Mais de 50 mil acreditações foram já pedidas para acesso às 160 reuniões, entre cimeiras e encontros ministeriais, previstas para o semestre da próxima presidência portuguesa da UE, que arranca domingo.
Quanto à cobertura noticiosa da presidência, um responsável da organização disse à Lusa que são esperados, nos seis meses, cinco mil profissionais da informação portugueses e estrangeiros, número que não corresponde à quantidade exacta de jornalistas e fotógrafos por incluir as presenças "repetidas", como as dos correspondentes em Bruxelas de órgãos de comunicação, que estarão em mais do que uma reunião.
O forte dispositivo de segurança montado para o período contará com três centenas de polícias e/ou seguranças nas reuniões ministeriais em Portugal - tantos quantos os jornalistas esperados para as mesmas.
Mas este número de seguranças será multiplicado por mais de seis - 2.000 agentes - na cimeira informal de chefes de Estado e de Governo dos 27, em Outubro, em Lisboa, cuja cobertura noticiosa deverá ser assegurada por cerca de 1.200 jornalistas portugueses e estrangeiros, informou o mesmo responsável da organização da maior operação político-diplomática e de segurança jamais realizada em Portugal.
Para a Cimeira UE/África, a 8 e 9 de Dezembro, também na capital portuguesa, deverão ser mobilizados 3.000 agentes de segurança, pois a reunião terá a presença de cerca de 80 chefes de Estado e ou de Governo - os mais de 50 africanos e os 27 europeus.
As forças de segurança terão também a seu cargo a supervisão dos hotéis onde ficarão instalados os presidentes, primeiros-ministros, ministros e respectivas delegações, conduzir os carros que os vão transportar e acompanhar todos os percursos, previamente ensaiados.
O orçamento da próxima liderança portuguesa da UE não sofreu ainda qualquer ajustamento, mantendo-se nos 51 milhões de euros, um terço do que gastou a presidência alemã dos 27, que termina no fim deste mês e passa o testemunho a Portugal.
O valor foi distribuído pelos vários ministérios, mas a maior parte (46 milhões) foi atribuída ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, que disponibilizou 31 milhões para hotéis, transportes em território nacional, refeições e aluguer e "remodelação" de parte do Pavilhão Atlântico, onde foram montados dezenas de gabinetes, uma sala de reuniões com três pisos, uma sala de imprensa, um restaurante panorâmico e cinco salas para conferências de imprensa.
Segundo a organização, a presidência portuguesa será apoiada por patrocinadores como a Siva (Audi e Volkswagen) que disponibiliza os automóveis - abastecidos pela Galp e identificados com Via Verde pela Brisa - e a Microsoft fica responsável pelo "software" e a HP fornece computadores, enquanto a Vodafone assegura telefones, comunicações, acessos à Internet, entre outros serviços.
A cargo da Delta e da Sumolis ficam, respectivamente, as máquinas de cafés e os sumos e águas.
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