana após a polémica do cartaz afixado do centro de saúde de Vieira do Minho - que levou o ministro Correia de Campos a destituir a directora da unidade pelo tom "jocoso" utilizado. Perante a reacção da plateia, a secretária de Estado sorriu e apressou-se a corrigir: "... desde que seja nos locais apropriados". "Eu sou secretária de Estado, aqui nunca poderia dizer mal do Governo. Aqui. Mas posso dizer na minha casa, na esquina, no café. Tem é de haver alguma sensibilidade social...".
A não ser que a casa pertença ao Governo.
E também, dizer mal do Governo para quê? Deve-se sempre é dizer bem, defender o caderninho vermelho, e a dialéctica marxista, mesmo maoísta, dando à democracia um temperozinho de "soap opera" sul-americana
numa república das bananas qualquer.
Pão e circo...
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