Portugal apenas tem seis milhões de galinhas. Espanha tem 45 milhões.
A Derovo, empresa de produtos derivados dos ovos, quer alcançar a liderança ibérica dentro de cinco anos. Para tal, vai triplicar a capacidade de produção que tem na unidade em Pombal com uma nova fábrica em Espanha, um investimento de 38 milhões de euros. Mas porquê no país vizinho e não em Portugal? "Se queremos crescer temos de ir onde há mais capacidade de produção, ou seja, onde há mais galinhas", afirmou Amândio Santos, director-geral da Derovo. O problema é a escassez de galinhas nacionais. A empresa, que ontem participou no II Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar, tem actualmente uma quota de mercado ibérica de 18%, pretendendo chegar aos 40% dentro de cinco anos, o que lhe dará o primeiro lugar da Península. A fábrica em Espanha, em fase de aprovação, será implementada através de uma joint-venture com uma empresa italiana e irá situar-se em Castela e Leão.
Do portfólio actual, o produto mais vendido é "o ovo líquido pasteurizado em pacote [tipo embalagem de leite], que é sobretudo usado na indústria, mas também pode servir os consumidores domésticos". Em vez de abrir e bater os ovos, os consumidores apenas têm de os despejar do pacote para a frigideira (se for o caso). Outro dos produtos comercializados é uma bebida à base de gema de ovo para desportistas. À transformação de excedentes de ovos em produtos inovadores, Santos chamou-lhe "ovolution". Inaugurada em 1996, a Derovo tornou-se a primeira e única unidade de produção de "ovoprodutos" líquidos pasteurizados em Portugal.
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