O secretário-executivo da CPLP frisou hoje que um dos objectivos da organização lusófona é elevar o português a um estatuto que lhe permita tornar-se uma língua oficial e de trabalho nas organizações internacionais.
Luís Fonseca comentava o facto de a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) celebrar hoje, na sua sede, em Paris, o 2º Dia da Língua Portuguesa, iniciativa lançada em 2006. "Não direi que lutamos para que o português seja utilizado como língua oficial e de trabalho em todas as organizações internacionais, mas sim no maior número possível delas e com as quais tenhamos naturalmente interesse nas discussões em causa", afirmou Luís Fonseca.
Lembrando que o idioma de Camões é falado por mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo, o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) realçou que o português é já utilizado como língua de trabalho e oficial em várias organizações regionais.
"Além da União Europeia (UE) e da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEIA), o português já é utilizado na UA (União Africana), CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) e SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral), entre outros exemplos", afirmou.
A celebração de Paris vem, assim, nesse contexto, pois trata-se de um "reconhecimento da importância da Língua Portuguesa no mundo", apadrinhado pelo director-geral da UNESCO, o japonês Koichiro Matsuura. Na sede daquela organização, na capital francesa, a cerimónia conta também com a presença do coordenador do Grupo da CPLP na UNESCO, o embaixador angolano Almerindo Jaka Jamba, e da directora executiva do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), Amélia Mingas.
Em 2000, a CPLP e a UNESCO assinaram um acordo de cooperação nos domínios da Educação, Cultura, Comunicação, Ciência e Tecnologia, sendo também parceiros na promoção da diversidade cultural tolerância, diálogo e cooperação.
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