segunda-feira, novembro 05, 2007

Cavaco leva 30 empresários à economia mais atractiva da América Latina

30 empresários portugueses de topo acompanham Cavaco Silva na sua visita oficial ao Chile, a economia mais atractiva da América Latina, de acordo com o Ranking de Negócios do The Economist Intelligence Unit (EIU).

Segundo esta fonte, a nível mundial, o Chile é o 20º país mais atractivo para fazer negócio e para investir nos próximos 5 anos, à frente de países como a China e a Índia, assumindo a liderança neste segmento quando são apenas considerados os países da América Latina. Os dados fazem parte de um dossier compilado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e que serviu para seleccionar as empresas que integrariam a comitiva empresarial que acompanha Cavaco Silva ao Chile, numa visita oficial que arranca terça-feira. "Existem oportunidades de negócio muito fortes e há uma necessidade de incrementar a presença portuguesa no Chile", assumiu fonte de Belém, lembrando que Cavaco Silva levou também uma comitiva empresarial à última Cimeira Iberoamericana, no Uruguai. Brisa, Critical Software, CTT, EDP, GALP Energia, Grupo Amorim, EFACEC, Pestana, Millenium BCP, Mota-Engil, OGMA ou Somague são apenas alguns dos nomes sonantes representados nesta comitiva, que leva na bagagem mais de 30 contactos previamente acertados com empresas chilenas. Para além das reuniões bilaterais, grande parte dos empresários portugueses irá participar no III Encontro Empresarial Iberoamericano, que decorre em Santiago do Chile, quarta e quinta-feira, à margem da Cimeira Iberoamericana de chefes de Estado e de Governo. Além disso, o Presidente da República promove, na quinta-feira, um pequeno-almoço empresarial luso-chileno, onde fará uma intervenção. "Um enorme potencial" é como a Presidência da República descreve as oportunidades de negócio no Chile, o segundo maior cliente de Portugal na América Latina, logo a seguir ao Brasil. Lembrando que o Chile possui acordos de comércio livre com os Estados Unidos e os países do Mercosul, Belém realça a importância estratégica da economia chilena como porta de entrada no continente americano. Madeira e cortiça, máquinas e aparelhos e metais comuns representam mais de 80 por cento das exportações nacionais para o Chile, enquanto os produtos agrícolas dominam as importações. Num país com 16,4 milhões de habitantes, uma inflação em 2006 de 3,4 por cento e uma taxa de desemprego de 8 por cento, o AICEP identifica as principais oportunidades de investimento do Chile nas áreas da maquinaria, tecnologias de informação e telecomunicações e sector vinícola. O turismo é outro dos mercados com potencial de crescimento, já que, apesar de em 2006 menos de 10.000 chilenos terem visitado Portugal, mais de cem mil por ano visitam a Europa, tendo como porta de entrada preferencial a capital da vizinha Espanha, Madrid.

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