O futuro da língua portuguesa depende da criação de uma empresa de telecomunicações "consolidante", afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, o presidente da Portugal Telecom (PT), Henrique Granadeiro.
Granadeiro salientou, durante a cerimónia de entrega do Prémio Portugal Telecom de Literatura 2007, que os outros dois idiomas europeus mais falados no mundo - o inglês e o espanhol - já têm grandes empresas de telecomunicações. "A língua é fonte de poder, excede os limites de um só Estado. O português não é servido por uma empresa consolidante. Ou criamos uma ou [a língua portuguesa] tomará o caminho da morte", "o que está em causa, mais do que o sucesso de uma obra, é a implantação ágil e vigorosa da língua portuguesa [no mundo]", sublinhou Granadeiro. O presidente da PT salientou que a consolidação do português seria feita a partir de uma empresa "transnacional" de telecomunicações, com a participação do Brasil, Portugal e dos países africanos de língua portuguesa para "perpetuação dos valores, da cultura, da história e das tradições".
Granadeiro disse ainda que o facto de um idioma ser falado por mais de 200 milhões de pessoas, como é actualmente a língua portuguesa, "não é garantia" de seu futuro. O empresário negou, entretanto, que a Portugal Telecom esteja negociando fusão com as duas grandes empresas brasileiras de telefonia fixa, a Oi (antiga Telemar) e a Brasil Telecom.
Sem comentários:
Enviar um comentário