Uma das promessas que John Howard faz para o próximo mandato é reconhecer os aborígenes na Constituição, promovendo um referendo para o fazer. Mas a ideia não está a ser recebida com muito entusiasmo: fala-se antes de uma promessa de um líder que sabe que a derrota é garantida, e por isso pode fazer "conversões no leito de morte"...
Howard diz que aprendeu o valor do simbolismo, nos seus 11 anos como primeiro-ministro, e está disposto a aceder a uma reivindicação de longa data dos aborígenes, os habitantes originais da Austrália, antes da chegada dos colonos europeus. Até 1967, os aborígenes eram governados por leis relativas à flora e fauna nativas. Nesse ano, os australianos aprovaram em referendo incluir a comunidade no censo nacional e conceder-lhes cidadania. Mas Howard não se mostrou disposto a pedir desculpa aos aborígenes por injustiças passadas, ou a assinar um tratado com eles - outra das reclamações antigas. Por isso, os líderes aborígenes mostraram-se divididos quanto a saber se Howard teria mesmo mudado de opinião, ou se estava apenas a tentar um golpe eleitoral.
Sem comentários:
Enviar um comentário