O Presidente da República parte na terça-feira para uma visita oficial de dois dias ao Chile, onde depois ficará mais dois dias para participar nos trabalhos da Cimeira Ibero-Americana. Uma visita que tem como objectivo central "desenvolver a relação bilateral com o Chile", sublinhou a Presidência da República. O convite para ir ao Chile em visita oficial surgiu no ano passado, quando Cavaco participou na Cimeira Ibero-Americana no Uruguai.
Na altura, Michelle Bachelet, a presidente chilena, disse a Cavaco Silva que Portugal não fazia ideia da reputação e boa imagem de que goza no Chile. Portugal foi mesmo o primeiro País a reconhecer a independência do Chile, em 1821 - apesar do "grito do Ipiranga" só ter ocorrido no Brasil a 7 de Setembro de 1822.
Nos dias 6 e 7, durante a visita oficial ao Chile, Cavaco Silva vai dialogar com uma chefe de Estado que domina o português fluentemente e que sabe, até, cantar algumas passagens da "Grândola, vila morena". Nesta visita, para além da vertente cultural (que inclui uma visita à casa-museu de Pablo Neruda em Isla Negra), Cavaco Silva faz-se acompanhar por cerca de 30 empresários, incluindo Filipe Pinhal (Millennium bcp), Henrique Granadeiro (PT), Diogo Vaz Guedes (Somague), Ferreira de Oliveira (Galp), Vasco de Mello (Brisa), entre outros.
"O Chile é uma democracia que funciona e uma das mais perfeitas da América Latina", sublinhou ontem fonte da Presidência, lembrando que serão abordadas questões como a segurança social ou os problemas de transição para uma economia desenvolvida, mas o espaço para os empresários formarem parcerias é total. O Chile é uma plataforma interessante, por ter "instituições democráticas estáveis, uma economia aberta, consolidada e credível", diz a mesma fonte. O Chile é o segundo maior "cliente" de Portugal na América Latina, a seguir ao Brasil. O crescimento das exportações para aquele país foi de mais de 20% nos últimos anos.
Sem comentários:
Enviar um comentário