A luso-americana democrata Helena Abrantes perdeu na terça-feira por elevada margem as eleições para a presidência do município de Danbury no estado de Connecticut.
O mayor republicano Mark Boughton celebrou na noite de terça-feira a vitória quando foram conhecidos os resultados provisórios que lhe davam 8.140 votos e 4.241 à candidata luso-americana e democrata.
Danbury é uma cidade do estado de Connecticut com 75.000 habitantes dos quais 4.056 são de origem portuguesa, segundo o Censo de 2000.
O projecto político de Abrantes para chefiar o executivo camarário de Danbury surgiu depois de ampla experiência autárquica.
Abrantes, que é natural de Ílhavo e mãe de dois filhos, exerceu já as funções de vereadora do Bairro 2 entre 1996-2001, tendo neste ultimo ano concorrido e vencido as eleições para secretária da Câmara Municipal. Enquanto foi vereadora e enquanto secretária da câmara, a comunidade luso-americana gozou de ampla representação na gestão municipal, onde também foram vereadores os luso-americanos Valdemiro Machado, natural de Valpaços e eleito pela primeira vez em 1993; Manuel Furtado, natural dos Açores e eleito em 1999 e ainda David Furtado que entrou no conselho municipal no ano 2000.
As eleições de Novembro de 2003 foram, contudo, consideradas o "massacre luso-americano", com a subida ao poder dos republicanos, tendo perdido as funções todos os 4 luso-americanos eleitos por voto popular.
As eleições de terça-feira foram dominadas também pelo tema da imigração ilegal que o mayor titular e candidato republicano à reeleição Mark Boughton, transformou num dos cavalos de batalha da sua administração, granjeando o apoio dos eleitores mais velhos, por tradição os mais assíduos às urnas. Os candidatos democratas têm um posicionamento menos hostil à imigração ilegal, mas essa fatia dos residentes não é eleitora. A cidade de Danbury tem vindo a ser o destino de milhares de brasileiros, equatorianos e de outros países sul-americanos, o que levou o mayor Boughton a tentar transformar a polícia local em agentes de imigração em 2005, o que rejeitado pelo comissário estatal de segurança. Boughton conseguiu atrair para a sua causa contra a imigração ilegal acentuando que tal população, sem pagar impostos, causava pressões dispendiosas no sistema escolar, na habitação e no tráfego automóvel, designadamente com inúmeros condutores sem seguro.
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