É o que se pode concluir do relatório de competitividade e preços ontem divulgado, o qual refere que a economia da UE registou, no ano passado, os melhores resultados desde 2000. O produto interno bruto (PIB) cresceu 3%, enquanto a produtividade (que corresponde à variação do PIB por trabalhador) aumentou 1,5%, contra uma média de 1,2% registada ao longo do período 2000-2005.
Em Portugal, a economia teve um desempenho bem mais modesto, destacando-se mesmo como o País onde o PIB per capita menos cresceu (apenas 0,9%). Como a produtividade resulta do rácio entre a riqueza produzida e o número de trabalhadores, não se podem esperar grandes resultados de uma fraca variação do PIB. Assim, a produtividade em Portugal cresceu apenas 0,5% (um terço da média europeia), o que corresponde à segunda variação mais baixa, logo depois de Itália. Em termos de emprego, as boas notícias para a economia europeia não são, uma vez mais, repartidas com Portugal. É que enquanto o emprego cresceu 1,6% na UE (contra 0,5% entre 2000 e 2005), em Portugal aumentou apenas 0,7%. Falando sobre a economia europeia, o vice-presidente da Comissão, Günter Verheugen disse que estes "muito encorajadores" resultados "mostram que as reformas introduzidas no âmbito da Estratégia de Lisboa sobre o crescimento e o emprego começam a dar os seus frutos". Apesar disso, o comissário lembrou que é preciso reforçar a aposta na investigação e desenvolvimento, sobretudo no sector privado.
Sem comentários:
Enviar um comentário