Angola continua a negar a existência de uma guerrilha activa no interior de Cabinda, a equipa de António Bento Bembe defende a mesma teoria com o intuito de manter válidos os seus compromissos com Luanda. Na realidade a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) está operacional no interior de Cabinda.
"Isto é um inferno para os angolanos. Os soldados já compreenderam que é impossível nos localizarem e quando eles se aproximam das nossas bases o Maiombe é a nossa fortaleza", disse um guerilheiro enquanto caminhava com a sua Galil ao ombro, "eles ficam presos nos pântanos e tornam-se num alvo fácil, enquanto eles desperdiçam munições, nós poupamos, e nos pântanos basta uma bala por soldado inimigo. Nós já ouvimos muitas vezes os soldados se recusarem atravessar os pântanos, e dizem ao oficial para atravessar ele primeiro, o que nunca acontece. Então disparam para todos os lados e retiram enquanto nós observamos a cena".
Contrariamente às informações difundidas por Angola que garantem que "já não existe uma guerrilha activa no interior de Cabinda", o Comando da base de Inhuca alberga mais de duas centenas de guerrilheiros os quais substituem diariamente outros que estão na frente de combate, "estamos presente em todo o território" confirmou o primeiro chefe adjunto do Chefe de Estado Maior Geral das Forças Armadas de Cabinda, Silvestre Luemba. A rigorosa organização, disciplina militar e respeito das hierarquias na base contraria também as notícias difundidas por Luanda que tenta qualificar a FLEC de "bandidos e terroristas".
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