segunda-feira, novembro 05, 2007
Efacec fornece central nuclear norte-americana
A Efacec, o maior grupo electromecânico português, inicia hoje o projecto de instalação de uma unidade industrial de transformadores na Geórgia, Estados Unidos. Luís Filipe Pereira, CEO da electromecânica, assina o contrato de investimento com o governador local, com vista à construção da fábrica em Effingham, num investimento de 80 milhões de euros, que deverá estar operacional no segundo semestre de 2009. A unidade fabril irá criar 400 postos de trabalho. Esta decisão estratégica do grupo deve-se ao crescente volume de encomendas obtidas no mercado norte-americano que tem sido gerido através da unidade fabril da Arroteia. Apesar da fábrica portuguesa ter capacidade de resposta, as dificuldades de transporte e os custos associados são um entrave à exportação para os EUA. Transportar um transformador entre a unidade portuguesa e o porto de Leixões, que dista a menos de 10 quilómetros, demora quase sete horas. A esta longa manobra soma-se uma logística complexa e dispendiosa, com a obrigatoriedade da obtenção de licenças especiais de transporte. E, não de somenos importância, o custo para um transformador atravessar o Atlântico atinge os 200 mil euros. A maior dificuldade da empresa “é a desvalorização do dólar face ao euro. Os custos da Efacec na produção de equipamentos são em euros, o que leva a uma considerável perda de competitividade no preço de venda quando convertido em dólares”. Tendo na carteira de clientes as principais “utilities” norte-americanas (empresas tipo EDP), a electromecânica precisava de encontrar uma resposta adequada. A Efacec, detida pelos grupos José de Mello e Têxtil Manuel Gonçalves, tomou então uma decisão estratégica: uma investida industrial nos EUA. Investida essa que irá servir empresas como a Nevada Power Company, Florida Power & Light, Texas Utilities, Pacific Gás & Electric, Southern Company, entre outras. Mas a presença da Efacec nos EUA ganhou outra dimensão neste fim de ano. O CEO concluiu, no passado mês, a compra da ACS-Advanced Control System, empresa norte-americana da área da engenharia, instalada em Atlanta. Com esta compra, que implicou um investimento de 14,1 milhões de euros, complementa a área de automação e controlo para o sector da energia, podendo explorar um mercado com mais de 200 empresas de produção de electricidade. Estes investimentos nos EUA devem-se a uma reorganização da estratégia do grupo, desenhada até 2012, e que prevê atingir até esse ano um volume de negócios superior a 1000 milhões , 70% do qual obtido nos mercados externos. Para isso, a Efacec seleccionou 6 geografias prioritárias de acção: Espanha; Roménia (que engloba Bulgária, República Checa, Eslováquia e Hungria); Brasil (Argentina e Chile); África Austral (África do Sul, Angola e Moçambique); Magreb; e EUA. O grupo facturou 370 milhões de euros no ano passado e obteve lucros de 17,1 milhões.
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