A presidência portuguesa da UE vai debater os direitos humanos em todas as cimeiras e reuniões com países terceiros, durante o segundo semestre do ano, garantiu hoje Álvaro de Mendonça e Moura, representante permanente de Portugal junto das instituições europeias.
O embaixador português sublinhou também que não existem países "perfeitos" relativamente ao respeito pelos direitos humanos, mas garantiu que a questão será levantada em todas as reuniões que Portugal irá liderar em nome da União Europeia e deu como exemplo a cimeira UE-África, a realizar em Lisboa, a 08 e 09 de Dezembro, onde estarão vários líderes de países que, segundo os europeus, não respeitam completamente os direitos humanos.
Álvaro Mendonça e Moura dividiu as prioridades da presidência portuguesa em três partes: fortalecimento da integração económica europeia, agenda externa activa e fortalecimento da reforma política.
Álvaro Mendonça e Moura é responsável pela mais importante representação diplomática portuguesa no estrangeiro, com cerca de 150 funcionários.
Durante a presidência portuguesa da UE, presidirá ao chamado Coreper II (Comité de representantes Permanentes), o órgão que prepara todas as decisões que são tomadas posteriormente nas várias composições do Conselho de Ministros dos 27.
Diplomata de carreira, 58 anos, Mendonça e Moura será uma peça fundamental no segundo semestre do ano, durante o período em que o Governo de Lisboa estará à frente dos destinos da UE.
1 comentário:
A proposito de direitos humanos lembrei-me duma exposição que visitei há pouco tempo, e após alguma reflexão fiquei com a convicção de que se há lucro não existem direitos humanos, conforme é demonstrado pelo mundo laboral hoje em dia, no entanto as coisas podem ir mais longe, passo a explicar:
Quem viu o ultimo filme do 007 com certeza reparou na exposição onde o James entra durante a perseguição a um dos maus da fita, era uma exposição do Corpo Humano, óptimo golpe de publicidade visto que muito pouco tempo após a estreia do filme aparece por cá uma exposição do Corpo Humano.
Após uma reportagem num qualquer Telejornal, num qualquer canal lá me decidi a visitar a exposição juntamente com a minha filha, após comprar os ingressos e alugar um cicerone de bolso (o que custou perto de 50€) lá entrámos. Com algum alívio constatei que a minha filha encarava tudo aquilo com a maior das naturalidades e apesar de estar consciente de que o que estava a ver eram cadáveres plastificados (seres humanos que após a morte foram desidratados e posteriormente saturados de silicone) não se mostrava minimamente impressionada, mostrando apenas alguma estranheza em relação aos olhos, eu pelo contrário cada vez mais sentia uma duvida que se avolumava, o problema é que eu não conseguia definir o que me estava a incomodar.
Cerca de hora e meia depois já cá estávamos fora e a caminho de casa, no meu caso pronto a remeter o assunto para algum obscuro canto do meu reportório de memórias, não fora uma nova reportagem sobre a exposição onde explicavam a origem dos cadáveres, simples cidadãos chineses cujos corpos não tinham sido reclamados após o óbito, pessoas cujo critério de escolha foi os poucos sarilhos e protestos que a sua utilização iria provocar por serem pessoas sós.
A China que após inundar o mercado com produtos ao preço da uva mijona, seguido da migração das infra-estruturas produtivas para o seu território, é difícil competir com a mão-de-obra quase (senão mesmo) escrava, brinda-nos com a sua última novidade, cadáveres esfolados, supostamente com grande interesse cientifico, como se pelo facto de vermos a exposição ficássemos automaticamente com um conhecimento extraordinário de anatomia ou de medicina, no entanto nada ali vi que fosse inédito, nada que não exista já em fotografias, modelos em 3D (informáticos ou esculturais), filmes, desenhos animados ou nas mais variadas representações, a única novidade é o facto de serem seres humanos.
È curioso e até irónico que se faça o contrário do que é feito com os animais ditos selvagens, os quais são esfolados para uso da pele e deita-se fora o corpo, aqui é o contrário, usa-se o corpo e deita-se fora (que se saiba) a pele, a dos bichos ao menos tem uma utilidade prática, ao contrário destes cadáveres que irão para um qualquer armazém poeirento, assim que se acabe a sensação da novidade, ou em alternativa pura e simplesmente destruídos, a não ser que se decidam a lançar a moda de ter um cadáver esfolado na sala, com uma iluminação artística a coisa até é capaz de pegar, e pelos vistos os chineses não têm falta de matéria prima nem de vontade de vender, seja o que for. Enquanto forem chineses...
A maior surpresa é no entanto o facto de neste país onde tudo é uma causa que suscita as maiores ondas e movimentos de solidariedade, as maiores indignações televisivas, este evento ter passado despercebido aos mais variados sectores (com excepção dos seus promotores), tais como os defensores dos direitos humanos, os defensores dos direitos dos animais (que também somos), as diversas igrejas (Católica, Protestante, Ortodoxa, Evangelista, Adventista,...), as outras religiões (Muçulmanos, Budistas, Hindus,...), as mais diversas associações de cidadãos ou até de intelectuais, enfim a todas as organizações e associações que dizem existir para engrandecer, enaltecer, defender, expandir, enriquecer, evoluir, elucidar,... a Humanidade. Ninguém tem uma palavra a dizer pelo facto de já nem na morte os seres humanos serem iguais, neste caso são postos a render sem serem tidos nem achados para a questão, explorados para além da morte num requinte de rentabilização digno do pior que a civilização oriental já mostrou desde os lendários tempos das diversas dinastias de Imperadores.
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