Segunda e terça-feira Marrocos e a Frente Polisário, sob os auspícios da ONU, estiveram frente a frente no primeiro round de negociações nos arredores de Nova Iorque. Apesar da manifestação de recíproca "boa vontade" para a resolução do impasse saraui, a Frente Polisário já alertou que as hostilidades podem recomeçar caso as negociações de Manhassat fracassem.
Após um decénio de precário cessar-fogo entre a Frente Polisário e Marrocos, ambas as partes decidiram finalmente iniciar o processo de negociações directas, sob os auspícios da ONU, na pequena localidade de Manhassat, em Long Island, perto de Nova Iorque nos Estados Unidos. Fechados numa luxuosa residência, a delegação da Frente Polisário foi chefiada por Mahfud Ali Beida, presidente do parlamento saraui, enquanto o ministro do interior marroquino, Chakib Benmoussa, liderou a delegação de Rabat. A Argélia e a Mauritânia também estão presentes como os dois países vizinhos, além do denominado "Grupo dos amigos do Sara Ocidental" composto pela França, Grã-Bretanha, Espanha, Estados Unidos e Rússia.
Na base das negociações está a resolução 1754 do Conselho de segurança da ONU que apela às duas partes a negociarem a fim de obterem uma solução política "justa, durável e mutuamente aceitável que permita a autodeterminação do povo do Sara Ocidental". O referendo para a autodeterminação do povo saraui é a condição imposta pela Polisário enquanto Marrocos defende o seu projecto de "larga autonomia" do Sara Ocidental sob tutela absoluta de Rabat excluído a pretensão da independência do territotrio
As negociações vão prosseguir na segunda semana de Agosto
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